RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Baixista do The Who lista quais foram suas melhores linhas de baixo: "Toco melhor ao vivo"

Para Tobias Forge (Ghost), Black Sabbath ia muito além do heavy metal

O baixista que foi chamado para tocar com Ozzy Osbourne e Jimmy Page ao mesmo tempo

Lisa Marie Presley foi convidada para gravar música do Megadeth, mas parceria não rolou

No início de carreira, Metallica era um "cover do Diamond Head"

Klaus Meine, do Scorpions, lamenta a perda de James Kottak; " É uma história muito triste"

O dia que centenas de coturnos de punks de SP foram embaralhados por tiras após dura

Tracii Guns aceitaria voltar ao Guns N' Roses para uma turnê? O próprio responde

O comentário que deixou Brian Johnson arrasado quando ele gravou o "Back in Black", do AC/DC

O álbum que Jimmy Page considerou que "apenas metade" dele ficou legal

Ian Anderson relembra por que recusou convite para o Jethro Tull tocar no Woodstock

O clássico do Metallica inspirado em filme que venceu o Oscar em cinco categorias

A resposta do baixista Paulo Jr sobre se chegou a pensar em deixar o Sepultura

A canção questionadora de Raul Seixas que se complementa com uma canção da Rita Lee

A canção do Deep Purple inspirada em duas canções de Jimi Hendrix


Bangers Open Air
Linkin Park

Resenha - End Of Beginning - Lost Forever

Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 13 de março de 2004

Nota: 8 starstarstarstarstarstarstarstar

Convenhamos que não temos muitas e excelentes bandas de prog metal no Brasil, por isso quando algo da qualidade do Lost Forever surge, é um forte motivo para comemorar.

A banda é direcionada para o lado mais direto do prog (na linha Symphony X, Queensryche e Evergrey), e não aposta tanto (não tanto, mas com nítidas influências) em toda concepção estilística e técnica de bandas como Dream Theater, Pain Of Salvation, Vanden Plas e congêneres.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Hugo Navia é um bom vocalista, em timbres e interpretações mais agressivas o resultado é singular, como nas partes mais pesadas de "Mater Et Magistra", gerando expectativa para que tal qualidade fosse usada no restante do álbum; mas não é... ele deixa a agressividade relativamente de lado e investe na regularidade e alternância de tons semelhantes a partir dali. Mesmo assim o talento do rapaz em qualquer caminho tomado é latente. Há que se ressaltar também a semi-perfeita (ainda há o que melhorar) pronúncia do inglês, detalhe importantíssimo, inclusive para vislumbrar território lá fora.

As influências de hard rock, heavy tradicional e até mesmo o thrash são bem vindas e ficam evidentes na grande dose de peso que o Lost Forever coloca nas guitarras e também na abundância de riffs (maioria deles bem pesados) que as músicas possuem. "Among The Crowd" escancara bem isso. Corre-se o risco de pensar que a composição tenha saído de um álbum do Testament tamanho o peso do seu riff inicial, e o decorrer também não decepciona.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Em algumas faixas podemos encontrar facilmente aquela rifferama complexa e caracteristicamente timbrada que as bandas de prog proporcionam. "Damned Train" é um belo exemplo, minha favorita, e com várias mudanças de climas e arranjos, não deixando de ser equilibrada e fluente.

"Spirits From The Ice Garden" e "End Of Century" mostram bem que "prog metal" é mesmo a melhor definição para o som do Lost Forever. Aquelas vocalizações sentimentalistas intercaladas por riffs pesados e cozinha no melhor estilo John Myung/Mike Portnoy são provas cabais de que fugir de todos os clichês que o estilo impõe é realmente difícil, mas a banda encontra bons resultados entre caracterizar o seu som e buscar inovação ao mesmo tempo. Ponto pra eles.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

A balada "A Season In Between" faz o papel de "dardo tranqüilizante" do álbum, facilitando para quem não agüenta toda aquela quebradeira em seqüência e, além disso, é feita com classe.

E pra fechar o cd somos agraciados com aquela tradicional suíte matadora. É curioso notar que muitas bandas de prog deixam o melhor da festa para o final, colocando sua melhor composição como última faixa do cd – parecem querer agregar o estilo do "verso de ouro" que os parnasianos sempre primam em sua poesia. E neste caso a suíte "Above The Sins" não foge á regra, é de longe a composição que transborda maior bom gosto; Arranjos e melodias magníficas, tudo numa harmonia impressionante, é um "supra-sumo" da música trabalhada, detalhista, de fácil assimilação e alto nível que o grupo pode alcançar, onde os músicos colocam seus talentos individuais em prol da música em si e não querendo chamar atenção para suas performances particulares, o que é uma sensibilidade e bom senso que toda banda de prog deveria ter.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

A gravação e produção apesar de perfeitamente nítidas e compreensíveis, podem melhorar bastante, fazendo um melhor trabalho de mixagem e equalização, diminuindo o eco e a sensação de "abafado" que notamos em alguns pontos. Os erros aqui são perdoáveis – já que com certeza o próximo trabalho terá uma produção melhor.

As participações de Daniel Melo nos teclados (originário do Dead Nature) e Sabrina Carrión (do HeavenFalls) como backing vocal em várias faixas tornam o álbum uma "união de forças" do metal carioca, que sofre – ou sofria – de um certo preconceito no resto do Brasil (fora os problemas internos de rivalidade, desorganização), mas que ultimamente com a revelação de muitas e excelentes bandas (Venin Noir, Tothen, Imago Mortis, Sigma 5, Allegro, Avec Tristesse, Unearthly, Saint Spirit e os próprios Lost Forever, Dead Nature e HeavenFalls) vem calando a boca de muitos críticos e produzindo música de altíssima qualidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

As letras giram em torno das desilusões, ações, conseqüências e vivências do ser humano (tema preferido das bandas de prog) e mesmo que não almejem o Prêmio Nobel de Literatura são bem compostas.

O Lost Forever desponta ao lado do Khallice (e o interessante e positivo fator é que as duas partem em direções diferentes dentro do estilo) como os maiores representantes do prog nacional (opa, opa! me torturaria eternamente se deixasse de citar o INJUSTISSADÍSSIMO e "pouco conhecido" Akashic, perdão também se estou esquecendo de outros tantos talentos). São gratas e bem vindas revelações de anos extremamente recentes, metal brasileiro tipo exportação, prontinho para evoluir e ganhar espaço. Não tem erro. É cair na estrada, trabalhar e procurar melhorar sempre. Boa sorte á eles.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6

Formação:

Hugo Navia (Vocal)
Fabbio Nunes (Guitarra)
Nelson Magalhães (Guitarra)
André de Lemos (Baixo)
Renê Shulte (Bateria)
Daniel Melo (Teclado)

Track List:

01 – Mater Et Magistra
02 – Among The Crowd
03 – The Lies Behind The Mirror
04 – Spirits From The Ice Garden
05 – End Of Century
06 – Damned Train
07 – A Season In Between
08 – Above The Sins (I – The Dying Dreams)
09 – Above The Sins (II – The Remains Of Myself)

Tempo Total: 55:00 min.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - WHIP
Divulgue sua banda de Rock ou Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeEfrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Marcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Richard Malheiros | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Maurício Gomes Angelo

Jornalista. Escreve sobre cultura pop (e não pop), política, economia, literatura e artigos em várias áreas desde 2003. Fundador da Revista Movin' Up (www.revistamovinup.com) e da revrbr (www.revrbr.com), agência de comunicação digital. Começou a escrever para o Whiplash! em 2004 e passou também pela revista Roadie Crew.
Mais matérias de Maurício Gomes Angelo.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS