Nação Zumbi: Caranguejos e psicodelia em POA
Resenha - Nação Zumbi (Porto Alegre, 14/03/2007)
Por Daniel MDA
Postado em 15 de março de 2007
Explosão percusiva, caranguejos à vista, mistura rítmica, poesia marginal, prosa futurista, crítica social, mangue, maracatu e uma guitarra a explodir. Uma das maiores bandas de Rock/Psicodélico acabara de se apresentar em Porto Alegre, na casa de shows Opinião, localizada na Cidade Baixa.
O show atrasou, estando marcado para as onze horas e começando meia noite adentro. Enquanto bebia minha terceira cerveja o público ia chegando aos poucos, terminando em um número de mais ou menos umas cinqüenta cabeças. Pouco, para o público que a Nação realmente merece receber.
O ingresso saíra muito barato... quinze reais! Por essa bagatela a casa deveria ter recebido lotação máxima. Eis aí a confusão de valores e modismos da gurizada que lota shows de bandas como Black Eyed Peas e Jack Johnson, pagando bananas de dinheiro apenas pelo fato de tais artistas tocarem ao cansaço nas rádios pops por aí afora.
Bem... vamos ao show. Mesclando canções das antigas, tocadas na fase do brother Chico Science, como "Maracatu Atômico", "Samba do Lado", "Manguetown" e "Macô" - do ótimo "Afrociberdelia" - e "A Praieira" - do excelente "Da Lama ao Caos", a canções da fase pós-Chico, como "Blunt of Judah" - uma das melhores músicas da Nação em termos de psicodelia, mostrando a maestria da percussão chefiada por Gilmar "Bola 8", a afinação perfeita da guitarra de Lúcio Maia e a chapadeira da voz de Jorge "Du Peixe".
Cantadas com a mesma perfeição e presentes no mesmo CD, "Nação Zumbi", da canção "Blunt of Judah", "Prato de Flores" e "Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada" personificaram a Nação em seu status poético e demolidor ao mesmo tempo.
Em dois momentos do Show, Jorge Du Peixe deixou o vocal e assumiu um dos tambores da Nação, demonstrando a mesma qualidade de seus colegas, aliado ainda à bateria seca e perfeita de "Pupillo" e som do bom baixista "Dengue". Como bônus, "Toca Ogan", um dos percussionistas da banda, pegou o microfone e emprestou ainda mais "extrasensorialidade" à viagem ao manguezal urbano.
Antes do Show terminar, a banda executou algumas músicas de seu novo álbum "Futura", entre elas a ótima "A Ilha" e, no final, brindou os fãs com a canção "Quando a Maré Encher" - do álbum "Rádio S.Amb.A." - hino da Nação cantado com entusiasmo pela platéia.
Propriamente fiquei um pouco ressentido de músicas como "Da Lama ao Caos", uma das minhas favoritas da fase Chico, e "Mormaço" e "Propaganda", da fase pós-Chico terem ficado de fora do repertório da banda. Além da ótima "Purple Haze", do "Mestre Hendrix", que vinha sendo executada em alguns shows em São Paulo, também deixada de lado.
Mesmo assim saí do show satisfeito e apto à propagação da melhor onda psicodélica da atualidade. Como diria "brother Chico": "É desorganizando que eu posso me organizar".
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