Resenha - End of Beginning - Lost Forever
Por Rafael Carnovale
Postado em 09 de fevereiro de 2004
Nota: 9
O quinteto carioca Lost Forever nasceu em 1997, com a proposta de fundir o heavy metal com pitadas de progressivo, o que convencionou chamar-se de "prog-metal". Após lançarem uma demo em 1998 e um EP em 2000, a banda consegue finalmente parir seu "debut", através da Hellion Records. Fãs assumidos de Black Sabbath e de progressivo, a banda apresenta neste primeiro cd uma boa fusão dos dois estilos, com ênfase no peso das guitarras, auxiliada pelos climas criados pelos teclados.
"Mater Et Magistra" é uma excelente abertura, com toques de Dream Theater aqui e acolá, mas com muito peso, e um vocal altamente influenciado por Geoff Tate (Queensryche) e Damian Wilson (Threshold). O mesmo se repete na excelente e forte "Among The Crowd", que mescla o peso do heavy com as mudanças de andamento do prog com extrema competência. A cadenciadíssima e cativante "The Lies Behind the Mirror" mostra todo o talento dos músicos, aonde se sobressaem o excelente vocal de Hugo Návia e as guitarras polivalentes de Fabbio Nunes e Nelson Magalhães. A influência de Queensryche (principalmente da época de "Promised Land") fica bem evidente.
Já faixas como a balada pesada "Spirits from the Iced Garden" (com belos vocais em falsete) e a heavy a lá Dream Theater "End of The Century" (com várias mudanças de andamento bem colocadas) são grandes momentos de uma banda que hora aposta no prog mais pesado ("Damned Train", com guitarras a lá Iron Maiden), ou no heavy light com toques pop como na belíssima "A Season in Between". Para fechar o cd, nada como a potente suíte "Above the Sins", dividida em 2 partes: a prog-metal a lá Queensryche "Dying Dreams" (desta feita bem influenciada pelo cd "Operation Mindcrime") e a pesada e mais heavy "The Remains of Myself" (com excelentes riffs e mudanças de tema). A temática do cd gira em torno do ser humano e suas desilusões, um ser quase que "perdido para sempre".
A banda é extremamente talentosa e a produção, embora um pouco abafada, não tira o brilho deste cd, que vem a acrescentar mais um excelente nome no metal carioca. Agora é ralar e rolar em vários shows pelo Brasil afora, porque material de qualidade eles já esbanjam em seu primeiro cd. Parabéns ao Lost Forever.
Line Up:
Hugo Návia - Vocais
Fabbio Nunes - Guitarras
Nelson Magalhães - Guitarras
André de Lemos - Baixo
Renê Shulte - Bateria
Daniel Melo - Teclados
Lançado em 2003 pela Hellion Records.
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