Sons of Apollo une carisma e técnica em show no Rio com direito a piada de Mike Portnoy
Resenha - Sons of Apollo (Circo Voador, Rio de Janeiro, 11/08/2022)
Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de agosto de 2022
Ao anunciar o hit "Alive", que fala sobre a luta contra vícios/álcool, Jeff Scott Soto pegou o microfone e se dirigiu aos fãs cariocas: "Todo mundo conhece alguém que já passou por essa batalha. Essa música fala sobre isso".
Eis então que um carismático Mike Portnoy se levanta de seu (nada) modesto kit de bateria e aponta para si mesmo, já que batalhou contra as bebidas alcóolicas. Aquela piada de si mesmo que poucos conseguem fazer.
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Foi assim – em clima de carisma e com muita técnica e virtuosismo – que o show do supergrupo Sons of Apollo se desenrolou no Circo Voador. E não é tarefa fácil eleger um ou dois destaques, já que o estrelado time reunido fez bonito tanto individualmente como no conjunto da obra.
Se o baixo com dois braços do brasileiro Felipe Andreoli chama atenção, a guitarra de mesma configuração de Ron "Bumblefoot" Thal faz páreo duro para o título de instrumento mais performático da noite.
Mais brasileiro que nunca, Scott Soto arriscou rebolados e palavras em português e mostrou a potência de seu vocal em músicas pra lá de técnicas, como "Coming Home" e "Desolation July" – dedicada pelo cantor ao seu pai e a todos os que deixaram saudades nesse plano de existência. Por fim, o tecladista Derek Sherinian trouxe seus timbres elaborados e coroou a apresentação com um solo que arrancou aplausos sinceros dos presentes.
O Sons of Apollo mostrou que dá para fazer música técnica de maneira leve e descontraída e o ponto negativo ficou com a ausência de covers – prática que ajudou a consagrar a banda (vide "Comfortably Numb", do Pink Floyd). De qualquer forma, os presentes no Rio saíram satisfeitos e regiamente pagos com o que viram e ouviram.
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