Resenha - Carnival of Rust - Poets of the Fall
Por Ricardo
Postado em 05 de maio de 2006
Senhores empresários: onde foi parar o bom senso? Por que raios esta banda ainda não foi divulgada no Brasil? Desculpem as perguntas, mas não dá pra entender o descaso com o material que o trio finlandês vem apresentando desde 2004.
Passadas as críticas, vamos ao que interessa. O Poets of the Fall vem se mostrando um nome muito forte do pop rock, apenas com um lançamento, seu debut Signs of Life, do ano passado. Carnival of Rust, seu segundo álbum, não foge à fórmula e continua lembrando o som do REM, do Live e alguns relampejos de Moddy Blues, mas acrescenta alguns elementos novos ao som do trio composto por Mark, Ollie e Captain.
O disco já abre chutando a porta com a excelente "Fire". Nota-se um acréscimo maior de samplers no meio das músicas, mas nada que desagrade ou soe chato; pelo contrário, são muito discretos e complementam as músicas. A batida contagiante e a letra amalucada de "Sorry Go' Round" dão seqüência, e é impossível ficar indiferente. A seguir temos a faixa single que deu título ao disco e tem uma melodia belíssima e uma letra sensacional metaforizando amor e solidão.
"Locking Up the Sun" é mais um hardão e outro grande destaque no álbum. "Gravity" é um hard soft com batida funkeada. Temos também as baladas que permeiam todo e qualquer disco de pop rock, entre elas, "King of Fools" e "All the Way/4U" se destacam e "Roses" e "Desire" não fazem feio. "Delicious" é mais um hard com levada forte e como diz o título, deliciosamente contagiante.
Para fechar essa bolacha, uma remixagem de "Maybe Tomorrow is a Better Day", que quem já acompanha a banda bem antes do álbum de estréia já conhece muito bem, uma vez que foi lançada na net para download free. Em seguida temos a bela e inspiradíssima "Dawn" que fecha o álbum com chave de ouro.
Pode-se notar uma grande evolução aqui em relação ao debut do trio. As músicas estão não só mais encorpadas, mas também possuem muito mais elementos e arranjos. Houve também uma maturidade muito grande na lírica, onde a poesia flui muito mais, principalmente na faixa título. Um grande registro de um trio que ainda nos promete ótimas surpresas no futuro e que lamentavelmente ainda não foi descoberto pelo mercado brasileiro.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps