Green Carnation: menos peso e mais versatilidade
Resenha - Acoustic Verses - Green Carnation
Por Maurício Dehò
Postado em 01 de abril de 2007
Nota: 7 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O Green Carnation é uma banda norueguesa ainda pouco conhecida no Brasil, mas com potencial de sobra. Foi fundada em 1990, pelo guitarrista Terje Vik Schei, mais conhecido como Tchort, antes da sua entrada — e posterior saída — do Emperor, passando por outras como Carpathian Forest, mas só debutou mesmo no fim da mesma década, com o doom metal de "Journey to the End of the Night".

O que marca mesmo o grupo, além da qualidade, é a variação de sonoridade que foi ocorrendo a cada lançamento. Depois do disco de estréia, passou por um progressivo mais épico, com o álbum de uma faixa só "Light of Day, Day of Darkness", e chegou mais recentemente a transitar pelo hard rock. Antes de voltar mais às raízes, o que foi anunciado por Tchort como a escolha do vindouro "The Raise And Fall of Mankind", segunda parte da "Chronicles of Doom", iniciada com "LODDOD", o Green Carnation resolveu dar mais um passo adiante e lançou "Acoustic Verses".
Ele saiu no início de 2006, chegou ao Brasil pela Hellion Records e, como o título diz, é uma aposta em composições quase 100% acústicas. As músicas conservam parte do progressivo da banda, mas desta vez mais ligado ao rock, e à já tradicional melancolia.
A abertura com "Sweet Leaf" mostra isso e é uma composição bem floydiana, mas com um vocal que lembra rapidamente Bono Vox, do U2, numa bela faixa. A banda apostou em arranjos bem simples, muitas vezes com o predomínio só do violão e da bela e versátil voz de Kjetil Nordhus, mas com detalhes preciosos que acabam enriquecendo as músicas, como em "The Burden is Mine... Alone".
"Maybe?" é bastante intimista, enquanto "Alone", inspirada no belo poema de mesmo nome do escritor Edgar Allan Poe, tem um clima ‘folk’, ainda mais pelas passagens de violino, bem encaixadas no contexto.
Um dos destaques progressivos e ainda melancólicos de "The Acoustic Verses" vem em seguida, com os 15 minutos de "9-29-045", uma faixa dividida em três partes e mais recheada de efeitos, com belos backing vocals e mais violinos. Já na reta final, "Childs Play Part 3" é uma misteriosa canção instrumental levada no piano de Kenneth Silden, que dá uma aula de intensidade e emoção no seu instrumento, e "High Tide Waves" é bem triste, mas cresce no decorrer da faixa.
A versão brasileira ainda traz um bônus com "Six Ribbons", que acaba sendo uma das melhores músicas, um pouco mais animada e com uma letra que logo fica na cabeça.
"The Acoustic Verses" é inegavelmente um álbum de belas canções e que mostra ainda mais a versatilidade de Tchort e Cia. Mas, com quase cinqüenta minutos e poucas variações, num som bem homogêneo do começo ao fim, acaba cansando um pouco, ainda mais quem está mais acostumado aos sons mais pesados de outrora. Se alguém realmente torce o nariz, ao menos já é uma lembrança que o próximo trabalho, plugado e mais progressivo, está por chegar. Enquanto isso, um aperitivo não vai decepcionar.
Formação:
Tchort - violão
Stein Roger Sordal - baixo e vocal
Kjetil Nordhus - vocal
Michael Krumins - violão
Bjørn Harstad – guitarra e efeitos
Tommy Jackson - bateria
Kenneth Silden - piano e teclado
Track list (47 minutos):
1. Sweet Leaf
2. The Burden is Mine... Alone
3. Maybe?
4. Alone
5. 9-29-045
I: My Greater Cause
II: Homecoming
III: House Of Cards
6. Childs Play Part 3
7. High Tide Waves
8. Six Ribbons
Lançamento Hellion Records – nacional – 2006
Outras resenhas de Acoustic Verses - Green Carnation
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
A performance vocal de Freddie Mercury que Brian May diz que pouca gente valoriza
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
O hino do Black Sabbath - e do Metal - que Tony Iommi acha supervalorizado
A faixa do Iron Maiden que ficou com 5 minutos a mais do que eles imaginaram
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
Turnê atual do Dream Theater será encerrada no Brasil, de acordo com Jordan Rudess
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
O baterista que Phil Collins disse que "não soava como nenhum outro", e poucos citam hoje
O disco de hip-hop que fez a cabeça dos irmãos Cavalera nos anos 80
Kurt Cobain e Layne Staley: a coincidência de suas mortes
Quando Ronnie James Dio revelou sua canção favorita do Pink Floyd; "bem diferente"
Quando se tornou uma vergonha dizer que gostava de Raul Seixas

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



