Concert For New York City: Show beneficente ao Twin Towers Fund
Resenha - Concert For New York City (Madison Square Garden, 27/10/2001)
Por Márcio Ribeiro
Postado em 27 de outubro de 2001
O Concert For New York City foi um show beneficente para arrecadar fundos destinados ao Robin Hood Relief Fund, que distribuirá esta verba para o Twin Towers Fund, e outros grupos de caridade, que visam assistir as vítimas do ataque terrorista do dia 11 de Setembro deste ano, que resultou na queda das torres gêmeas do World Trade Center, além da destruição de várias propriedades vizinhas. Com ingressos saindo no guinche a $250, $500, $1000, $2500 e $5000, e uma arrecadação que continuaria via telefone (1-888-696-8742) ou através do website www.helping.org, pretende-se arrecadar uma pequena fortuna nesta noite. O evento é transmitido via televisão a cabo, como também via internet, graças aos esforços em conjunto de companhias como VH1, AOL, Miramax, e Cablevision.
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Vários convites foram oferecidos para os melhores lugares da casa, bem à frente do palco, distribuída apenas para policiais, bombeiros e voluntários que estiveram operando na cena do crime, chamada terreno zero, trabalhando nos escombros aonde antes havia os prédios gêmeos do World Trade Center. O show abre com um palco totalmente em breu e David Bowie sentado no chão com um teclado, que mais parecia de brinquedo, à sua frente. Inicia sem se dirigir ainda ao público, cantando despretensiosamente "America", sucesso de Paul Simon. No fim, as luzes do Madison Square Garden se acendem e o gigantismo do lugar, totalmente lotado, toma a atenção de todos. Com muitos aplausos, Bowie inicia "Heroes'" com banda ao fundo. A banda base do evento é a banda de Paul Schaffener, conhecido arranjador e tecladista do programa da CBS - The David Letterman Show.
Billy Cristal é o primeiro mestre de cerimônias a vir falar com o público, lembrando todos do verdadeiro heroísmo dos oficiais membros, dos corpos de bombeiro e policia da cidade. Entre piadas e discursos sérios, entram em seqüência Bon Jovi, o rapper Jay Z, Goo Goo Dolls, Billy Joel e Destiny's Child. Vale o destaque para o trio feminino, que ofereceu uma incrivelmente forte, bela e tocante versão para o velho sucesso, "Emotion" dos Bee Gees. Quando a ênfase não está para suas bundas e peitos, o trio mostrou que realmente sabem cantar.
Costurados entre as apresentações, celebridades convidadas conversam com o público e telespectadores, pedindo doações que irão ajudar as famílias, como também os lojistas, que perderam muito nos eventos do dia 11 de setembro. Entre as celebridades estavam Susan Sarandon, Robert de Niro, Leonardo DiCaprio, James Lipton, Meg Ryan, Dave Spade, Halle Berry, John Cusack, além dos dois políticos locais, concorrendo à prefeitura este ano. Harrison Ford apresenta então um bombeiro ferido no dia, que de braço engessado, tem a oportunidade de apresentar a próxima atração, Eric Clapton e Buddy Guy. A dupla de guitarristas apresenta seu set com "Hoochie Coochie Man" de Willie Dixon. São então seguidos por apresentações dos Back Street Boys e Melissa Etheridge.
Durante o decorrer do evento, que teve seis horas de duração, foram também apresentados vários curta metragens, especialmente feitos para o evento, e com a cidade de Nova York como tema. Entre os diretores destes curtas estão Martin Scorsese, Kevin Smith, Woody Allen, Jerry Seinfeld, Spike Lee, e Edward Burns.
Depois de um desses filmes vem ao palco The Who. Com Zak Starkey na bateria, abrem com "Who Are You", a costumeira demolição sonora que geralmente acompanha suas apresentações. No fundo do palco, uma imagem com a qual a banda sempre fez questão de se associar, a bandeira do Reino Unido. Depois do primeiro impacto, fica fácil perceber que embora Entwistle e Starkey sejam pilares sonoros perfeitamente sincronizados, Townshend está um pouco enferrujado e Daltrey está totalmente fora de forma e não consegue oferecer o mesmo pique de palco que no ano anterior, quando estiveram aqui, se apresentando neste mesmo palco em final de excursão.
Ao iniciar o número seguinte, "Baba O'Riley", a bandeira iluminada no telão é agora a Americana. A banda segue seu set com "Behind Blue Eyes", encerrando com "Won't Get Fooled Again", se tornando a banda com o segundo maior set da noite, com quatro canções. Durante a execução, ao fundo do palco, no telão, aparecem imagens do sul da ilha de Manhattan, com as torres gêmeas do World Trade Center bem visíveis. Ver os prédios ouvindo o refrão "we won't get fooled again" acaba ganhando simbolismo especial. No final da canção, quando Daltrey solta seu costumeiro grito, sua voz soa mais para esganiçado do que para grito primal. Um pouco envergonhado, ele e a banda deixam o palco, sobre muitos aplausos.
O show continua com falas de artistas e comediantes como Adam Sandler, Will Farrell, Mike Myers, Howard Stern, Julia Stiles, Michael J. Fox, Nathalie Portman, Richard Gere, e Steve Buscemi; como também discursos do casal político Bill e Hillary Clinton e depois do prefeito atual Rudy Giulliano, este aplaudido de pé ao entrar no palco. O show retoma com Mick Jagger, que surpreende todos ao tomar o palco com Keith Richard ao seu lado. Keith, que hoje mora em Connecticut a 40 minutos de Nova York, se mostrando todo animado, conversando com o público. Abrem com "Salt of the Earth" de 1968, canção raramente parte do repertório da banda, seguindo pelo grande hit de 1978, "Miss You". Mick pula e ginga à la Mick Jagger e poem todos a cantar o corinho "o-o-o-o-o-o-o o-o-o-o-o-o-o o-o-o-o" juntos. Ao deixarem o palco são aplaudidos efusivamente, sendo seguidos então por Macy Grey, que oferece para a noite, uma interessante e bem feita mistura de rap e reggae para "A Little Help From My Friends" dos Beatles. James Taylor se apresenta em seguida, apropriadamente abrindo com "Fire And Rain". John Couger Mellencamp canta dois números e é depois acompanhado por Kid Rock. Um set com Five For Fighting é seguido por Elton John, que depois de tocar solo, é acompanhado por Billy Joel, cada um em um piano de cauda, cantando "Your Song", primeiro mega hit de sua carreira em 1969.
O piano de Elton John faz parte do grande acervo de memorabilia referentes ao show disponível em um leilão acontecendo simultaneamente via www.ebay.com. Outros apetrechos que podem ser arrematados são a bateria completa de Tico Torres do Bon Jovi. A bateria, da marca Pearl foi especialmente feita para a ocasião e é pintada nas cores da bandeira americana. Outros itens incluem instrumentos e posters autografado por quase todos os participantes do evento.
Um pouco depois de meia noite, mais de cinco horas desde o inicio da noite, Jim Carey apresenta o último artista da noite, Paul McCartney. Paul toma o palco com sua banda e apresenta seis números e um bis. Alternando de instrumento, inicia com seu famoso baixo Hoffman, do inicio da carreira com os Beatles, indo para o piano, e depois violão acústico. As canções são "I'm Down", "Lonely Road", "From a Lover To A Friend", esta última fazendo sua estréia ao vivo. A canção faz parte de seu mais novo compacto e CD e tem arrecadação destinada ao Twin Towers Fund.
Depois, inicia "Yesterday" sem acompanhamento de nenhuma instrumentação, sendo seguido a partir da segunda estrofe, por um quarteto de cordas (três violinos e um violoncelo). Paul então de violão em mãos, estréia outra canção, "Freedom", que ele conta foi composta dois dias depois do ataque terrorista.
Para encerrar, voltando ao piano, ataca os acordes de "Let It Be", que teve vários dos convidados da noite subindo o palco e participando. Teve Billy Joel no órgão, Eric Clapton na guitarra, além de Roger Daltrey, Bon Jovi, Melissa Etheridge e James Taylor, nos vocais. É final de show, o palco está lotado com todos os participantes mais policiais e bombeiros, quando Paul convida todos a cantar com ele. Com isso pega o violão e leva novamente "Freedom" que recebe um destaque para o solo de guitarra de Eric Clapton. Fim de festa, Paul McCartney agradece a presença de todos, aperta a mão de vários, as luzes da casa estão todos acessas. Hora de ir pra casa dormir. Um CD duplo está sendo planejado a ser lançado a tempo do mercado natalino.
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