Metal Sludge: Edição brasileira do evento deixou sua marca no país
Resenha - Metal Sludge Xtravaganza (Manifesto Bar, São Paulo, 26/03/2006)
Por Otávio Augusto Juliano
Postado em 31 de março de 2006
Para o público presente, tinha tudo para ser uma grande festa. E foi. A 1ª edição brasileira do famoso evento promovido pela Metal Sludge nos Estados Unidos deixou sua marca no país. Contando com a organização do Carlão (Animal Records), a festa atendeu seu objetivo: trazer diversão para os fãs de Hard Rock e Glam/Sleaze Rock.
E o Manifesto Bar foi uma escolha muito bem sucedida para a realização da festa, principalmente pelo fato de ter sido ampliado depois da última reforma, o que permitiu um conforto enorme para os cerca de 300 presentes.
Marcados inicialmente para 22h, os shows só foram mesmo começar por volta de 2 da manhã. Antes disso, a discotecagem da noite ficou por conta do aniversariante do dia – o próprio Carlão – que embalou a galera ao som de Kiss, W.A.S.P., Bon Jovi, Jeff Scott Soto, Poison, Cinderella, entre outros grandes nomes do Hard Rock e do Glam Rock. Antes do início das apresentações, houve tempo ainda para a divulgação do projeto "A Voz do Rock", que vem rolando todos os domingos no Manifesto Bar, sendo que alguns dos presentes se aventuraram na difícil missão de interpretar sucessos como "18 And Life" (Skid Row) e "Here I Go Again" (Whitesnake).
Importante destacar que durante essa preliminar dos shows, enquanto as baladas rolavam e os telões traziam imagens de shows do Mötley Crüe e Dokken, no 2º andar do bar os astros da noite, Summers e Rachelle, distribuíam autógrafos, tiravam fotos e vendiam material das bandas Pretty Boy Floyd e Tuff – camisetas, CDs e DVDs – interagindo com todos os fãs de forma muito solícita.
Na seqüência foi a vez do Bastardz se apresentar. Como já era esperado, devido ao sucesso que a banda tem alcançado, inclusive internacionalmente (o vocalista Nat Reed respondeu às famosas 20 perguntas do site Metal Sludge e a banda teve uma de suas músicas inseridas na respeitada coletânea "Hollywood Hairspray Vol. 5", a ser lançada em abril pela Perris Records), os caras literalmente "botaram pra quebrar", detonando meia dúzia de músicas muito bem executadas, dentre elas "Wasted Generation", "Spider Sarah" e "Alleycat Spoiled Brat", do primeiro lançamento do grupo, o CD/EP "No Ass No Pass"; um cover do Guns n` Roses, "Think About You"; e uma música nova, ainda não gravada (anunciada como "Get Out Here"). Por se tratar de uma banda brasileira de Glam/Sleaze, o Bastardz vem trabalhando duro para conseguir o merecido destaque tanto no cenário nacional quanto internacional, mostrando nesse pequeno show que está no caminho certo e pode realmente alçar vôos cada vez mais altos.
Terminada esta primeira apresentação da noite, chegava o momento do anúncio do nome de Stevie Rachelle, que desceu ao palco para cantar alguns sucessos do Tuff, executados pelos próprios músicos do Bastardz, que assumiram novamente seus postos e foram responsáveis por tocar todas as músicas da noite. Vieram "God Bless This Mess", "Good Guys Wear Black" e "Tied To The Bells", dando a prévia do que a noite ainda prometia. Foi então que Steve "Sex" Summers assumiu os vocais e logo de cara interpretou "Leather Boyz With Electric Toyz", um dos mais consagrados sucessos do Pretty Boy Floyd, seguindo com "Good Girl Gone Bad" e "48 Hours". Novamente houve a troca de vocalista. Com Stevie Rachelle de volta, foi a vez das baladas rolarem, com "I Hate Kissing You Goodbye" e "So Many Seasons". "All New Generation" fechou esta terceira parte do show, trazendo ainda mais agitação.
Summers retomou o microfone, mostrando mais alguns sucessos de sua banda Pretty Boy Floyd, como "Toast Of The Town" e "I Wanna Be With You". Nesse ponto, deve-se abrir um capítulo à parte, pois durante essa segunda aparição de Summers no palco, algumas garotas foram convidadas a embelezar esta histórica noite de Glam Rock em São Paulo, passando a interagir com o vocalista de tal forma que, por certo período de tempo, ele até esqueceu do fato de ter vindo ao Brasil para cantar. Summers ficou curtindo as mulheres seminuas colocadas à sua volta e demorou a iniciar a próxima música da noite, provocando até mesmo uma intervenção de Stevie Rachelle, que entrou no palco para "pedir" a ele que desse prosseguimento ao show. "Rock n` Roll (is Gonna Set the Night on Fire)" então se iniciou, cantada ainda com a presença das garotas, um cenário um pouco mais picante que o do censurado clipe de "Girls, Girls, Girls", do Mötley Crüe.
Summers, a essa altura já bastante alterado pelos efeitos do álcool ingerido, deixou o palco juntamente com as garotas, para nova participação de Rachelle, que já veio logo de cara detonando "American Hair Band", música lançada em 2001 no álbum The History Of Tuff, caindo como uma luva para uma noite como esta, afinal sua letra traz diversas menções a bandas e canções dos anos 80, tratando-se de uma verdadeira celebração à morte do grunge e uma homenagem aos grupos que tanto se destacaram no auge oitentista do Hard Rock.
Como a animação e a diversão do público já eram evidentes, o fechamento da festa não poderia ter sido melhor escolhido: "Talk Dirty To Me", "Looks That Kill" e o hino "Rock n´ Roll All Nite", do Poison, Mötley Crüe e Kiss, respectivamente, foram executadas e cantadas juntamente pelos três vocalistas da noite - Summers, Rachelle e Nat Reed (Bastardz). Houve ainda um gran finale com a música "Pills", do Bastardz, de refrão e riffs de guitarra pegajosos, contando com a participação de Rachelle nos vocais.
O ponto negativo ficou apenas por conta dos excessos de Summers, que acabaram por prejudicar a segunda parte de sua apresentação individual, com ele ameaçando cantar músicas que aparentemente não estavam combinadas (como "Live Wire" e "Wild Angels") e parando o show diversas vezes, afirmando não seguir regras pré-estabelecidas, o que deixou os próprios músicos do Bastardz e o público surpresos, dando a entender que cantaria o que quisesse e não seguiria qualquer roteiro. Por outro lado, Rachelle se mostrou muito mais profissional e cantou com maestria as músicas do Tuff, interagindo muito com o público (portava uma máquina fotográfica descartável e tirava diversas fotos da galera) e não se cansando de elogiar os integrantes e o trabalho do Bastardz durante toda a apresentação. De qualquer maneira, ainda que o desempenho de Summers tenha ficado prejudicado pela bebida, a iniciativa de promover uma noite de muito 80`s Hard Rock foi bem aceita e satisfez todos os presentes.
Assim ficou marcada a primeira edição da Metal Sludge Xtravaganza Brazil, como um verdadeiro brinde ao 80`s Hard/Glam Rock, provocando em todos a sensação de se encontrarem nos arredores da Sunset Strip, nos E.U.A., e não no Itaim, em São Paulo, onde rolou a festa. Com a repercussão positiva que esta festa certamente trará (houve inclusive filmagem por parte da equipe da Metal Sludge para futura edição de DVD), é esperar para ver quais serão os convidados especiais das próximas edições brasileiras do evento.
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