Resenha - End of Beginning - Lost Forever
Por Daniel Dutra
Postado em 11 de maio de 2004
Mais do que ter lançado um ótimo disco de estréia, o Lost Forever prova definitivamente a evolução e o profissionalismo do metal carioca. The End of Beginning coloca o quinteto entre os mais promissores dos novos nomes no Brasil, traz boas perspectivas para o futuro e, como o que vale é mesma a música, apresenta um prog metal de qualidade. Sim, você não leu errado. A banda já começa ganhando pontos por não apostar no batido metal melódico e tem um bônus por privilegiar o peso e não apenas a técnica.
Mater Et Magistra, que abre o CD, é uma amostra perfeita da banda. Um trabalho preciso dos guitarristas Fabbio Nunes e Nelson Magalhães, com riffs e solos bem encaixados; cozinha coesa formada por Renê Shulte (bateria) e André de Lemos (baixo); e o vocal inspirado de Hugo Navia, agressivo na medida certa e sem apelar para agudos minuto a minuto. Para completar o serviço, um refrão bem esperto.
Shulte mostra em Among the Crowd que dois bumbos podem ser usados sem cansar o ouvinte e a partir de The Lies Behind the Mirror começa a brilhar também o tecladista Daniel Melo (Dead Nature), convidado especial. As mudanças de andamento da música, que fez parte da segunda demo do grupo, cativam e abrem caminho para a ótima Spirits from the Ice Garden. Riffs pesados, belas passagens, teclados na medida, ótima performance de Navia e solos alternados de dar gosto.
Outra das "antigas", Damned Train tem um refrão bacana, assim como End of Century, que conta ainda com bons momentos de guitarra e teclados no meio da canção. Apenas o piano e o solo de guitarra já valem A Season in Between, mas a balada consegue a proeza de não soar piegas. Para fechar, as ótimas duas partes de Above the Sins, que tem a participação especial da vocalista do HeavenFalls, Sabrina Carrión, nos backing vocals (assim como em The Lies Behind the Mirror e Damned Train).
O início de Dying Dreams nos remete a Metroplis Part I, do Dream Theater, e soa mesmo como homenagem, não como cópia barata. The Remais of Myself dá seqüência à primeira parte com boa levada, ótima participação de Melo e mais uma dose de inspiração de Navia ao microfone. Apesar de o refrão por demais repetido no fim da canção, um encerramento digno de um disco muito acima da média e que não deve nada a várias bandas de prog metal espalhadas por aí.
Lost Forever: www.lostforever.com
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