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Fã x Artista: como a internet está destruindo essa relação

Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 26 de julho de 2012

Por Paul Resnikoff para o Digital Music News

O super-produtor MUTT LANGE [AC/DC, DEF LEPPARD] disse certa vez que não há lado bom na fama, que tudo nela é ruim. Melhor ser rico! Afinal, um bilionário pode andar de ônibus usando calça de moletom, mas uma pessoa famosa seria pisoteada, jogariam o vídeo no YouTube, especulariam um caminhão em cima do fato, bolinariam a celebridade, etc. E tudo isso graças a uma onda de tecnologia ao longo da última década, mais ou menos, quando o botão de ‘desligar’ foi arrancado do soquete, e isso é um problema sério para alguns músicos.

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Parece que os presentes que a tecnologia traz estão todos embrulhados com coisas muito más, assim como com as muito ruins. Afinal, as paredes entre o artista e o fã estão sendo completamente demolidas, o que significa mais acesso, mas bem menos privacidade para os artistas bem-sucedidos. O que quer dizer que há uma chance razoável de seu artista favorito ser um completo cretino quando você finalmente conhecê-lo, devido em parte à sobresaturação pela mídia. Todos os reveses da fama musical agora foram amplificados em torno de 100 vezes.

Então o quão diferente esse jogo está em comparação a, vamos dizer, 2002? Não se trata somente da internet, também tem a ver com o ecossistema de aparelhos móveis, a ubiqüidade das câmeras e filmadoras portáteis, e todos seus plug-ins online. Como o Facebook, o Instagram, e os protocolos one-to-one como mensagens de texto. Essas plataformas e tecnologias todas giram em torno de registrar e compartilhar momentos da vida sem parar – e todo mundo os possui.

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Multiplique isso milhões de vezes, e estamos começando a testemunhar alguns colapsos. Olhem pro caso de TOMMY LEE [Mötley Crüe]. Ele não agüenta mais tirar fotos, todos os uploads pro Facebook, a carnificina dos tags. É demais, é incessante, e refletiu em um desabafo pelo Facebook para quase dois milhões de fãs confusos.

O que significa que seu artista favorito pode também estar tendo dificuldade com esse lance de ‘sempre on’, e sim, pode agir como um COMPLETO CUZÃO quando você finalmente encontrá-lo pessoalmente. Então o que acontece depois, com seu apreço pela música daquela pessoa depois de um episódio assim? Um grande amigo meu simplesmente não conseguia mais ouvir a música de um artista reverenciado por ele depois de conhecê-lo, ele passou a escutar menos, e sempre com aquele asterisco em sua mente. A relação artista-fã, que é inacreditavelmente pessoal, ainda que caracteristicamente impraticável em um nível direto, tinha acabado pra ele. Mesmo com a relação com o fã nunca ter sido mais importante do que agora, nunca antes foi tão crítico ser acessível e cordial com os fãs!

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Claro, o problema é endêmico para a fama, e o tem sido por décadas, talvez séculos. Mas hoje em dia, vai bem além de aeroportos e restaurantes, é mais do que o cara que quer apertar sua mão no banheiro. Porque agora aquele cara quer apertar sua mão E tirar uma foto com você E postá-la E linkar você a ela para milhões de outros a apreciarem.

Gradualmente, astros e seus empresários estão notando isso. Os adolescentes estão com uma vantagem natural aqui, os Justin Biebers e One Directions da vida que nunca quiseram outra vida. Mas outros, como Amanda Palmer, estão vivendo e redefinindo do que se trata a relação com o fã, e nos ensinando sobre as personalidades e práticas que funcionam nesse jogo.

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E não está tudo bem. Eu diria que você tem que estar patologicamente ‘on’ nesse meio, talvez seja útil precisar disso de modo não-salutar [consulte seu psicólogo]. Seja lá o que for, ‘abraçar’ esse modus operandi há de ser um estilo de vida e uma paixão, e se você não gosta disso, sempre há a obscuridade esperando para te levar de volta.

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Sobre Nacho Belgrande

Nacho Belgrande foi desde 2004 um dos colaboradores mais lidos do Whiplash.Net. Faleceu no dia 2 de novembro de 2016, vítima de um infarte fulminante. Era extremamente reservado e poucos o conheciam pessoalmente. Estes poucos invariavelmente comentam o quanto era uma pessoa encantadora, ao contrário da persona irascível que encarnou na Internet para irritar tantos mas divertir tantos mais. Por este motivo muitos nunca acreditarão em sua morte. Ele ficaria feliz em saber que até sua morte foi motivo de discórdia e teorias conspiratórias. Mandou bem até o final, Nacho! Valeu! :-)
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