Tradução - My Arms, Your Hearse - Opeth
Por Vinicius Rezende
Postado em 06 de junho de 2007
[PROLOGUE]
A morning in magenta
The petals fed from the dew
She held her breath for a moment
To pause off the stream
Still clinging to vast old memories
And I would marvel at her beauty
Playing through the rain
The coffin is beautifully engraved
Stained by soil, symbols of death
All of which are stared upon
With porcelain eyes it seems.
Some spoke, and it was my turn to go
In death entwined, I could not believe
But it hangs around my neck
A soft breeze passed me by
Somewhat warmer for a second.
I knew it was the coming of spring
Thus our APRIL ETHEREAL
[PRÓLOGO]
Uma manhã em magenta
As pétalas se alimentaram do orvalho
Ela prendeu a respiração por um momento
Para pausar o fluxo
Ainda presa às memórias velhas e vastas
E eu me maravilharia com a beleza dela
Brincando em meio à chuva
O caixão está lindamente entalhado
Manchado pelo solo, símbolos da morte
Todos eles sendo observados
Por olhos de porcelana, ao que parece
Algo foi dito, e era minha vez de ir
Com a morte entrelaçado, não pude acreditar
Mas ela enrola-se em meu pescoço
Uma brisa suave passou por mim
Algo quente por um segundo
E eu sabia que era a chegada da primavera
E deste modo nosso ABRIL ETÉREO.
[APRIL ETHEREAL]
It was me, peering through the looking-glass
Beyond the embrace of Christ
Like the secret face within the tapestry
Like a bird of prey over the crest
And she was swathed in sorrow
As if born within its mask.
Her candlelight snuffed, the icon smiled
Emptiness followed by her wake
I could clasp her in undying love
Within ghostlike rapture
The final word was mine
She faced me in awe
It was a token of ebony color
Embodied in faint vapor
Wandering through April's fire.
Compelled to grasp
And to hold the one that was you
I will endure, hide away
I would outrun the scythe
Glaring with failure
It is a mere destiny I thought
A threshold I had crossed before
The rain was waving goodbye
And when the night came
The forest folded its branches around me
Something passed by
And I went into a dream
She laughing and weeping at once:
"Take me away".
I don't know how or why
I'll never know WHEN.
[ABRIL ETÉREO]
Era eu, espiando através do espelho
Além do abraço de Cristo
Como o rosto secreto na tapeçaria
Como uma ave de rapina sobre a crista
E ela foi envolta na tristeza
Como se já nascera dentro de sua máscara.
A vela dela apagada, o ícone sorriu
O vazio seguido pelo seu rastro
Eu poderia agarrá-la no amor infinito
Em um êxtase fantasmagórico
A palavra final foi minha
Ela me encarou em angústia
Era uma negra representação
Personificada num vapor débil
Vagando pelo fogo de Abril
Forçado a agarrar
E me segurar a quem foste tu
Eu resistirei, e me esconderei
Eu escaparia da foice
Brilhando com a falha
É apenas um mero acaso, eu pensei
Um limiar que eu já cruzara
A chuva estava dando adeus
E quando a noite chegou
A floresta enrolou seus galhos ao meu redor
Algo passou
E eu entrei em um sonho
Ela sorria e chorava ao mesmo tempo:
"Leve-me embora."
Eu não sei quando ou por quê
Eu nunca saberei QUANDO.
[WHEN]
Red sun rising somewhere
Through the dense fog.
The portrait of the jaded dawn
Who had seen it all before
This day wept on my shoulders
Still the same as yesterday
This path seems endless, body is numb
The soul has lost its flame
Walking in familiar traces
To find my way back home
So there I was.
Within the sobriety of the immortals.
A semblance of supernatural winds
Passing through
The garden sighs, flowers die
The gate was closed that day
But I was bound to carry on
She could not see me through the windows
In dismay, strangest twist upon her lips
Graven face, she said my name
Once inside
I heard whispers in the parlour
The gilded faces grin
Aware of my final demise
And I cried, I knew she had lied
Her obsession had died, it had died
When can I take you from this place?
When is the word but a sigh?
When is death our lone beholder?
When do we walk the final steps?
When can we scream instead of whisper?
When is the new beginning
The end of this sad MADRIGAL
[QUANDO]
Sol vermelho surgindo em algum lugar
Através da densa névoa
O retrato do crepúsculo estafado
Que já vira tudo antes
Este dia plangeu em meus braços
Continua o mesmo de ontem
Este caminho parece infindo, corpo inebriado
A alma perdeu sua chama
Andando por trilhas conhecidas
Para achar meu caminho de volta para casa
Então lá eu estava
Enclausurado na sobriedade dos imortais
Uma sensação de ventos sobrenaturais
Passando
O jardim suspira, flores morrem.
O portão estava fechado aquele dia
Mas eu estava decidido a continuar
Ela não pôde me ver através das janelas
Desapontada, com o mais estranho esgar
Semblante sombrio, ela disse meu nome
Uma vez dentro
Ouvi sussurros na sala
As faces fingidas sorriam
Cientes de minha última despedida
E eu chorei, sabia que ela mentira
Sua obsessão morrera, morrera
Quando te levarei deste lugar?
Quando a palavra será mais que um suspiro?
Quando a morte será nosso solitário observador?
Quando caminharemos os últimos passos?
Quando poderemos gritar, em vez de sussurrar?
Quando é o novo começo
O fim deste triste MADRIGAL?
[MADRIGAL]
Our abode 'mongst the stars is waiting
Long enough for our last breath of life
You stare at nothing, right through me
At times resembling the Devil's concubine
And me, I am the idol that would long
To caress our eyes
Until they would open no more
I would comfort you if I only could
But as we all know by now...
I am just thin air
Unaware as you are of my presence
You are losing yourself
Hiding within THE AMEN CORNER
[MADRIGAL]
Nossa morada entre as estrelas nos espera
Distante o bastante para nosso último suspiro de vida
Você observa o nada, bem sobre mim
Às vezes me lembrando a concubina do Diabo
E eu sou o ídolo que esperaria
Para acariciar seus olhos
Até que nunca mais se abrissem
Eu te confortaria se apenas pudesse
Mas como todos sabem agora...
Sou apenas ar rarefeito
Não suspeitando, como estás, da minha presença
Perde-te a ti mesma
Escondida na SALA DE ORAÇÕES.
[THE AMEN CORNER]
White summer
So far I have gone to see you again
Hiding your face in the palm of your hands
Finding solace in the words I do despise
You snatch at every sound
And even though you believe
That I am shackled within death
Memories are tainted with paleness
Crestfallen still
Those eyes...
Empty like a barren well
It was the only task I would undertake
To reap the harvest that was mine
The seed that had sprung into a florid meadow
And left me helpless in your embrace
The bond we never spoke of
Once stark and enticing
Now slowly smoldering to dust
The celestial touch, from grey to black
A fathomless void enclosing
Unwritten secrets beneath the cobwebs
I can not endure
And so I rose from my sleep
The moon turned away its face
Overture of the long black night begins...
Something you said:
"Eerie circles upon the waters"
Until now we have shared the same aura
My ashes within your hands
My breath in the sepulchral mound
You know that your night is my day
The final spark that blew life into me
The DEMON OF THE FALL.
[SALA DE ORAÇÕES]
Verão branco
Tão longe eu fui para te ver novamente
Escondendo teu rosto na palma de tuas mãos
Achando conforto nas palavras que eu repudio
Estás atenta a qualquer som
E, mesmo que acredites
Que estou acorrentado à morte
As lembranças estão estragadas pela palidez
Imobilidade desapontada
Aqueles olhos...
Vazios como um poço contaminado
É a única tarefa que eu assumiria
Colher o plantio que a mim pertencia
A semente que brotara num campo florido
E me deixou indefeso em seu abraçar
O elo do qual nunca falamos
Outrora forte e tentador
Agora transformando-se em cinzas
O toque celestial, do cinza ao preto
Um vácuo imensurável fechando-se em volta
Segredos não escritos debaixo das teias de aranha
Não consigo resistir
E então eu levanto-me de meu sono
A lua deu-me às costas
O prelúdio da noite longa e negra começa...
Algo que dissestes:
"Círculos amedrontadores sobre das águas"
Até agora nós dividimos a mesma aura
Minhas cinzas em tuas mãos
Meu hálito no monte sepulcral
Sabes que tua noite é meu dia
A última faísca que assoprou vida em mim
O DEMÔNIO DA QUEDA.
[DEMON OF THE FALL]
Silent dance with death
Everything is lost
Torn by the arrival of Autumn
The blink of an eye, you know it's me
You keep the dagger close at hand
And you saw nothing
False love turned to pure hate
The wind cried a lamentation
Before merging with the grey
Demon of the fall
Gasping for another breath
She rose, screaming at closed doors
Seductive faint mist forging
Through the cracks in the wall
I shan’t resist
In tears for all of eternity
She turned around and faced me
For the first time.
Run away, run away
Just one second, and I was left with nothing
Her fragrance still pulsating through damp air
That day came to an end
And she had lost in me, her CREDENCE
[DEMÔNIO DA QUEDA]
O silêncio dança com a Morte
Tudo está perdido
Rasgado pelo chegar do Outono
O piscar de um olho, tu sabes que sou eu
Manténs a adaga por perto
E nada viste
Amor falso transformou-se em puro ódio
O vento lamuriou-se
Antes de misturar-se com o cinza
Demônio da queda
Ofegando em outro respiro
Ela levantou-se, gritando atrás de portas fechadas
A névoa suave e sedutora entrava
Pelos buracos na parede
Eu não resistirei
Em lágrimas pelo resto da eternidade
Ela virou-se e encarou-me
Pela primeira vez
Corra, corra para longe
Apenas um segundo, e fui deixado com nada
Sua fragrância ainda pulsava no ar úmido
Aquele dia findou-se
E ela então perdeu sua CRENÇA em mim
[CREDENCE]
Deserted again
You speak to me through the shadows
Walking in closed rooms, using cold words
Captured by the night
The yearning escapes from my embrace
Strange silhouettes whisper your thoughts
Scream your sadness
And they all turned away
Unable to face more of this death
Credence in my word
Written in dust, tainted by memories
I confess my hope
Recognize my loneliness
Your laughter weeps the truth
Push me into corners
Confirming the epitaph of my soul
And displaying the once unknown KARMA
[CRENÇA]
Abandonado de novo
Falas comigo através das sombras
Andando em quartos escuros, usando palavras frias
Capturado pela noite
O desejo escapa de meu abraço
Silhuetas estranhas sussurram teus pensamentos
Gritam tua tristeza
E todas deram às costas
Incapazes de resistir a mais desta morte
Crença em minha palavra
Escrita na poeira, gasta pelas memórias
Eu confesso minha esperança
Reconheço minha solidão
Teu sorrir plange a verdade
Empurra-me aos cantos
Confirmando o epitáfio de minha alma
E mostrando o CARMA outrora desconhecido.
[KARMA]
And as they say, grief is only able to possess
The rotting body clad in ancient clothes
Is left behind with a wave of the hand
I have gone away. The bed is cold and empty
Trees bend their boughs toward the Earth
And nighttime birds float
As black faces
It was the hand reaching out through the mirror
Unknown and scarred by life...
The luring eyes, you had never seen
You have nothing more to find
You have nothing more to loose
The cold season drifts over the land
They huddle in the brown corners
Some would settle for less
The castles were all empty, asleep
Long awaiting their king.
Beckoning round the bend
Amidst the forest
One would hear that I had been there
Draped within a fate I could not change
And always welcoming Winter's EPILOGUE.
[CARMA]
E, como dizem, a angústia é apenas capaz de possuir
O corpo apodrecido vestido em roupas antigas
É deixado para trás com um aceno
Fui-me. A cama está vazia e fria
Árvores inclinam seus galhos em direção a Terra
E pássaros noturnos flutuam
Como semblantes inexpressivos
Era a mão alcançando através do espelho
Desconhecida e cicatrizada pela vida
Os olhos tentadores, nunca os vistes
Tens nada mais a achar
Tens nada mais a perder
A estação fria é carregada através da terra
Eles se agrupam em cantos marrons
Alguns se contentariam por menos
Os castelos estão vazios, dormentes
Há muito esperando por seus reis
Clamando em volta das esquinas
Entre a floresta
Alguém ouviria que eu lá estava.
Coberto em um destino que eu não conseguiria mudar
E sempre bem-vindo ao EPÍLOGO do Inverno.
[EPILOGUE]
There it was
The final destiny
A sunrise that never came
Still the night lamp that never faded away
Farewell was the word
And the afterglow was the brave morning
Rising and telling everyone
About the beauty of its PROLOGUE.
[EPÍLOGO]
Então lá estava
O destino final
Um nascer do sol que nunca chegou
Ainda o lampião noturno que nunca se apagara
Despedida era a palavra
E seu brilho final foi a corajosa manhã
Surgindo e dizendo a todos
Sobre a beleza deste PRÓLOGO.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps