Burn: peça da história do rock pesado brasileiro
Resenha - Tempos Perdidos - Burn
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 11 de julho de 2007
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Provavelmente a imensa maioria dos brasileiros não conhece o Burn, mas este é o conjunto pioneiro em termos de Rock Pesado no estado de Santa Catarina. Formado efetivamente em 1978 por Márcio Silva (voz e guitarra) e Vitor Celso (baixo), a banda adquiriu grande respeito por onde passou com seus shows que fizeram história pela organização, criatividade e profissionalismo.

Porém, mesmo com um bom repertório de canções próprias e fãs que se espalharam pelo estado ao longo dos anos, o grupo encerrou suas atividades em 1990 sem conseguir gravar nem um disco. Foi somente em 2001 que o fundador Márcio volta com o Burn reformulado e logo depois libera o excelente e independente "Sagrado Rock´n´Roll" (03), onde basta um trecho da letra da faixa-título para o leitor sacar a proposta do pessoal: "...sou do tempo do Led Zeppelin, do Deep Purple, Black Sabbath, Pink Floyd e tantos outros...".
E agora o Burn está chegando a seu segundo registro, "Tempos Perdidos", que de cara já se mostra relativamente diferente. É claro que a conhecida sonoridade clássica está presente, mas com toda a distorção de seu antecessor deixando um espaço bem maior para momentos de melodias mais apuradas, resultando em 50 minutos de uma audição realmente deliciosa.
Há tempos que muitos grupos abordam em suas letras temas onde se incita a violência, ou a retrata de forma banal... Assim sendo, é sempre ótimo observar que o Burn continua a valorizar a Paz e o Amor ao relatar passagens da história na bonita "Anos 60", ou abordando as alegrias e tristezas do cotidiano em, por exemplo, "Aids", "BR 101" e na espetacular "Maldita Vaidade".
Fazem parte do repertório quatro canções compostas nos anos 80 e que sempre são cobradas pelos amigos: "Nigrai Nuboi" (releitura em esperanto do hit "Nuvens Negras"), "Tomando Coca", a tensa "Neve Cristalina" e ainda "Ruínas Atômicas", com todo o riff sabbático tão apreciado em suas apresentações.
Com uma gravação feita em um só ‘take’, "Tempos Perdidos" é mais um fragmento da história do rock´n´roll pesado brasileiro, que merece ser conferido por qualquer um que se identifique com as bandas de nosso underground, destas que se mantém fiéis às raízes do gênero e, assim, passam longe dos infindáveis gêneros e subgêneros das sonoridades contemporâneas.
Contato:
[email protected]
[email protected]
Formação:
Márcio Silva - voz, guitarra e pedal teclado
Nico - contrabaixo
Carlucho - bateria
Burn – Tempos Perdidos
(2007 – Diamonddreamer Records)
01. Tempos Perdidos
02. Anos 60
03. Vidas Opostas
04. Nigrai Nuboi
05. Aids
06. Força do Destino
07. BR 101
08. Olhar Inocente
09. Tomando Coca
10. Maldita Vaidade
11. Ruínas Atômicas
12. Neve Cristalina
13. MCN (instrumental)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Não é "Stairway" o hino que define o "Led Zeppelin IV", segundo Robert Plant
Divulgados os valores dos ingressos para o Monsters of Rock 2026
A banda que serviu de inspiração para o Eagles: "Até os Beatles curtiam o som deles"
Glenn Hughes passa mal e precisa encerrar show mais cedo em Belo Horizonte
As duas músicas que Bruce Dickinson usa para explicar o que é rock and roll
Megadeth lança "I Don't Care", faixa de seu próximo - e último - disco de estúdio
Sharon Osbourne revela o valor real arrecadado pelo Back to the Beginning
A canção do Led Zeppelin que Jimmy Page sabia que seria um clássico
As 5 melhores músicas de progressivo com menos de 3 minutos, segundo a Loudwire
A capa do Iron Maiden que traz nove bandeiras de países envolvidos na Guerra Fria
Quem são os músicos que estão na formação do AC/DC que vem ao Brasil
Aos 77 anos, Alice Cooper explica como nunca perdeu a voz
Kerry King coloca uma pá de cal no assunto e define quem é melhor, Metallica ou Megadeth
Aos 74 anos, David Coverdale anuncia aposentadoria e diz que "é hora de encerrar"
A "guerra musical" dentro do Guns N' Roses que fez a banda se desmanchar
A curiosa resposta de Kerry King ao ser perguntado se prefere Sepultura ou Rainbow
Andreas Kisser explica motivo pelo qual capas do Metallica ficaram "horríveis"
O melhor guitarrista que Jimmy Page ouviu em sua vida; "Ele era instintivamente o melhor"

Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Ànv (Eluveitie) - Entre a tradição celta e o metal moderno
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva
Soulfly: a chama ainda queima
Os 50 anos de "Journey To The Centre of The Earth", de Rick Wakeman



