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Reality Shows: um caminho temeroso para o Rock 'n roll

Por Artur de Figueiredo
Fonte: Youtube
Postado em 14 de julho de 2015

O Rock ’garagem’ morreu em meios a novos padrões midiáticos. Muito se questiona, a situação da Música Pop como um todo na indústria fonográfica.

Os meios de mobilização social viraram meros produtos de entretenimento, com bandas que atualmente furam fundidas como animais em cativeiro. A liberdade artística se prende em moldes mercadológicos, cujo único sistema, reverenciar pseudo artistas, cuja fórmula segue preceitos bastante distintos de outrora.

Os Reality Shows, ou seja, programas paradoxais que refletem a cultura pop contemporânea, apenas difundem novos sistemas que acompanham o mercado, com diferentes meios de inserção do público a aquele conteúdo.

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O mercado desdenha da população em todo planeta que não tem mais um referencial artístico de impacto, nivelando a música para baixo, com produções cada vez mais banais. sem qualidade. Michael Jackson se foi, junto dele, o talento, a criatividade, a essência ‘musical’ rica de influências, produtores e uma cena estimulante, que condicionava os artistas a uma sentimento, postura, muito mais qualitativa, que quantitativa.

No Rock, não é muito diferente, o gênero tenta se reinventar, mas sob um sistema caótico, cujos os valores de outrora, de músicos formados na ‘garagem’, construíam o seu legado em pequenas Vans, tocando em suas cidades, vendendo seus cds nos próprios shows. Apesar de, isso ser algo ainda costumeiro entre as bandas, havia uma cena se emergindo e um envolvimento do MAINSTREAM na formação de uma cena artística. Foi assim com o Hard Rock, Thrash, Heavy Metal, Grunge, entre outros segmentos.

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Atualmente, o Rock voltou a ser um gênero meramente ‘Underground’. Isso é ruim? Obviamente não. Hoje o gênero está separado joio do trigo, os verdadeiros seguidores, para o público das rádios FMs, que são na maioria das vezes, desinteressados de tudo.

Entretanto, fica uma dúvida.. será que a mudança deste contexto, se manterá, e o gênero não tende a emergir uma nova cena artística? A música segue preceitos comportamentais. Músicos, fãs, que cresceram na década de 70, 80, 90, cresceram com outros valores.

A música supostamente tinha mais cunho artístico, a acessibilidade a aquele artista, banda, era mais complexa. Ou se ia nos shows pra conhecer ou comprava o álbum daquela banda. Não havia Internet, e o consumo e informação posteriormente, vinha de um público mais engajado que produzia seus ‘fanzines’.

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Com trabalho árduo de bandas e fãs, se construiu uma indústria rentável, e o que era anteriormente, ‘underground’, chegava aos ouvidos do mundo, com vídeo clipes super produzidos e a difusão dos singles nas rádios, refletiam um status de reconhecimento do público com o gênero.

Com a formalização e segmentação da música, o gênero voltou a ser um nicho de menos prestígio, entretanto, ainda ‘conceitual’.
A questão é, as novas gerações não entendem mais o conceito artístico, cultural, com a mesma reflexão. Não se há novos VAN HALENs, IRON MAIDENs, JUDAS PRIESTs, AEROSMITHs.

O reflexo disto se contextualiza, quando os ‘Metalheads’, ‘Rockers’, que estão com a idade entre 30e 60 anos, não querem ouvir bandas novas, ora, por entenderem, que não há mais qualidade no que é novo, contemporâneo, ora, por serem conservadores e até reacionários por desvalorizar, segregar, aquilo dito cujo, ‘moderno’.

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Agora, falando sob o papel da ‘juventude internet’, não se tem engajamento, ligação realmente verdadeira com esse ou aquele gênero. Seguem ‘bovinamente’, os conceitos preestabelecidos do mercado na difusão desse ou aquele tipo de música.

Não consomem música alguma, tão pouco, querem pagar por um novo sucesso. Aqui acá colá, as bandas novas, que mal, conseguem seu espaço ao sol.

Diante esse grave quadro, a cultura Pop, busca novos meios de inserção a bandas novas, com a fórmula de sucesso, "Realities Show".

O caminho inverso de galgar o sucesso com trabalhos de qualidade e a construção de um legado, tocando para públicos pequenos, até alcançar maiores status, de gravar seus respectivos álbuns, e sair em grandes turnês pelo o mundo afora, foi fragmentado, facilitado, de acordo com esse novo meio de decodificação.

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O sucesso hipnotiza e cria uma ilusão de eternidade, sem perceber que a estrada é ainda o único caminho para a longevidade. Apesar do glamour sedutor das câmeras, pressupõe se que o músico prefira os 15 min de fama, que uma carreira linear, árdua, que se plantar pra poder colher, ou seja, trabalhos com qualidade, na construção de um legado, uma carreira.

Sob esse sistema se funde, uma nova indústria, aonde a palavra "entretenimento" tem um peso na balança, chamada "Cultura Pop".

Confiram alguns Realities que são referências da Cultura Pop "Tupiniquim"

Assistir vídeo no YouTube

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Sobre Artur de Figueiredo

Meu nome é Artur de Figueiredo, músico, jornalista, sou apaixonado por hard rock, Heavy Metal, desde meados da década de 90. Desde a minha graduação em 2008 na área da comunicação, como jornalista, venho colaborando para o Whiplash com matérias do nosso Underground. Sou colaborador dos sites Stay Heavy, Solid Rock. Tive um sonho realizado, escrever para a Roadie Crew. Venho através do meu blog, atualizando todos headbangers, tudo sobre o nosso Metal Underground. Como influência, de Prog Metal, passando por AOR, Heavy, Hard, Thrash, sinfônico, entre outros.
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