Hammerfall: Noite de headbangers divididos em São Paulo
Resenha - Hammerfall (Olympia, São Paulo, 04/06/2005)
Por Carol Oliveira e Myrian Vieira
Postado em 04 de junho de 2005
A noite do último sábado deixou muita gente dividida. De um lado da cidade, no Via Funchal, acontecia o Extreme Metal Fest com Wasp, Vader, Andreas Kisser e Eletric Funeral; do outro lado, no Olympia, o Hammerfall se apresentava pela quarta vez aqui no Brasil (a última foi em 2003). O Wasp além de inédito por aqui ainda trazia consigo atrações de peso, e todas as atenções se voltaram pra esse show. A expectativa era que o Hammerfall se apresentasse para um público fiel, porém reduzido devido à "concorrência". Quem esteve no Olympia na noite de sábado pôde constatar que isso passou muito longe de acontecer. A banda fez uma apresentação incrível e com casa lotada.
Como não havia banda de abertura o show teve início no horário previsto. Ao som da introdução de "Secrets", Oscar, Stefan, Magnus e Andres assumem seus instrumentos. Joacin entra logo em seguida mandando a primeira estrofe dessa que é sem dúvidas, uma das melhores canções do novo álbum. No palco a decoração conferia um clima gélido, com muitos icebergs e montanhas cobertas por neve. "Riders of the Storm", música do álbum antecessor "Crimson Thunder" manteve a empolgação até que um som de moto entregou que "Renegade" seria a próxima e aí sim a galera foi ao delírio. Na seqüência vieram "Let The Hammer Fall", "Living In Victory" e "The Templar Flame".
Os solos de bateria costumam ser um pouco chatos, mas Anders Johansson tratou de dar uma animada cantando um trecho de "La Cucaracha". Se ele queria homenagear o Brasil acho que cometeu um equívoco escolhendo uma música mexicana, mas como o que vale é a intenção...
A banda toda volta ao palco para "Fury Of The Wild", música do novo álbum que contou com a participação efusiva do público no refrão "unbent, unbowed, unbroken".
O Olympia é uma das mais tradicionais e aconchegantes casas de espetáculos de São Paulo e todo roqueiro que se preze já passou por lá. Desde a década de 90 seu palco recebe grandes nomes do rock internacional, sempre com uma ótima estrutura e muita qualidade técnica. E dessa vez não foi diferente, o som estava impecável mas nem isso foi capaz de segurar a voz de Joacim. Ficou evidente que ao vivo o cara não consegue manter os mesmo agudos das versões de estúdio, e esse foi o único ponto negativo do show.
Em "Glory to the Brave" Joacim e Stefan começam uma brincadeira (nada espontânea já que a mesma encenação se repetiu em todos os shows da turnê). Enquanto Stefan sola rapidamente Joacin desliga sua pedaleira e pede que ele toque uma música da banda mais querida do Brasil. Stefan toca então "Two Minutes To Midnight", do Iron Maiden e Joacin diz que ele tem só mais duas chances ou será despedido da banda. Stefan toca "Enter Sandman" do Metallica e é acompanhado pelo coro da galera e depois volta pra terminar "Glory to the Brave". A brincadeira até que foi "engraçadinha", mas sinceramente preferia ouvir a música inteira, sem interrupções.
No ponto alto do show, Joacim puxou "Heedding the Call..." e a galera cantou o refrão inteiro duas vezes seguidas em alto e bom som. A banda toda ficou visivelmente emocionada e Joacim não se cansava de dizer o quanto adorava o Brasil. Em seguida cada um pegou um copo de caipirinha e Joacin brindou com o público o fim da turnê sul-americana dizendo que esse foi o melhor show de toda a turnê.
De volta para o bis mandaram "Blood Bound" e "Hearts On Fire" e deixaram o palco enquanto a público pedia forte e insistentemente por "Legacy Of Kings". Por um momento achei que a banda cederia aos pedidos, mas, eles voltaram para o palco se entreolharam, despediram-se e partiram novamente, deixando a galera na vontade.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Internautas protestam contra preços de ingressos para show do AC/DC no Brasil
O melhor baterista de todos os tempos, segundo o lendário Jeff Beck
Pistas a distâncias diferentes e com mesmo preço no show do AC/DC? Entenda
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
A banda que não ficou gigante porque era "inglesa demais", segundo Regis Tadeu
Meet & Greet com Dave Mustaine, que custa mais que um salário mínimo, está esgotado
Jon busca inspiração no Metallica para shows de reunião do Bon Jovi
Por que Angra não chamou Marco Antunes de volta, segundo Rafael Bittencourt
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
Quando Lemmy destruiu uma mesa de som de 2 milhões de dólares com um cheeseburguer
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
O hino do metal moderno cuja introdução nasceu de forma "telepática"
As músicas que o AC/DC deve tocar no Brasil, segundo histórico dos shows recentes
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica


Exodus - sempre uma das melhores experiências do ano
Behemoth e Deicide - um espetáculo inigualável do metal extremo
Anette Olzon apresentou no Brasil músicas dos álbuns "Dark Passion Play" e "Imaginaerum"
Imminence - público apaixonado enche a casa numa quinta-feira
Rock, Memória e Emoção - Nenhum de Nós Encanta Jumirim/SP
Ultraje a Rigor Invade Cerquilho e Reafirma o Poder do Rock Nacional
Deicide e Kataklysm: invocando o próprio Satã no meio da pista


