The Ocean Collective: para fechar o ano com tudo!
Resenha - The Ocean Collective (Carioca Club, São Paulo, 28/12/2022)
Por Diego Camara
Postado em 07 de janeiro de 2023
É uma data insólita para shows, e isso é óbvio quando vemos que a cidade de São Paulo está vazia, perdida no limbo entre o Natal e o Ano Novo. Esperar um público grande para esta data seria impossível, mas muitos dos fãs dos alemães do Ocean Collective fizeram um esforço para estarem no Carioca Club nesta noite de quarta-feira, e eles foram recompensados. Confira abaixo os principais detalhes do show, com as imagens de Fernando Yokota.
O show foi começar às 21h10m, com um pequeno atraso de 10 minutos do horário marcado. Nada que causasse nenhuma comoção nas centenas de fãs que aguardaram pacientemente o show desde às 19h, infelizmente sem a banda de abertura Labirinto, que teve que cancelar o show por força maior alguns dias antes da apresentação. Uma grande perda.

A apresentação começou numa explosão de som, no ponto certo para mostrar todas as nuances do som dos alemães sem estourar os tímpanos do público. Os belos jogos de guitarra e baixo da abertura de "Triassic" eram encantadores, com o baixo ressaltado delineando perfeitamente o tom da música. O público cantou junto a introdução e entrou em loucura no ponto alto da música, gritando e batendo cabeça ao som da música.

O The Ocean casa o perfeito som da brutalidade gutural com a calma das longas passagens instrumentais com precisão, o novo som deles cada vez mais caminha para os elementos progressivos e dramáticos nas suas músicas. A se ver o próximo disco, que deve ter seu primeiro anúncio agora em Janeiro de 2023.

A banda encaixou logo em seguida um "Silurian" no repertório, uma música mais forte nas guitarras e que mostra o excelente trabalho do vocalista Loic Rossetti, um grande achado desde que a banda passou a trabalhar mais e mais com o uso dos vocais a partir de 2010.

Na sequência, a banda lançou duas músicas do "Pelagial", lembrando aos fãs que foram ao Epic Metal Fest em 2016 o estrondo que a banda fez ao tocar o disco na íntegra. Em uma jornada até as profundezas do oceano, comandadas pelo excelente trabalho de teclas de Peter Voigtmann, a banda encantou o público mais uma vez, trazendo os gritos do público que homenageavam o Oceano.

Enquanto a banda lançava o instrumental dramático de "Oligocene", fortemente calcado na bateria que dá um ar de terra arrasada e mostra um momento de transição musical no disco - como o período oligoceno também é uma espécie de transição geológica entre o Eoceno e o Mioceno - Rossetti teve o prazer de convidar ao palco um rapaz cadeirante que estava na frente da pista, com a ajuda dos fãs e de um membro da técnica ele pode ver dali de cima parte do show da banda.

O show foi chegando ao fim quando a banda saiu do palco pela primeira vez. O instrumental de "Cryogenian" tocava quando eles voltaram para apresentação de "Holocene" e "Jurassic | Cretaceous", duas das melhores do último disco. A apresentação contou com muita vontade do público, que cantou as duas músicas a plenos pulmões.

Quando o show terminou, com a música "Firmament" - a mais antiga que o The Ocean trouxe para o show - ficou no ar sem dúvidas o dever cumprido. A banda terminou uma longíssima viagem por toda a América aqui no Brasil, infelizmente para um público muito aquém do que a banda realmente mereceria - afinal o show foi incrível em todos os aspectos.

Parabéns também, mais uma vez, a equipe técnica, ao Carioca Club e a Dark Dimensions, que junto com a banda entregaram um espetáculo digno dos melhores shows do gênero. Mais uma excelente experiência pra conta.
Setlist:
Triassic
Silurian: Age of Sea Scorpions
Bathyalpelagic I: Impasses
Bathyalpelagic II: The Wish in Dreams
Miocene | Pliocene
Oligocene
Permian: The Great Dying
Pleistocene
Bis:
Intro: Cryogenian
Holocene
Jurassic | Cretaceous
Bis 2:
Intro: Shamayim
Firmament






















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