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200 Motels ou a vida na estrada

Por Márcio Ribeiro
Postado em 24 de dezembro de 2003

O disco, o show, o filme - que no Brasil permaneceu censurado pelo governo militar, portanto até onde sei nunca passou em um cinema no país. Evidentemente que na década de oitenta, com o fim do regime opressor, os vídeos invadiram o país e 200 Motels passou a poder ser visto no conforto do seu lar, porém nunca na tela grande. Tendo sido originalmente gravado em vídeo para depois ser passado para filme, é possível que ao ser projetado na tela grande, haja uma pequena perda de qualidade de imagem. Todavia, pessoas que teriam assistido-o no cinema e depois na TV negam a teoria da perda. Como não se trata do tipo de filme que se encontre em qualquer locadora, pelo que sei, poucas pessoas até hoje puderam ver no Brasil este filme e sua música, composta, arranjada e produzida pelo 'freak' mais respeitado da indústria fonográfica, Frank Zappa.

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200 Motels - Life on the road; a vida na estrada, em constante movimento e sem fincar raízes. A vida na estrada. São estas as primeiras palavras ouvidas logo no início do filme, e resumem perfeitamente todo seu enredo. E ao declarar que excursões te levam a loucura, Zappa sintetiza estas loucuras em um filme desprovido de pretensões, com cenários de papelão pintado e que mais parecem algo tirado de uma peça escolar. Embora os integrantes da banda tenham papéis e falas determinadas, não são e nem tentam se passar por atores.

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A banda em questão, sob o nome de Mothers of Invention, na verdade pouco tem em comum com o conjunto que acompanhava Zappa durante a década de sessenta. Aquele Mothers foi desfeito em meados de 1969. Embora a banda sempre teve uma grande rotatividade de músicos, o que mais marca a diferença entre as duas, é a temática das letras. O material do chamado "Original Mothers", geralmente continha grandes doses de sátira em letras com conotações político-sociais. Nesta nova fase, que compreende o período de 1970/71, Zappa adiciona mais blues e rock'n'roll em sua fórmula, com solos longos de guitarra e letras mais cômicas. O mestre passa a se dedicar mais a assuntos como excursões e o estresse e tédio sobre aqueles que vivem viajando a trabalho. Dentro dos elementos que pertencem a vida na estrada, existem as groupies, aquelas donzelas que fazem qualquer coisa para alegrar e aliviar o tédio do músico viajante. Nesta passagem de 69-70, Zappa organiza e promove uma banda montada exclusivamente de groupies chamado GTO (Girls Together Outrageously) e tem intenções de lançar um livro sobre o assunto. Mais um de seus muitos projetos que acabaram nunca sendo realizados.

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200 Motels Suite com Zubin Metha

Esta versão dos Mothers, montada em 1970, foi inicialmente composta por alguns membros da banda antiga. São eles Don Preston: o ás do mini moog e demais teclados, Ian Underwood: alto sax, sopros de madeira e piano; Euclid Motorhead Sherwood no sax barítono; Billy Mundi nas percussões; e o veterano Mother repatriado, Ray Collins nos vocais. Entre os novatos, temos George Duke, outro às dos teclados no piano elétrico, que Zappa encontrou despejando seu talento em um pequeno piano bar de Los Angeles; Aynsley Dunbar, um talentoso baterista descoberto por John Mayall e que tocou em uma rápida passagem pelo Jeff Beck Group, antes de fazer algumas sessões de estúdio para o disco solo de Zappa, "Hot Rats". Zappa ficou impressionado com o rapaz, o que acabou rendendo um convite para Dunbar participar desta nova banda em formação. Completando o grupo, temos Jeff Simmons, um dos artistas do seu selo Bizzare Records, que fora contratado como baixista.

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Zappa vinha escrevendo desde 1968 uma série de composições orquestrais visando um projeto como este, ainda sem nome. Foi por escrever praticamente toda estas partituras em meio a excursões, em diversos aeroportos e quartos de hotéis espalhados pelo mundo que se tem a origem do nome da obra. Quando ficou acertado uma apresentação com os Mothers e a Los Angeles Philharmonic Orchestra, com seu prestigiado regente, o maestro Zubin Metha, Frank preparou um tema que ele chamou de "200 Motels Suite." A apresentação foi realizada no dia 15 de maio de 1970 na Universidade da Califórnia, na cidade de Los Angeles.

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A referida "200 Motels Suite" trata-se de um conglomerado de vários temas que posteriormente viriam a aparecer espalhados pela sua discografia. O tema mais evidente seria o "Bogus Bomp", título que apareceria entre sua discografia apenas em 1978 no seu disco Orchestral Favorites. "Bogus Bomp" é na pratica, uma versão sintetizada do "200 Motels Suite," nunca lançado oficialmente. Esta apresentação foi registrada e comercializada somente em pequena escala, através de um disco pirata fabricado pelo selo pioneiro, Trade Mark of Quality. Feito com uma prensagem limitada, quem puder adquirir tal artefato, ouvirá o suite com seus seguintes temas:

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1. Pound For A Brown On A Bus
2. Oh No
3. Envelopes
4. Little House I Used To Live In
5. This Town Is A Sealed Tuna Sandwich
6. Redneck Eats
7. World's Greatest Sinner
8. Holiday In Berlin
9. Inca Roads
10. Strictly Genteel
11. Duke Of Prunes
12. Who Needs The Peace Corps?
13. Pound For A Brown On A Bus (novamente)
14. Oh No (novamente)
15. The Eric Dolphy Memorial Barbecue

Apesar de ser um registro raro e importante, a apresentação em si foi considerada mediana, com os músicos da orquestra mostrando pouco entusiasmo e ainda menos interesse com esta obra pautada. Zappa na década de oitenta falaria sobre a falta de boa vontade por parte de músicos de orquestra que ele sempre sentiu nas ocasiões em que ele conseguiu alugar seus serviços para gravar qualquer uma de suas partituras. O problema, Zappa acusa, parece ser preguiça por parte destes músicos, para sentar e malhar até aprender a tocar esta música sincopada e de difícil execução. É mais fácil tocar as mesmas baboseiras de sempre, sem esquentar a cabeça e ganhando o mesmo dinheiro.

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Com os integrantes dos Mothers deixando o evento se sentindo sabotados pela orquestra, Zappa recebe a visita de dois integrantes da banda The Turtles, Mark Volman e Howard Kaylan, que estavam na platéia. Mostraram interesse em se juntarem à troupe. Para Zappa, o potencial desta dupla para vocais, como também para narrativas diante de um grande público foi visto como um excelente trunfo. Portanto, Zappa passou a escrever material especificamente para explorar este aspecto do duo.

United Artists Compra a Idéia

A intenção de fazer um filme era antiga. Em sua carreira, Frank Zappa já havia escrito a trilha sonora para dois filmes B produzidos por Hollywood, "Run Home Slow" e "The World's Greatest Sinner". Ele havia escrito e dirigido também dois outros filmes que nunca chegaram a ser completados, "Captain Beefheart Vs. The Grunt People" em '63 (donde Don Vliet ganhou seu famoso nome artístico), e "Uncle Meat" em '69. Desta vez, com subsídios pagos pela United Artists, Zappa tinha condições de ver o projeto se materializar.

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publicidadeAdriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Várias hipóteses foram estudadas antes de se chegar a um acordo com uma produtora. Pensou-se inicialmente em levar o filme de ficção científica, "Uncle Meat" adiante, um projeto que ficou incompleto em que Zappa trabalhou entre 1968-69. Com o abandono desta, veio a idéia de um filme sobre a vida na estrada. Com uma sinopse e alguns rolos de fita com partes da trilha sonora chegando as mãos de David Picker da United Artists, houve o sinal verde. A firma de Zappa, Bizzare Records, vende os direitos do filme e trilha sonora à United Artists em troca de um adiantamento de $600.000 orçados como custo total da produção.

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Era imperativo para Zappa que o projeto tivesse uma orquestra completa tocando com uma banda de rock. E é justamente por este motivo que se passou a cogitar a Europa como local para a filmagem. Sonhava em uma relação melhor com os músicos de uma orquestra em um país onde ainda cultivava-se este tipo de música. Isto levou Herb Cohen, sócio na Bizarre Records, a ir a Europa encontrar um estúdio para filmagens e negociar a contratação de uma orquestra. Uma das primeiras propostas estudadas foi de se fazer um filme para televisão na Holanda, e um contrato com uma rede holandesa foi assinado. A hipóteses de filmar nos Países Baixos caiu por terra quando se verificou que em toda Holanda não havia um estúdio grande o suficiente para se montar os diversos palcos simultâneos que o projeto exigia. A extensão da parceria se resumiu no empréstimo de um equipamento profissional de primeira geração de vídeo.

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Acabou se tornando mais prático e econômico fazerem o filme na Inglaterra. A língua era essencialmente a mesma e Londres era a residência da Royal Philharmonic Orchestra, uma das mais prestigiadas orquestras disponíveis. Acordos foram feitos e contratos assinados, garantindo não só a RPO, como também seu regente Elgar Howart, mais o coro Top Score Singers. O estúdio escolhido e reservado foi o Shepperton Studios, assegurando durante o mês de janeiro, tempo disponível para montar os palcos, ensaiar o elenco, filmar e gravar todo o material.

O Roteiro e a Banda

Enquanto Herb cuidava destes detalhes, em Los Angeles, Zappa estava escrevendo o roteiro, as músicas, ensaiando e gravando a banda. O resultado destes primeiros ensaios com o material novo resultou no disco "Chunga's Revenge," ainda lançado em 1970. A banda consiste em Aynsley Dunbar na bateria, Jeff Simmons no baixo, Don Preston e George Duke nos teclados, Ian Underwood e sua esposa Ruth Underwood respectivamente em sopros e percussões, Frank Zappa na guitarra e os dois vocalistas Mark Volman e Howard Kaylan. Com um grupo sem maiores experiências como atores, e um orçamento mínimo que limitara o tempo de filmagem, o mais seguro foi manter os personagens o mais próximo possível das personalidades individuais de cada um, e com falas e seqüências de eventos tirados de eventos e discussões que realmente ocorreram entre eles.

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Em junho de 1970, a banda levantou vôo para excursionar pela Europa onde puderam inserir e testar o material novo. Esta foi a primeira oportunidade do grande público de poder ouvir textos e composições como "Bwana Dik", "Lonesome Cowboy Burt", "Would You Like A Snack?", "Mudshark", "What's A Girl Like You Doing In A Place Like This?", "What Will This Evening Bring Me This Morning?" e "Penis Dimension". Foi também durante esta excursão que Zappa passou a adotar o hábito de deixar um gravador ligado e escondido em lugares estratégicos, onde mais tarde ele retiraria debates e discussões entre os integrantes da banda, ocorridos sem sua presença, para então colocá-los no roteiro.

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Elenco em Londres

Perto do Natal, Frank Zappa, sua esposa Gail e seu casal de filhos, Moon Unit e Dweezil, chegam em Londres, acompanhado de Miss Pamela Miller (futura Pamela Des Barres), e Miss Lucy Offerall, ambas já groupies famosas de Los Angeles. Não muito depois viria Janet Ferguson, uma atriz que Zappa conheceu e participou do que foi filmado de "Uncle Meat" - o filme. Lucy, que trabalhou também como babá das crianças, (Moon Unit Zappa, a mais velha, estava com apenas dois anos de idade), faria o papel de Lucy, uma groupie perdida na pequena e pacata cidade de Centerville onde se passa todo o enredo do filme. Janet seria a outra groupie amiga enquanto Pamela aparece no filme como uma jornalista de uma famosa revista de rock, uma provável alusão à revista Rolling Stone.

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Ao chegar em Londres, Zappa e Cohen se deparam com o primeiro de uma série de grandes contratempos. Aparentemente o Shepperton Studio não estaria disponível durante o período marcado. Roman Polanski estava em meio a filmagens de seu épico "MacBeth", utilizando todo o espaço disponível. Imediatamente uma busca foi feita e a salvação acabou surgindo sob o nome de Pinewood Studios, localizado em Iver Heath, que faz parte de Buckinghamshire. A maior parte da verba financiada pela United Artists havia sido gasta na contratação da filarmônica e coral por duas semanas. Uma semana só para ensaios, outra para fazer o filme. Somando as despesas, o aluguel do estúdio de cinema, equipamento de vídeo, estúdio de som móvel, laboratório de cinema durante a pós-produção e... atores, o custo total do projeto acabaria ficando por $679.000. Com um orçamento tão reduzido, as filmagens em si teriam que ser feitas em apenas sete dias. E foram.

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Raras foram as oportunidades de uma película ser completada em tão pouco tempo. Crucial para isto poder ser realizado com eficiência e resultados práticos está o fato de todo o filme ter sido primeiro rodado em videotape para então mais tarde, na pós-produção, ser passado para 35mm. Embora videotape em televisão fosse usado comumente, esta seria a primeira vez na história do cinema que esta técnica seria aplicada, tudo feito com maquinaria da melhor qualidade disponível no mercado de 1971. Com o uso de vídeo, além de uma economia em gastos com filme, especialmente no que se refere a tomadas não aproveitáveis, houve também grande economia de tempo na preparação para a gravação das cenas. Horas que normalmente seriam gastas em preparação da luz por exemplo, eram rapidamente resolvidas. O vídeo permite resultados instantâneos, facilitando decisões quanto à cor e texturas das imagens, questões resolvidas praticamente na hora. Foram particularmente úteis também no momento de verificar efeitos, tais como sobreposição de imagens, o que acaba permitindo ao diretor conhecer com maior exatidão as soluções conseguidas. Tudo isto sem precisar recorrer a laboratórios de filmagem, o que barateou os custos e eliminou despesas.

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Preparações em Janeiro

A partir de 4 de janeiro iniciou-se a construção dos palcos, campo de concentração e demais cenários que representariam a cidade de Centerville, batizados por Zappa de "Centerville Recreational Facility". Dançarinos eram testados e contratados entre os dias 11 e 12, para que a partir do dia 17, começassem os ensaios gerais com o elenco que durariam a semana. Dois dias antes chegaram a banda e mais alguns componentes, mormente as participações de Dick Barber, o gerente de excursões que participaria com uma fantasia de aspirador de pó industrial.

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Complementando o elenco estão dois ex-membros do antigo Mothers of Invention, Jimmy Carl Black e Euclid Motorhead Sherwood. Embora ambos já não pertencessem mais a banda, Black ainda iria cantar na trilha sonora, enquanto a participação de Sherwood é restrita ao filme. Entre os atores especialmente convidados para o projeto estava o cantor folk australiano Theodore Bikel no papel de Rance Muhammitz, um soldado do diabo, sempre vestido de uniforme nazista. Frank Zappa não queria aparecer, apenas em cenas da banda tocando, e de fato, em todo filme, o verdadeiro Zappa não aparece mais do que duas ou três vezes. Assim, para substitui-lo nas cenas que o personagem Frank Zappa deveria aparecer, foi contratado Ringo Starr. Vestido com roupas iguais, e estando igualmente de cabelos longos, bigode e principalmente um nariz tão distinto quanto ao do compositor, Ringo passa a ser o sósia de Frank Zappa. Ringo também acabaria escalado para fazer o personagem Larry, o anão que faz uma aparição relâmpago no início do filme.

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Embora o roteiro tenha sido considerado pronto, escrito e fechado oficialmente no dia 16, durante todo o período de filmagens, até o último dia, textos, as vezes atos inteiros eram re-escritos e adicionados. No projeto inicial, estavam incluídas participações de Jeff Beck que faria o papel dele mesmo e que mesmo não participando, continuou mencionado em partes do filme. Mick Jagger foi cogitado para fazer o papel de freira tarada que toca harpa na orquestra. No papel de 'A Má Consciência,' sonhavam com a participação de Pete Townshend, enquanto 'A Boa Consciência' ficaria com Keith Moon. Destes, somente Moon efetivamente participou do filme, ganhando o papel de Pamala, a freira tarada que queria ser uma groupie e por causa de sua frustração sexual, acaba tomando uma overdose de barbitúricos e morre.

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Simmons Sai

Logo no segundo ensaio, dia 18, enquanto se passavam os diálogos da banda, deu-se o segundo grande contratempo do projeto. Jeff Simmons descobre que ele teria que dizer todo um texto sobre se livrar do Zappa, por ele ser velho demais. O texto seguia sugerindo que deviam dar a Zappa um relógio, como quem está aposentando o velho guitarrista, e então montar uma outra banda fazendo jazz psicodélico mais no estilo do Blood, Sweat & Tears. O choque para Simmons era porque estas foram exatamente suas palavras ditas dias antes em uma conversa particular. Enfurecido por ter suas conversas particulares obviamente gravadas, Simmons imediatamente abandona a banda e o filme. Apesar das tentativas do Frank de acalmá-lo, naquela mesma noite ele já estava em um avião de volta para os Estados Unidos.

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Jeff Simmons era justamente o músico com mais falas no filme, podendo ser considerado, até certo ponto, como o ator principal. Aonde arrumar um ator e baixista de uma hora para outra? Estando na Inglaterra, Zappa já estava há tempos tentando conseguir incluir alguns nomes de expressão do meio musical para fazer pontas no filme. Agora, estando vago um papel de destaque, tentou-se arrumar um grande nome para ocupá-lo. O papel continuaria sendo identificado pelo nome de Jeff Simmons, e o primeiro convocado foi Noel Redding, ex-baixista do Jimi Hendrix Experience. Noel fez uma leitura, porém seus dotes como ator foram considerados demasiadamente fracos para assegurar o papel. Quem fez uma ótima leitura e foi convidado a participar dos ensaios gerais foi o ator acadêmico Wilfred Brambell, mais lembrado como o avô de Paul McCartney no filme "A Hard Days Night." Porém, além dele não ter a imagem correta para o papel, a qualidade do texto e o linguajar moderno empregado deixavam o ator notadamente desconfortável, que muito educadamente, acabou deixando o projeto no dia 26.

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Foi por volta do dia 24 que todo o cenário estava considerado montado, completo com luz elétrica, o que promoveu a montagem dos equipamentos de som no palco da banda. O caminhão com um estúdio móvel de 16 canais, o Rolling Stones Mobile Unit, foi alugado para gravar todo o material e estava pronto e instalado.

Desesperado e sem solução, reza a lenda que Zappa, a dois dias de iniciar as filmagens, declarou no camarim da banda no Pinewoods Studio que "a próxima pessoa a passar por aquela porta" ganharia o papel. Foi quando a porta foi aberta pelas mãos de Martin Lickert, chofer de Ringo Starr, dando passagem para o seu patrão. Martin, aos vinte e dois anos de idade, pulou na oportunidade de participar das filmagens como também se mostrou apto para ser baixista da banda.

Centerville - Um Bom Lugar Para Criar Seus Filhos

O filme então foi rodado no tempo recorde de sete dias. Começando na manhã de quinta-feira do dia vinte e oito de janeiro e terminando no dia cinco de fevereiro. Devido às regras ditadas pelo sindicato inglês, as filmagens começavam rigorosamente às oito da manhã e terminavam às cinco da tarde. Não houve trabalho sábado ou domingo. Operários da indústria cinematográfica precisavam ter ganho extra para trabalhar além destes horários estabelecidos. Com quatro dias de ensaio com a filarmônica, "200 Motels" estava pronto para começar.

O filme, embora todo rodado na Inglaterra, é uma história que teoricamente se passa nos Estados Unidos, em uma cidade fictícia chamada Centerville. O nome sugere que a pequena e pacata cidade se localiza em algum lugar no meio do país. Descrito como um lugar com muitas igrejas e lojas de bebidas, Centerville simboliza a mentalidade caipira do miolo do território americano e como uma banda de cabeludos jovens o percebe. Há ironia nas piadas, mas quando estiver assistindo o filme, não leve nem os integrantes da banda, nem os membros do povoado de Centerville excessivamente a sério. São personagens caricaturados com ações mais para o simbólico do que plausíveis, mesmo em uma realidade fictícia.

Tais brincadeiras se refletem em cenas, como a da saída pela cidade dos membros da banda que procuram diversão e companhia (não necessariamente nesta ordem), comparando-o com uma largada de corrida de cavalos. A caça implacável de uma história causando jornalistas a despedaçarem o artista idolatrado (neste caso, Frank Zappa) como se fosse apenas um boneco e não uma pessoa. A necessidade de membros da banda de procurar aditivos químicos para vencer o tédio de mais uma cidade chata. Explorando este tema, tem-se um dos quadros mais interessantes do filme, um desenho animado de quase dez minutos, criado e desenhado por Cal Schenkel, artista gráfico responsável pela maioria das capas dos discos do Frank Zappa até quase o final da década de setenta, trabalhando com sua equipe representada pela firma Murakami Wolf Productions.

No filme, o desenho representa o que pode ser considerado uma viagem ruim. O desenho quase foi censurado por causa de uma rápida aparição de um pato com roupa de marinheiro azul muito rabugento e que imediatamente nos remete a um famoso personagem de Walt Disney. Neste segmento animado, o personagem Jeff Simmons é retratado em seu quarto de hotel em meio a uma pesada discussão entre sua Consciência Má e sua Consciência Boa. Reporta-se que o desenho levou oito semanas para ser completado.

Talvez uma das brincadeiras mais interessantes dentro de seu simbolismo seja a crítica feita sobre a excessiva disciplina necessária para se ser um músico de orquestra. Além de todo um discurso sobre o assunto dirigido ao público, com Ringo Starr no seu papel de Frank Zappa falando diretamente para as câmeras, podemos apreciar a gigantesca Filarmônica de Londres posicionada dentro de um campo de concentração, com seus percussionistas vestidos como vigias nazistas.

Extrapolando os Fatos

Não, este filme não é comum, tampouco oferece um enredo óbvio e facilmente compreendido. O enredo, como uma seqüência de atos, é por vezes difícil de captar, se a pessoa assistindo não estiver previamente inteirada no contexto atrás das representações exibidas. Neste aspecto, espero que esta matéria possa servir, pelo menos em parte, para lhe deixar um pouco mais integrado às intenções e sugestões representadas, como também, quem sabe, provocar a sua curiosidade para querer assistir a película.

Frank Zappa em seu release do filme em 1971, definiu este trabalho como sendo um documentário surrealista. "O enredo conta histórias verídicas, porém propositadamente extrapolando os fatos. Outros elementos incluem o ato de extrapolarmos de forma conceitual cada tema individualmente. Outra maneira de entender a forma que o filme apresenta sua historia é a de compara-la a forma com que uma música orquestral é apresentada. Tem-se os motivos leves, as transposições harmônicas, repetições com pequenas alterações, cadências, áreas atonais, contrapontos, texturas poli-rítmicas, imitações de sons onomatopaicos, etc."

Falando assim, o leitor poderá estar pensando: "E o rock 'n' roll desse filme? Têm?" Pois bem, o filme têm rock também, afinal a história é de um conjunto de rock em uma cidade no meio do nada, procurando espantar o tédio. E com uma banda como The Mothers of Invention, não se pode esperar nada excessivamente normal ou inteiramente comum. Porém os complicados arranjos para a orquestra é que de fato são os pontos fortes musicalmente e prováveis regozijo dentre os músicos mais estudados, para não dizer eruditos, que vierem a ouvir a trilha ou assistir o filme.

Por sempre ter se recusado a utilizar o padronizado termo 'Opus' acompanhado de um número, para suas composições mais eruditas, Frank Zappa batiza seus temas, sejam orquestrações sinfônicas ou roquezinhos brejeiros, com nomes instigantes que logo chamam atenção. Na trilha sonora do filme, lançado pela United Artists Records, constam os seguintes títulos:

1. Semi-Fraudulent/Direct-From-Hollywood Overture
Abertura Semi-Fraudulenta/Direto-de-Hollywood
2. Mystery Roach
Bagana Misteriosa
3. Dance Of The Rock & Roll Interviewers
A Dança dos Entrevistadores de Rock & Roll
4. This Town Is A Sealed Tuna Sandwich (prologue)
Essa Cidade É Um Sanduíche de Atum Selado (prólogo)
5. Tuna Fish Promenade
Atum Promenade
6. Dance Of The Just Plain Folks
A Dança do Povo Comum
7. This Town Is A Sealed Tuna Sandwich (reprise)
Essa Cidade É Um Sanduíche de Atum Selado (reprise)
8. The Sealed Tuna Bolero
Bolero do Atum Selado
9. Lonesome Cowboy Burt
O Solitário Cowboy Burt
10. Touring Can Make You Crazy
Excursionar Pode Te Levar A Loucura
11. Would You Like A Snack?
Gostaria de um Petisco?
12. Redneck Eats
Comes do Redneck
13. Centerville
14. She Painted Up Her Face
Ela Pintou Seu Rosto
15. Janet's Big Dance Number
O Grande Número de Dança da Janet
16. Half A Dozen Provocative Squats
Meia Dúzia de Requebradas Provocantes
17. Mysterioso
Misterioso
18. Shove It Right In
Enfia Até o Talo
19. Lucy's Seduction of A Bored Violinist & Postlude
A Sedução de Lucy de um Violinista Entediado & Poslúdio
20. I'm Stealing The Towels
Estou Roubando As Toalhas
21. Dental Hygiene Dilemma
Dilema da Higiene Dental
22. Does This Kind of Life Look Interesting To You?
Esse Tipo de Vida Parece Interessante Para Você?
23. Daddy, Daddy, Daddy
Papai, Papai, Papai
24. Penis Dimension
Dimensão do Pênis
25. What Will This Evening Bring Me This Morning
O Que Esta Noite Irá Me Trazer Esta Manhã
26. A Nun Suit Painted On Some Old Boxes
Uma Roupa de Freira Pintada Em Umas Caixas Velhas
27. Magic Fingers
Dedos Mágicos
28. Motorhead's Midnight Ranch
O Rancho da Meia Noite de Motorhead
29. Dew On The Newts We Got
Sereno Nas Salamandras Que Pegamos
30. The Lad Searches The Night For His Newts
O Rapaz Procura Na Noite Pela Suas Salamandras
31. The Girl Wants To Fix Him Some Broth
A Garota Quer Prepara-lhe Um Caldo
32. The Girl's Dream
O Sonho Da Garota
33. Little Green Scratchy Sweaters & Courduroy Ponce
Pequenos Suéteres Verdes Que Coçam & Calças de Veludo Cotelê
34. Strictly Genteel (the finale)
Estritamente Elegante (o final)

Pós-Produção

Realizado na semana seguinte ao final das filmagens, no espaço de onze dias, o diretor Tony Palmer, sempre supervisionado por Zappa, iniciou o estágio de pós-produção do filme. Palmer e toda uma equipe, cuidaria de editar todo o filme, adicionando efeitos especiais. Para este trabalho, ele contou com o uso de três máquinas de VTR e um vídeo mixer. Completado este estágio, finalmente passariam tudo de vídeo para filme de 35mm.

Após o fim das filmagens, Zappa faria uma apresentação com a filarmônica e banda no dia dez de fevereiro, no Albert Hall. Todavia, ao ler a letra de músicas como "Penis Dimension" e "Half A Dozen Provocative Squats", a senhora dona do estabelecimento proibiu o ensaio e o espetáculo foi unilateralmente cancelado. Acusado de promover material obsceno, Zappa contra-atacou processando a direção do teatro por perdas e danos. Levou quase quatro anos para a disputa chegar aos tribunais. Zappa perdeu e ficou no prejuízo.

A estréia do filme "200 Motels" se deu nos Estados Unidos no dia 10 de novembro de 1971, e na Inglaterra no dia 16 de dezembro do mesmo ano. As primeiras críticas ao filme o descrevem como sendo "o filme caseiro mais indulgente já feito." Embora no geral tenha sido percebido como um fracasso pela crítica especializada de então, com o passar do tempo o filme vêm sendo visto por estes mesmos críticos como audaz e inovador. Primeiro, pelo seu uso de videotape e filme, feito de forma que nunca foi tentada antes, levando-o a ser comparado ao primeiro dos Beatles, por, como diria um crítico, "seguir adiante pelo caminho deixado por Dick Lester em 'A Hard Days Night'".

Detalhes A Mais

A comentar a mais, apenas o fato que o Pinewood Studios também foi o local onde foi rodado o mega sucesso de ficção cientifica da época, "2001 - Uma Odisséia No Espaço." Filme rodado em 1968 e lançado em 1969, tem como um de seus símbolos maiores o monólito, que permaneceu encostado no estúdio por anos a fio. Portanto não se espante se reconhecer o monólito no fundo de algumas cenas de 200 Motels. É ele mesmo, retratado inclusive na capa do disco, com o feto da cena final daquele filme, espelhado sobre sua superfície. A capa com seu desenho colorido apresenta representações do pato marinheiro, a Má Consciência, a freira tarada, e toda uma variação de personagens encontrados no filme.

Apesar da quantidade de temas disponíveis neste álbum duplo, trinta e quatro ao todo, havia muito mais músicas e cenas escritas para o filme. Como o texto interno do álbum claramente indica, existem músicas que estão no filme e que não estão no disco. Algumas músicas no disco não foram aproveitadas no filme e ainda músicas compostas para o filme que não foram utilizadas nem no filme, nem na trilha sonora. Estendendo os parâmetros ainda mais, existem cenas inteiras do roteiro original, que segundo consta, teria 254 páginas, que não foram filmadas. Ao que parece, no espaço de tempo de apenas quatro dias de ensaio com orquestra e coro, e apenas sete dias para filmar, foi somente aproveitado um terço do roteiro original.

Este roteiro está guardado a sete chaves nos cofres da Zappa Family Trust, firma encarregada do espólio do falecido artista, presidida pela viúva Gail Zappa. No entanto, Tom Trioccoli teve a oportunidade de ler e estudar o roteiro, oferecendo informações esclarecedoras no seu texto chamado "200 Motels - The Complete Epic". Nele, comenta-se sobre a completa relação das músicas do filme, assim como algumas cenas e personagens que ficaram de fora. Segundo este relatório, teria todo um quadro sobre a parte contratual de uma banda pelo estabelecimento. Outro quadro sobre alfândega no aeroporto, onde Eddie e Flo, os nomes dos personagens vividos pela dupla Mark Voolman e Howard Kayleen, conhecem Sharleena, a namorada do agente alfandegário. Segue a relação original das músicas intencionadas para o filme:

1. Semi-Fraudulent/Direct From Hollywood Overture
2. Touring Can Make You Crazy
3. Dance Of The Rock & Roll Interviewers
4. What's The Name Of Your Group?
5. Would You Like A Snack?
6. Centerville
7. This Town Is A Sealed Tuna Sandwich
a. Prologue
b. Dance Of The Just Plain Folks
c. Reprise
d. Bolero
8. Lonesome Cowboy Burt
9. Rednecks Eat
10. Would You Go All The Way?
11. Sharleena
12. Mystery Roach
13. The Pleated Gazelle
a. A Nun Suit Painted On Some Old Boxes
b. Motorhead's Midnight Ranch
c. Dew On The Newts We Got
d. The Lad Searches The Night For His Newts
e. The Girl Wants To Fix Him Some Broth
f. The Girl's Dream
g. Little Green Scratchy Sweaters & Corduroy Ponce
14. Road Ladies
15. She Painted Up Her Face
16. Janet's Big Dance Number
17. Half A Dozen Provocative Squats
18. Shove It Right In
19. Lucy's Seduction Of A Bored Violinist & Postlude
20. What Will This Morning Bring Me This Evening?
21. What Will This Evening Bring Me This Morning?
22. What Kind Of Girl Do You Think We Are?
23. Bwana Dik
24. Latex Solar Beef
25. Daddy, Daddy, Daddy
26. Do You Like My New Car?
27. Magic Fingers
28. Tell Me You Love Me
29. Penis Dimension
30. Mystery Roach (Jeff cantando solo)
31. Mysterioso
32. I'm Stealing The Towels
33. Dental Hygiene Dilemma
34. Does This Kind Of Life Look Interesting To You?
35. Strictly Genteel
36. Lucy's Seduction (Reprise)

CRÉDITOS:

"200 Motels" - O filme:

Atores:

Theodore Bikel - Narrador e Rance Muhammitz
Ringo Starr - Larry, o Anão e Frank Zappa
Keith Moon - Pamala, a Freira Tarada
Janet Ferguson - Janet, a Groupie
Lucy Offerall - Lucy, a Groupie
Pamela Miller - Entrevistadora
Dick Barber - Aspirador de Pó
Jim Pons - voz da Má Consciência

Equipe Técnica:

Frank Zappa - Roteiro, Direção, Composição Musical, Orquestração, Produção
Tony Palmer - Roteiro, Direção, Arte Visual
Herb Cohen - Produção

Richard Harrison - Edição
Barry Stephens - Edição
Bert Luxford - Efeitos Especiais
Richard Alonzo - Efeitos Especiais
Gillian Lynne - Coreografia
Nick White - Diretor de Arte
Leo Austin - Diretor de Arte
Barry Peake - Fotógrafo
Barry Stephens - Edição em Videotape
Ray Nunney - Edição em Videotape

Material Especial: Mark Volman e Howard Kaylan

A Banda (The Mothers of Invention):

Frank Zappa - Frank
Don Preston - Don Dewild
Ian Underwood - Ian
George Duke - George
Aynsley Dunbar - Aynsley, o Bwana Dik
Mark Volman - The Fluorescent Leech
Howard Kaylan - Eddie; voz da Boa Consciência
Martin Lickert - Jeff Simmons
Euclid James Motorhead Sherwood - Motorhead
Jimmy Carl Black - Burtram, o vaqueiro solitário

Desenho Animado (Dental Hygiene Dilemma):

Animação da Murikami Wolf Productions

Produtor Geral de Desenho: Cal Schenkel
Diretor de Animação: Charles Swenson
Produção Gráfica:
Cal Schenkel
Kunimi Terada
Fumiko Roche
Elizabeth Wright
Wilma Guenot
Ann Oliphant

==> "200 Motels" - O disco:

Frank Zappa - Guitarra, Baixo, Bateria, Arranjos,
Orquestrações e Condução
Don Preston - Mini Moog e Teclados
George Duke - Trombone, Teclados
Aynsley Dunbar - Bateria
Mark Volman - Vocais
Howard Kaylan - Vocais
Martin Lickert - Baixo
Ian Underwood - Teclados e Sopros de madeira
Ruth Underwood - Percussão de orquestra

The Royal Philharmonic Orchestra

Elgar Howarth - Regente
Líder da Orquestra: Colin Stavely

Coral: The Top Score Singers
David Van Asch - Regente
Phyllis Bryn-Julson- Soprano

John Williams - supervisão do ensemble de violões
Engenheiro de som: Bob Auger
Gravado no local através do The Rolling Stones Mobile Unit.

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Sobre Márcio Ribeiro

Nascido no ano do rato. Era o inicio dos anos sessenta e quem tirou jovens como ele do eixo samba e bossa nova foi Roberto Carlos. O nosso Elvis levou o rock nacional à televisão abrindo as portas para um estilo musical estrangeiro em um país ufanista, prepotente e que acabaria tomado por um golpe militar. Com oito anos, já era maluco por Monkees, Beatles, Archies e temas de desenhos animados em geral. Hoje evita açúcar no seu rock embora clássicos sempre sejam clássicos.
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