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Por Márcio Ribeiro
Postado em 11 de fevereiro de 2003

Desta vez vamos falar de uma banda curiosa. Banda que teve, entre 1969 e 1970, cerca de sete formações diferentes. Banda que, embora com boas apresentações ao vivo e uma certa quantidade de material gravado, jamais conseguiu se firmar ou ser lançada oficialmente. Esta é a história da banda Heavy Jelly, com a proposta musical de apresentar r&b pesado, seguindo onde bandas como Cream e Blind Faith pararam. Uma história ainda mal contada.

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Tudo começou com uma banda tendo problemas com seu empresário. A banda é Skip Bifferty, cuja formação inicial surgia em 1966. Após o lançamento de seu disco único em 1968, ocorreu um desentendimento entre a banda e seu empresário Don Arden. Gravaram então secretamente o compacto "I Keep Singing That Same Old Song" (Gibson) / "Blue" (Bell), que foi lançado no final de 1968 pelo selo Island Records. Como não poderiam usar o nome da banda que estava legalmente comprometida com outra gravadora, usaram o nome Heavy Jelly. Esta passa a ser oficialmente a primeira formação da banda com Graham Bell (vocal), John Turnbull (guitar, vocais), Colin Gibson (baixo), Mickey Gallagher (teclados), e Tommy Jackman (bateria).

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Sua canção de trabalho, "I Keep Singing That Same Old Song" é possivelmente um dos mais longos Lado A de compacto na historia da música, compreendendo um tempo total de 7:49. Atrás vem "Hey Jude" dos Beatles e "(Just Like) A Rolling Stone" de Bob Dylan ("American Pie" não conta pois foi dividido em duas partes para o compacto). Ainda assim, apesar de seu tamanho, algumas rádios na Europa chegaram a tocar a canção o suficiente para entrar em suas paradas de sucesso.

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A banda continuou por mais alguns poucos meses, mas não sem mudanças. Primeiro foi Tommy Jackman que saiu, sendo substituído por Dave Potts. Sua permanência no grupo foi curta sendo então substituída pelo baterista Alan White. Não demorou muito e Don Arden descobriu a armação e a banda não pode continuar com a farsa. Skip Bifferty se tornou oficialmente desfeita embora Heavy Jelly não levaria muito tempo para também ser desfeita, seus membros se separando e formando outras bandas.

Em 1969, paralelamente ao final do Heavy Jelly, versão Skip Bifferty, nascia outra banda com o mesmo nome. Considerando Heavy Jelly um nome de apelo forte e com potencial comercial, um pequeno selo inglês chamado Head sabendo da situação ilegal da banda original, registrou o nome passando a exercer exclusividade sobre o seu uso. Com posse do nome, contrataram três músicos tarimbados e montou-se um power trio, agora chamado Heavy Jelly. São eles John Moorshead na guitarra, Alex Dmochowski no baixo e Carlo Little na bateria. John Moorshead e Alex Dmochowski haviam trabalhado juntos no recém desfeito The Ansley Dunbar Retaliation, enquanto Carlo Little era mais lembrado pelo seu trabalho com Lord Sutch & the Savages.

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Uma vez que as duas bandas de nome Heavy Jelly coexistiram por um pequeno período de tempo, é plausível supor que ao encontrar o nome já registrado, a banda original se desfez e partiu para outras coisas. O novo power trio Heavy Jelly lançou então em maio de 1969, o compacto "Time Out Chewn In" / "The Long Wait" pelo selo Head. O compacto fez consideravelmente mais sucesso crítico dentro da Inglaterra do que o compacto anterior. Seguiam a mesma orientação musical que a banda anterior, com powerchord blues procurando preencher o buraco comercial deixado pelo grupo Cream. No entanto, diferente do Heavy Jelly anterior, o som deste trio era mais bem acabado, apresentando interessantes idéias musicais , porém menos embolado do que se ouvia em "I Keep Singing That Same Old Song".

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Como aconteceu antes, esta versão também não ficou muito tempo com a mesma formação e Carlo Little logo saiu dando lugar para a entrada de Michael Kellie. Durante o curso do ano de 1969, embora nem sempre com um registro gravado, outras variações ocorreram em sua formação. Dois nomes que são citados como tendo curta passagem pela banda são os de Chris Wood e Jim Capaldi, ambos do Traffic. Com a virada do ano, a chegada de 1970 trazia para Heavy Jelly sua formação mais memorável. Chegavam Barry Jenkins, ex-baterista dos Animals e Jackie Lomax que iniciou sua carreira com The Undertakers antes de tentar uma carreira solo, contratado pela gravadora Apple Records.

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Agora livre de seu compromisso com aquela gravadora, Lomax é trazido ao Heavy Jelly para resolver alguns problemas pendentes de repertório. Acontece que a banda entrou em estúdio em janeiro para gravar o que seria o primeiro álbum mas não tinham muitas composições novas para o projeto. Jackie Lomax imediatamente começa a compor e organizar material para o primeiro disco da banda. Atua também como produtor das sessões que passam a incluir participações de Bobby Keys no saxofone e Jim Price no trumpet, além de Pete Ham e Tom Evans, ambos do Badfinger para fazerem backing vocals.

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O Heavy Jelly sob a tutela de Jackie Lomax fez apresentações ao vivo memoráveis com Lomax e Moorshead dividindo igualmente vocais e solos de guitarra. Uma apresentação ao vivo para um programa da BBC foi devidamente gravada porém, continua inédita, aguardando a oportunidade para um possível lançamento.

É difícil saber exatamente porque o disco nunca foi lançado. Mas como não saiu, Lomax pulou fora e aos poucos, os demais integrantes também foram buscando outros caminhos. E assim ficou a fama sem glória para esta banda que não vingou. Quem assistiu comenta com pesar estes arquivos sonoros continuarem trancafiados e longe do consumidor. Resta aguardar para ver se algum dia este material seja finalmente aproveitado e posto no mercado.

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Sobre Márcio Ribeiro

Nascido no ano do rato. Era o inicio dos anos sessenta e quem tirou jovens como ele do eixo samba e bossa nova foi Roberto Carlos. O nosso Elvis levou o rock nacional à televisão abrindo as portas para um estilo musical estrangeiro em um país ufanista, prepotente e que acabaria tomado por um golpe militar. Com oito anos, já era maluco por Monkees, Beatles, Archies e temas de desenhos animados em geral. Hoje evita açúcar no seu rock embora clássicos sempre sejam clássicos.
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