Sepultura: como avaliar a carreira da banda?
Por Sérgio Vitola
Postado em 13 de novembro de 2016
Acima dessa disputa eterna de com Max ou sem, acho que devemos dividir a carreira do Sepultura considerando outras questões, o que deixa difícil categorizar simplesmente em melhor ou pior.
Do início da banda até Beneath, mesmo com ótimas composições e o talento natural tínhamos uma banda ainda sem uma personalidade própria definida e usando o formato que americanos e europeus tinham em alta naquele momento, como inclusive a imagem que propunham demonstrava. A partir de Arise aí sim apareceu o "Sepultura do Brasil" que começou a aplicar novas ideias e trabalhar o som com mais ousadia e partindo para a maturidade, ampliação e o ápice com Chaos AD e Roots, que os levou a ser uma das maiores bandas do mundo naquele momento.
Depois da separação de Max veio a modificação com estabelecimento de novos parâmetros, se aproximando do Hardcore, Thrash mais clássico e até Doom em determinadas passagens até pelas características do novo vocalista. No primeiro disco Against, muito mais direto e cru vejo ainda uma procura pela adaptação às mudanças e o aprimoramento passando pelo Nation e chegando a Roorback e Dante ainda com Igor na bateria.
Na sequência a banda seguiu quebrando os conceitos estabelecidos, mesmo com a alteração de baterista, primeiro Jean e agora Eloy, os álbuns A-Lex, Kairos e The Mediator aprimoraram elementos anteriores, inovaram diversos aspectos seja na condução da carreira da banda que se não tinha a popularidade de outrora, mantinha o respeito sobretudo pela sequência de trabalhos que não foram "acomodados" apenas, como poderiam ser, levaram o conceito do Sepultura a outros patamares não só musicais e temáticos, como culturais em geral.
Dito isto e não para comparar mas para traçar um paralelo da carreira do próprio Max que seguindo com o Soufly, iniciou elevando a máxima potência e exagerando na dose em seu primeiro disco (particularmente gosto muito), ainda na onda do Roots e indo por trilhas que o levaram a se aproximar sempre do som do momento que a música "pesada" americana fazia, fato evidenciado na sua ausência tantos anos no Brasil e o círculo no qual o grupo atuava com muito sucesso naquele país. Cito como exemplo o último Archangel (que também gosto muito) que caminha muito na onda do que até seus filhos fazem em suas bandas, lembro o Incite, sendo que com a presença de Zyon vai ainda simplificando o som de outrora, visto que, sejamos sinceros, o rapaz ainda não está no ponto para a tarefa que realiza. A grande diferença e este é o ponto, são os riffs poderosos de Max, sua voz incomparável, melodias inteligentes e letras acima de média, que mesmo em seus piores momentos não deixariam de ser relevantes em qualquer cenário.
A grande questão para mim que é cristalina quando se fala nessa rixa e o porquê de escrever esse texto bastante genérico em relação ao enorme material a que se refere, trata de que o Sepultura mesmo não se limitando a repetir o som que o consagrou segue tendo uma identidade própria bastante clara, assim como a ousadia que a tornou grande. A rejeição por parte dos fãs ainda é pelo que se esperava caso não houvessem separado, o que eu também sinto sobretudo por parte dos dois personagens principais disso tudo, Max e Andreas sabem que teriam feito coisas enormes e que toda a confusão que existiu e permanece impossibilitou de acontecer. Ou alguém duvida, sabendo que o melhor músico e condutor do trabalho da banda sempre foi Andreas, baseado no que ele realizou até hoje, aliado as características de Max , que já citei anteriormente, são complementares? Observe sem preconceito os trabalhos separados e em conjunto depois pense... eu resumo tudo isso e acho que inclui a perspectiva de fãs, mídia e da banda, em uma palavra: FRUSTRAÇÃO.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Bruno Sutter aposta alto e aluga o Carioca Club para celebrar 50 anos de Iron Maiden em São Paulo
Os quatro clássicos pesados que já encheram o saco (mas merecem segunda chance)
A melhor banda de rock progressivo de todos os tempos, segundo Geddy Lee
"Estou muito feliz pela banda e por tudo que conquistamos", afirma Fabio Lione
A maior canção já escrita de todos os tempos, segundo o lendário Bob Dylan
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
Os cinco maiores guitarristas de todos os tempos para Neil Young
Guns N' Roses fará 9 shows no Brasil em 2026; confira datas e locais
O grupo psicodélico que cativou Plant; "Uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos"
Kiko Loureiro diz o que o levou a aceitar convite para reunião do Angra no Bangers Open Air
Sweden Rock Festival anuncia line-up com Iron Maiden e Volbeat entre os headliners
A melhor banda ao vivo de todos os tempos, segundo o lendário Joey Ramone
Com mais de 160 shows, Welcome to Rockville anuncia cast para 2026
Bangers Open Air acerta a mão mais uma vez e apresenta line-up repleto de opções
Sepultura anuncia último show na Europa
A estratégia que Frejat usou em "Puro Êxtase" para não ser acusado de apologia
Rob Halford: "Talvez eu seja o único Gay vocalista de Metal"
Prika explica critérios para entrar na Nervosa: "Fascista na minha banda não toca!"
Fernanda Lira agradece ao Sepultura por conquista histórica da Crypta na Europa
10 álbuns incríveis dos anos 90 de bandas dos anos 80, segundo Metal Injection
Andreas Kisser afirma que Titãs é a maior banda da história do Brasil
Andreas Kisser quer que o último show do Sepultura aconteça no Allianz Parque
Os 10 melhores álbuns do groove metal, segundo o RYM, incluindo um brasileiro
O curioso melhor show do Rock in Rio de 1985, segundo Andreas Kisser
Rush: Quando foi que a banda se tornou legal?
Guns N' Roses: 10 músicas que seriam ótimas de se ouvir na reunião



