Resenha - Jupiter's Darling - Heart
Por Thiago Sarkis
Postado em 21 de fevereiro de 2005
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Uma década de pausa nas atividades e o Heart prova que o período no limbo foi essencial, principalmente após o lançamento do fraco "Desire Walks On" (1993). "Jupiter’s Darling" (2004), o mais novo álbum, é facilmente o melhor trabalho das irmãs Wilson desde o aclamado auto-intitulado de 1985.
Para acompanhá-las neste retorno, revelou-se o excelente guitarrista Craig Bartock, além da continuação da parceria com Ben Smith na bateria, e a adição de ninguém menos que Mike Inez (Alice In Chais, Ozzy Osbourne, etc) no baixo. Como convidados especiais aparecem Mike McCready (Pearl Jam) nas guitarras de "Led To One", "Down The Nile" e "I’m Fine", e Jerry Cantrell (Alice In Chains) no mesmo instrumento, mas apenas na faixa "Fallen Ones".
De início, com "Make Me", você já saca que valeu a pena esperar tanto tempo para que o Heart se reiterasse e voltasse com inspiração e força total em seu rock ‘n’ roll vivido e repleto de inferências de música country e folk em geral.
A seqüência das dezessete composições posteriores foi nitidamente feita a dedo, numa variação constante de arranjos de puro ‘rock’, incluindo bastante guitarras e os vocais rasgados de Ann Wilson, e músicas mais calmas, baladas folk se assim quiserem, contendo bandolins, belas texturas de mellotron, violinos, e algumas gaitas. Via de regra praticamente e, às vezes, quebra um ritmo bacana impresso por uma ou outra canção arrebatadora. Prejudica em certos instantes o desenvolvimento do CD.
Os convidados conseguiram imputar suas próprias sonoridades no estilo do Heart, sem que quaisquer das partes tivesse que ceder. Ótimas as músicas com McCready e Cantrell. Não obstante, os grandes destaques são "Oldest Story In The World", "Move On" e "Vainglorious". Incríveis composições que de imediato capturam o ouvinte. Todavia, também é inegável que a escolha das melhores faixas depende da velha discussão de preferência entre as vozes de Nancy e Ann Wilson. Particularmente, parece-me que para o rock ‘n’ roll Ann é a indicada, ficando com Nancy a responsabilidade pelas melodias mais sutis.
"Jupiter’s Darling" fecha com "How Deep It Goes" e uma versão acústica de "Fallen Ones", novamente na variante supradita, e numa produção direta e exata, como todo o álbum. Algumas falhas pelas incessantes quebras de ritmo, é verdade, mas um retorno definitivamente suficiente para dez anos de espera.
Lançado pela Eagle Records - 2004
Outras resenhas de Jupiter's Darling - Heart
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O melhor baterista dos últimos 10 anos, segundo Lars Ulrich do Metallica
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
Andreas Kisser diz que não tem a "mínima vontade" de voltar a tocar com irmãos Cavalera
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
Evanescence anuncia turnê mundial para 2026
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
Os cinco maiores bateristas de todos os tempos, segundo Dave Grohl
Robert Plant confirma show em Porto Alegre para 2026
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
O Melhor Álbum de Hard Rock de Cada Ano da Década de 1980
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
A banda clássica que poderia ter sido maior: "Influenciamos Led Zeppelin e Deep Purple"
Como o novato Chris Dovas fez o Testament soar mais pesado, segundo Chuck Billy
A história por trás do nome AC/DC segundo Dave Evans, primeiro vocalista da banda
Os 5 álbuns essenciais para compreender o rock nacional anos 1980, segundo Regis Tadeu
"Love Hurts", a música que inspirou uma das canções mais tristes de todos os tempos


Os 3 clássicos dos anos 1980 que você não precisa sentir culpa por amar
O clássico dos anos 70 que combate uma mentira sexista e que irritou a banda Nazareth
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Clássicos imortais: os 30 anos de Rust In Peace, uma das poucas unanimidades do metal



