Sunday Blood Sunday: com cinco bandas de Metal carioca
Resenha - Sunday Blood Sunday (Teatro Odisséia, Lapa, RJ, 13/11/2011)
Por Marcos Garcia
Postado em 19 de novembro de 2011
Tarde de domingo, no conhecido bairro da Lapa, em meio a um feriado prolongado, o Teatro Odisséia (que cada vez mais se afirma como um point do underground Metal) recebeu mais uma versão do Garage (onde inclusive foram filmados algumas cenas de um documentário sobre a cena Metal carioca, feito por Fábio Costa, mais conhecido no meio underground como Fábio Garage, uma vez que o mesmo é um dos maiores incentivadores do underground carioca em vinte anos), chamada 'Sunday Bloody Sunday', onde 5 bandas do Metal carioca fizeram um ótimo evento. Pena o público ter sido não muito volumoso, mas a tendência é melhorar.
A tarde foi aberta pela banda PERISTALTIC MOVEMENTS. Com sua música baseada no Floridian Death Metal mais agressivo (na escola de bandas como SUFFOCATION e CANNIBAL CORPSE), o quarteto fez um show competente, com boa postura (apesar do palco reduzido devido à presença de vários equipamentos sonoros), e sua música (ora mais rápida, ora mais cadenciada) está cada vez mais coesa, intensa e evoluída. Músicas comon ‘Livid’, ‘Bizarre’ e ‘Epiletic’ dão a impressão de um bom futuro vindouro, mas ainda acredito que uma segunda guitarra iria dar ainda mais ‘punch’ à sonoridade deles.
A segunda banda foi o HORRIFICIA, que fez um bom show. A movimentação da banda é boa (pode melhorar), a música que o quarteto toca é bem sólida (uma mistura de Grindcore com alguns elementos de Thrash e Noise), direta e empolgante. Canções como ‘Eu Cuspo na Sua Tumba’ e ‘Snnuffete’ mostram potencial, e a postura de seu frontman Valdo é muito boa.
O quinteto de São Gonçalo (RJ) EXHUMED CHRIST foi o terceiro grupo da já noite. Mais voltados ao Death/Black Metal, eles que fez um show muito bom, e embora a banda tenha sofrido várias mudanças em sua formação, sua música está ainda mais compacta, com riffs de guitarra mais brutos, e com bons arranjos, ora velozes e ora mais cadenciados. O palco diminuto levou os rapazes a terem uma postura um pouco mais contida, mas a energia de seu set é algo a ser considerado. Músicas próprias, como ‘Lies of Christianity’, ‘Devotion in a Dark Messiah’, e versões de ‘Screechs from the Silence’, do SARCÓFAGO, e ‘Conquer All’, do BEHEMOTH, deixaram uma ótima impressão para o futuro vindouro.
Após um tempo de espera, um dos nomes mais aguardados da noite sobre ao palco, o quarteto CASTIFAS, que retorna aos palcos com sua nova formação (além do vocalista Hoertel e do guitarrista Deathcult, estão Lord Nuctemeron Daemon e Lord Anti-Christ, ambos do IMPACTO PROFANO, no baixo e bateria, respectivamente). Sua música é o bom e velho Black Metal que pretere a velocidade em prol de uma musicalidade mais azeda, mórbida, ríspida e climática, como as bandas da Second Wave of Black Metal da Noruega. Com um set baseado em músicas antigas (pois o quarteto tem suas origens nos anos 90), muitas pessoas agitaram até o torcicolo ser evidente ao som de ‘Pure Evocation’, ‘Into the Cerimonial Sodom’, ambas do EP ‘Journey Through the Darkness Path’, e uma nova, ‘Lucifer, my Master’, e a própria banda tem uma postura ótima, especialmente o vocalista Hoertel. Bela volta, e desejamos que continuem por muito tempo.
O quarteto UNEARTHLY, desfilando seu Death/Black violento e rápido, encerrou a noite com trancas de aço. Lançando seu novo CD, ‘Flagellum Dei’, a banda mostra que o profissionalismo e o underground podem unir-se sem traumas, pois seu show foi muito bom, com ótima postura de palco, e seu set mescla músicas de seus discos anteriores’ como ‘Black Metal Commando’, ‘Days of Storm for Christian Souls’ (ambas com uma roupagem mais atualizada), ‘Revelations of the Holy Lies’, e as do novo disco, como ‘Seven Six Two’ (tenham certeza que se tornará um dos hits da banda em seus shows vindouros), ‘Baptized in Blood’ e ‘My Fault’, com destaques para o frotman Eregion e o guitarrista Vinnie Tyr. Um detalhe que saltou os olhos: o show da banda estava sendo filmado e transmitido para a Austrália, para a agência que cuidará dos interesses da banda fora do país.
Um ótimo evento, e um prenúncio de que outros virão ainda melhores e com mais estrutura.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
Regis Tadeu explica se reunião do Barão Vermelho terá tanto sucesso como a dos Titãs
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
O disco que os Beatles chamaram de o maior álbum já feito; "imbatível em muitos sentidos"
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Blackberry Smoke confirma quatro shows no Brasil em 2026
A banda clássica de rock em que Ozzy Osbourne era viciado: "Eles são como carne e batata"
O riff caótico do Metallica que foi criado por Jason Newsted
O álbum que, para Geddy Lee, marcou o fim de uma era no Rush; "era esquisito demais"
Após assassinato do diretor, Spinal Tap suspende último filme
A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
O álbum dos Beatles que para Ringo Starr é melhor do que o "Sgt. Pepper's"
Empolgado, John Bonham mostrou para Geezer Butler música que viraria sucesso do Led Zeppelin
O dia que Roberto Justus disse a João Gordo que nunca bebeu uma gota de álcool na vida

Molchat Doma retorna ao Brasil com seu novo álbum Belaya Polosa
Gloryhammer - primeira apresentação no Brasil em ótimo nível
Planet Hemp é daquelas bandas necessárias e que fará falta
Masterplan - Resenha e fotos do show em Porto Alegre
Em 16/01/1993: o Nirvana fazia um show catastrófico no Brasil
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista



