Resenha - Coldness - Kotipelto
Por Carlos André
Postado em 19 de outubro de 2004
Nota: 9 ![]()
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Timo Kotipelto começou a se tornar mundialmente conhecido a partir de 1994, quando entrou no Stratovarius. Quase dez anos depois, os desentendimentos com o patrão Timo Tolkki causaram sua demissão (e a do baterista Jörg Michael) e uma seqüência inacreditável de acontecimentos absurdos relacionados à banda finlandesa, tudo com noticiário digno de qualquer revista de fofoca de novelas de TV. Em meio a tudo, Kotipelto passou a se dedicar à sua carreira solo e lançou seu segundo disco solo, o surpreendente Coldness.

Todos sabem de sua capacidade como vocalista e frontman, mas confesso que fiquei surpreso com os resultados alcançados no sucessor de Waiting for the Down. Isso porque, além de cantar, Kotipelto revelou ser um excelente compositor, faceta pouquíssimo demonstrada no antigo grupo. Contando com ótimos músicos, os mesmos do álbum anterior, Coldness apresenta ótimas canções, bem arranjadas e executadas com perfeição.
O tecladista Janne Wirman (Children of Bodom), o baixista Jari Kainulainen (Stratovarius), o baterista Mirka Rantanen (Tunnelvision e Thunderstone) e os guitarristas Michael Romeo (Symphony X) e Juhani Malmberg (Tunnelvision) parecem se conhecer e tocar juntos há anos, sendo que Romeo gravou sua participação em seu estúdio em Nova Jersey, nos Estados Unidos.
A produção também está perfeita, cristalina e com todos os instrumentos soando muito bem. Mixagem e masterização feitas nos estúdios Finnvox já são garantia e sinônimo de qualidade. Com andamento cadenciado, Coldness soa distinto do Stratovarius, embora Seeds of Sorrow e Can You Hear the Sound pudessem fazer parte de qualquer álbum do grupo. São as faixas mais rápidas e com o estilo que nos acostumamos a ouvir de Kotipelto nos vocais.
Entretanto, as melhores faixas são as que se distanciam do metal melódico e rápido característico de sua ex-banda. A excelente Reasons é o melhor exemplo, com refrão que gruda de imediato e aquela sonoridade hard rock contagiante. Here We Are é outro exemplo, com andamento bem cadenciado. Não há nenhuma que poderia ser citada como descartável, tornado o álbum bastante coeso e de audição agradável.
Além das dez músicas, podemos destacar a belíssima capa, sombria como o inverno escandinavo e os extras do CD. Em época de pirataria crescente, a criatividade e elementos como os adicionados em Coldness aumentam o interesse e ajudam a impulsionar as vendas do disco. Aqui temos o
vídeo clipe de Reasons e um pequeno documentário com dez minutos de duração sobre o making of do álbum e do clipe.
Podemos dizer que se Kotipelto tivesse liberdade para compor no Stratovarius, o grupo poderia estar num patamar mais elevado do que o alcançado. Além, é obvio, de não se repetir disco após disco. Só o tempo dirá se o grupo retornará com os dois Timos, mas podemos esperar bons álbuns do Stratovarius ou do vocalista.
Century Media: www.centurymedia.com.br
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