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O que fizeram com o rock nacional?

Por Daniel Junior
Fonte: Diário do Pierrot
Postado em 27 de dezembro de 2015

Há quem diga que o rock brasileiro morreu. Eu não conheço a música brasileira suficientemente para decretar a morte de um estilo. Só conheço o que toca nas rádios, que ouço esporadicamente. É um alarmismo desrespeitoso falar do óbito. Sempre quando alguém levanta esta faixa, aparece alguém, com alguma razão dizendo: "Morreu pra você. Tu tens que conhecer a banda A, B, C, D...". Sim, cada um tem percepção de uma mesma realidade.

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Lá pelos idos da década de 80 eu fui me interessar pelo que era cantado em português. Foi uma época mágica para quem gostava de boas composições, independente do gosto musical. Qualquer um tem o direito de não curtir um som ou um artista, mas respeito não pode ser descartado. Apareceu muita gente boa em vários lugares do país. Uma música feita com vários sotaques e identidades.

As relações que um fã de rock nacional tinha com a música eram diferentes. Eu, por exemplo, ficava ansioso quando o single do artista que eu gostava ia tocar a primeira vez no rádio e ficava mais doido ainda, quando o som tocava de novo. Aquilo dava uma enorme sensação de felicidade. Hoje tem outras formas de lançamento e o impacto pequeno.

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E olha que não tínhamos ao nosso dispor recursos tecnológicos como os de hoje. Era fitinha "engatilhada" esperando a música tocar com vinheta da rádio, o que era detestável para alguns de nós. Hoje o lyrics vídeo substitui o lançamento no rádio, meio de comunicação desgastado pela ausência de re-invenção e adequação aos novos tempos.

Independente deste momento cheio de mudanças em relação a 30 anos atrás e contrapondo-se a maneira como a música é percebida, um fato incomoda: a ausência de novos compositores que causem um impacto tão relevante como ocorrera no passado. E mais: a sonolência dos que já foram excelentes e que hoje entregaram-se à indústria, rendendo-se ao esquema "disco-turnê-dvd" como apenas um mantenedor da carreira.

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Não existem mais canções inesquecíveis, à prova do tempo. A velocidade absorvida pela forma como enxergamos o mundo, tomou conta desta tal percepção que falamos. Quem consegue construir uma carreira sólida, identificado com público e crítica, merece aplausos porque conseguiu dançar conforme a música e também ter uma certa honestidade no cenário. Confesso: uma certa ingenuidade e utopia é necessária para acreditar que é possível dar uma boa resposta ao público, sem abrir mão de uma arte mais depurada, sem as receitas impostas pela indústria.

Os realitys, na realidade, não produzem artistas. Produzem artefatos industriais que podem ser consumidos (ou não) naquela estação. Em qualquer lugar do mundo, dado o volume de edições, (os realitys) revelaram pouquíssimos expoentes musicais. Um Adam Lambert ou mesmo uma Kelly Clarkson estão entre as exceções, goste você ou não. Exemplos não faltam. Ou seja: mecanismos (fakes talvez) existem para colocar na prateleira artistas com assinatura própria, mas na primeira audição o que temos é a reprodução da receita do que culturalmente corresponde aquele momento ou cena.

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Uma outra leitura que podemos fazer sobre o atual momento do rock (seja brasileiro ou em um contexto mais abrangente) é que, diferente de anos atrás, o espaço está melhor dividido. Entenda-se como espaço a democratização de exposição de artistas em todos os meios. Ocupam os programas tanto "a maior banda dos últimos tempos da última semana", como o dinossauro do rock underground; a revelação do youtube, como um artista que está aí nesta brincadeira há mais de 30 anos. As polarizações existem, mas alguns muros (não todos) caíram.

Nesta babel ninguém parece colocar um nariz de vantagem sobre os outros. Se é subjetivo classificar o nível de cada um (daria uma briga danada e não é tão relevante), não dá para deixar de admitir que novos (ou velhos) artistas não são mais capazes de nos comover como antes. Suas composições recentes não são as mais pedidas, querem sempre as mesmas e entregam ao público um show (em termos de repertório) bem parecido com o que faziam quando ainda eram jovens e cheios de esperança. Uma vez com um lugar digno no panteão, a dura tarefa de apresentar uma canção e um disco de qualidade se tornou um desafio que nem todos estão dispostos. Por que sair do lugar confortável para ir ao encontro da ousadia? Tenho certeza que você está pensando em um monte de bandas. Para não criar conflitos no campo de comentários, não citarei nenhum artista ou banda.

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Não seria necessário esclarecer, mas isso é apenas uma impressão pessoal.

O que me inspirou escrever sobre o tema é a briga entre Tico Santa Cruz e Lobão (leia sobre a tetra aqui), músicos que tem um bom séquito de fãs e que, poderiam, ao invés de ficar apontando o dedo um para o outro, nos comover e nos surpreender com suas canções. A melhor forma de expressão de ambos sempre foi a música. Essa guerrinha só consolida um meio cada dia mais dividido e que está cada dia mais estremecido, pela ausência de qualidade do que nos é apresentado, como pela tolice de acreditar que estar com a razão é a melhor forma de sobrevida. Amigos, todos perdemos.

E você, escuta quantos anos de carreira tem a banda que você mais ouve atualmente? Se não morreu, porque o rock não revela tantos talentos como aconteceu especialmente na década de 70? E o rock brasileiro, quem é que vale uma escutada atualmente?

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Sobre Daniel Junior

Daniel Junior era blogueiro do Diário do Pierrot e do site The Crow (especializado em cinema). Colaborava com o site Seriemaníacos (sobre séries de TV) e com o blog Minuto HM. Começou seu amor pelo rock por causa do Kiss e do Black Sabbath até conhecer outras bandas pelas quais nutriria paixão e admiração como Metallica, Rush, Dream Theater, Faith No More e tantas outras. Daniel faleceu em 2017 e definitivamente fará falta.
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