Overload Beer Fest: cerveja e thrash, melhor combinação impossível
Resenha - Overload Beer Fest (Carioca Club, São Paulo, 03/02/2019)
Por Diego Camara
Postado em 06 de fevereiro de 2019
Este era um dos festivais que prometiam desde quando foi anunciado. Thrash metal, punk e cerveja, muita cerveja... o que podia sair errado? Claro que se tratando de shows no Brasil, muita coisa pode dar errado, mas quando a Overload põe sua mão em um evento, o resultado normalmente é ótimo. Dessa vez, porém, saiu além do que o esperado: uma casa cheia de gente, até o teto, e bandas que arrasaram por mais de seis horas de espetáculo. Confiram abaixo os principais detalhes do show, com as imagens de Fernando Yokota.
O evento contou com seis bandas. Foram responsáveis por abrir para os astros da noite o thrash metal frenético do Blasthrash, o crossover maníaco do Surra e por último instaurando o caos o D.F.C., diretamente de Brasília, o buraco do Brasil. O som das bandas de abertura sempre tem o costume de ficar capenga, faltando algo ou descaracterizar a apresentação deles. Não foi o que ocorreu: o palco do Carioca estava incrível, e a apresentação foi de rasgar elogios do início ao fim: instrumentos audíveis, som perfeito, a bateria rápida deixou o público insano, mesmo que a casa ainda não estivesse lotada como nos últimos shows.
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Destaque para o Surra. Se auto denominando anti-fascist thrash punk, esses caras não são só meio problemáticos, são completamente malucos. Talvez seja a maresia de Santos, de onde anda vindo uma safra interessante de bandas, que faça isso com as pessoas da praia. Os caras tiveram 30 minutos para mostrar para o vinham, para um público onde muita gente ainda não sabia dos caras. Não decepcionaram, com uma bateria muito boa e rápida, sacaram uma atrás da outra e fizeram o público já suar que nem louco no moshpit.
A casa estava fervendo, e começou a ferver ainda mais conforme o público mais atrasado ia chegando para as principais apresentações. Já no show do Ratos de Porão, transitar na casa era quase impossível. O ar condicionado da área interna não aguentou, o bar anexo sofria com a quantidade de pessoas nas filas e a área de fumantes enfrentava o sol e o calor das barracas. Quem ficou no moshpit deve ter perdido uns bons quilos com toda essa brincadeira.
Para não dizer que as coisas estavam perfeitas, a cerveja (afinal o festival se chamava Beer Fest) acabou mais rápido do que uma música do Ratos de Porão. Já antes do show deles muitas das opções do público já tinham sumido, e antes do início do show do Tankard apenas as cervejas clássicas (e caras) haviam sobrevivido ao holocausto do calor, que decimou todas as latinhas – Skol obviamente não conta.
O show do Ratos foi incrível, a música forte e as guitarras deram o tom do espetáculo, que deixou o público insano com a gritaria de João Gordo. Tão loucos que chegavam a cantar junto com o cara. A mensagem do show que o Brasil esta o mundo – e o Brasil especialmente – esta chegando num apocalipse com tanto calor que estava fazendo na casa.









Ratos de Porão setlist:
1. Pensamentos de Trincheira
2. Estilo de Vida Miserável
3. Crocodila
4. Ódio
5. Amazônia Nunca Mais
6. Lei do silêncio
7. Testemunhas do apocalipse
8. Ignorância
9. Crianças sem futuro
10. Farsa nacionalista
11. Morrer
12. Não me importo
13. Crucificados Pelo Sistema
14. Herança
15. Beber Até Morrer
16. Crise Geral
O Tankard veio em seguida, mostrando que o público, já bastante cansado, ainda tinha energia pra queimar. O show já começa incrível, com mais uma excelente performance e qualidade de som. O thrash metal old school de "The Morning After" e "Zombie Attack" encanta os fãs, que começam a loucura já desde o início, aumentando ainda mais o calor no recinto.
Os alemães mostraram muito carisma com o público, em especial Gerre, que corria de um lado para o outro do palco, levantando os fãs e se comunicando com eles. Os fãs respondiam, agindo exatamente como ele pedia, levantando as mãos, se jogando no pit ou cantando junto com ele o refrão das canções. "Rapid Fire", "Die with a Beer in Your Hand", "Pay to Pray" e "A Girl Called Cerveza foram os principais destaques do show, que foi perfeito do início ao fim.










Tankard setlist:
1. One Foot in the Grave
2. The Morning After
3. Zombie Attack
4. Not One Day Dead (But Mad One Day)
5. Rapid Fire (A Tyrant's Elegy)
6. Rules for Fools
7. Die With a Beer in Your Hand
8. Minds on the Moon
9. R.I.B. (Rest in Beer)
10. Pay to Pray
11. Rectifier
12. Chemical Invasion
13. A Girl Called Cerveza
14. (Empty) Tankard
Fechando o festival, já passadas das 21h, o Overkill subiu ao palco para a última apresentação da noite, e também não decepcionaram. Puxados pelos ótimos vocais de Blitz, a banda entregou um som muito bem encaixado. Já na primeira música era possível discernir o som de cada um dos instrumentos, totalmente limpos. Muitos fãs já estavam mortos depois de correrem e derreterem desde as 15h, mas alguns ainda tinham lenha e desceram o sarrafo no moshpit.
O som estava tão incrível que o lindo solo de baixo de Verni foi o melhor ponto de "Rotten to the Core". A banda foi muito minuciosa na sua apresentação, levando um som redondo e deixando o público encantado. Se o Tankard foi a grande amostra da animação, o Overkill levou o show na técnica e nas ótimas composições, que fizeramo público cantar junto e se sentir em casa com a banda.













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Overkill setlist:
1. Mean, Green, Killing Machine
2. Rotten to the Core
3. Electric Rattlesnake
4. Hello From the Gutter
5. In Union We Stand
6. Coma
7. Infectious
8. Goddamn Trouble
9. Wrecking Crew
10. Head of a Pin
11. Hammerhead
12. Ironbound
Bis:
13. Elimination
14. Fuck You (cover do Subhumans)
15. Sonic Reducer (cover do Dead Boys)
16. Fuck You (Reprise) (cover do Subhumans)
Surra








Blasthrash






DFC









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