Alestorm: arrasando e animando o público em São Paulo
Resenha - Alestorm (Inferno Club, São Paulo, 31/03/2013)
Por Diego Camara
Postado em 01 de abril de 2013
Em uma grande apresentação, a banda trouxe uma miscelânea dos seus maiores sucessos para a primeira apresentação em terras brasileiras. Muito animados, Christopher Bowes e companhia arrasaram e animaram todos os presentes, em uma apresentação que, pode não ser a melhor, mas em critério de amor do público não deixa a desejar de nenhum dos grandes astros da cena.
Em um relativamente lotado Inferno Club, um dos pequenos locais da cena alternativa da Rua Augusta, um público animado aguardava ansiosamente o show. Cerveja obviamente, em uma apresentação como esta, não poderia faltar, e o público não aguardou o início do show para tomar uma geladinha e começar a animação.
O show começou as 20h00min em ponto, em uma pontualidade que na cena é bastante rara – os fãs já se acostumaram com os 15 a 30 minutos de atraso de toda a apresentação. Os membros do artista entraram, sendo aplaudidos pelo público que já gritava pelo artista há uns 10 minutos. A abertura foi com a já conhecida "The Quest", que arrancou os gritos e o ânimo da plateia. A sinergia já estava bem clara entre os membros da banda e o público, que pareciam grandes conhecidos, apesar da primeira vez que o Alestorm pisa no Brasil.
As piadinhas e gracinhas já começaram desde o início, e marcariam o show inteiro da banda. Bowes recepcionou a todos os fãs entre um gole e outro de cerveja, e disse que era fantástico estar no Brasil pela primeira vez: "Viemos do outro lado do mundo para beber cerveja e fazer coisas inapropriadas com suas namoradas", disse em tom jocoso, arrancando gritos e risos da plateia.
Todas as músicas foram apresentadas pela banda e introduzidas com algumas piadinhas – não que os fãs precisassem saber o nome das músicas, já que pareciam saber todas elas de cor. O show, inclusive, não parecia apenas uma apresentação de uma banda, mas uma grande festa que fez logo aos presentes lembrarem uma verdadeira confraria de piratas. Dança, moshpits e correria foram comuns na plateia, a cantoria e os chifres do metal, além da cerveja, estavam presentes a cada nova música apresentada pela banda.
"Há algum anão na plateia?", perguntou o vocalista, arrancando alguns risos. O guitarrista, Dani Evans, entrou na brincadeira: "Aquele ali é sem dúvidas mais baixo que eu!". "Ninguém é mais baixo que você, Dani!", respondeu Chris. Tocaram então, em homenagem aos anões presentes "Midget Saw" do "Back Through Time", último disco lançado em 2011.
Tocaram em seguida "Nancy The Tavern Wench", em homenagem as belas mulheres brasileiras, e "Pirate Song" em homenagem a todos os piratas presentes na plateia. As duas músicas muito bem tocadas contaram com um refrão cantado pela plateia e solos fantásticos de guitarra de Dani Evans.
Neste momento fizeram uma pequena parada para degustação de uma caipirinha. A plateia gritou e aplaudiu a banda enquanto bebiam, em mais um ponto alto do show. "Há algum viking na plateia?", diz o vocalista ainda com o copo na mão, sendo respondido com um enorme "Sim!" pelo público. "Sério? Vocês sabem a que distância estamos da Noruega?" Tocaram então "Back Through Time", que botou a plateia em chamas com uma performance fantástica da banda.
A música seguinte foi "The Huntmaster", que foi pedida pela plateia. Os membros da banda se entreolharam e Bowes questionou os colegas se poderiam tocar. "Faz tempo que não tocamos esta música ao vivo e estamos um pouco bêbados... mas também não é sempre que vamos ao Brasil!", disse ele ao público. Apesar de tudo, a performance da música foi em grande nível, demonstrando a capacidade técnica e de improviso da banda.
Outro ponto alto do show foi a música "Keelhauled", grande sucesso do segundo álbum da banda, "Black Sails at Midnight". A apresentação foi ótima, com direito a um moshpit insano da plateia e cantoria 100% do tempo. Neste momento a banda sai do palco e a plateia permanece ansiosa, aguardando o bis.
O guitarrista Dani Evans retorna e conversa com a plateia enquanto aguarda o retorno de seus colegas: "devem estar vomitando lá atrás!" Quando a banda volta tocam os sucessos "Set Sail and Conquer" e "Wolves of the Sea", sendo esta segunda, inclusive, mais um ponto alto do show, com um grande solo de teclado que elevou a festa ao nível máximo. As luzes falharam durante a metade do primeiro bis, mas nada que prejudicasse o ânimo da plateia e a performance dos integrantes, que continuaram tocando mesmo que no escuro.
A banda finalizou a apresentação com os sucessos "Captain Morgan’s Revenge" e "Rum". No final da última música, Chris Bowes pulou do palco, sendo agarrado pelos fãs, que quase o derrubaram no chão. Enquanto os colegas no palco cumprimentavam e jogavam os presentes ao público, Bowes sentou-se no bar, rodeado por fãs, e simplesmente pediu uma bebida.
A apresentação num todo foi fantástica e não haveria pessoa que poderia dizer algo sobre a vontade do Alestorm de entregar o melhor ao seu público. A banda, apesar das condições do Inferno Club, que apesar de ser um clube em ótimas condições não foi feito para shows internacionais, fez milagres em uma apresentação impecável!
Sem dúvidas o show do Alestorm ficará gravado na memória de todos os presentes por muitos e muitos anos.
Setlist:
1. The Quest
2. The Sunk’n Norwegian
3. Shipwrecked
4. Over The Seas
5. Midget Saw
6. Nancy The Tavern Wench
7. Pirate Song
8. Back Through Time
9. The Huntmaster
10. Wenches & Mead
11. Death Throes of the Terrorsquid
12. Keelhauled
Bis:
13. Set Sail And Conquer
14. Wolves of the Sea
15. Captain Morgan’s Revenge
16. Rum
Fotos por Diego Camara e Laís Silva
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