Dream Theater faz apanhado da carreira em show
Por Charles
Fonte: O Globo
Postado em 09 de dezembro de 2005
Eduardo Fradkin
Principal nome do gênero prog metal, que alia as divagações musicais do rock progressivo ao peso do heavy metal, o Dream Theater toca hoje no Rio, no Claro Hall, após sete anos de ausência no Brasil. Uma característica dos músicos da banda é, quando não estão tocando juntos, manterem-se ocupados com numerosos projetos paralelos. Os mais recentes são as participações do guitarrista John Petrucci e do baterista Mike Portnoy na banda de guitar heroes G3 e a do tecladista Jordan Rudess, acompanhado do mesmo Portnoy, num CD do cantor e guitarrista Neal Morse.
— A música é uma paixão, por isso estou sempre tocando algo com alguém. Não sofro de escassez de idéias. Quando crio algo bom, não guardo para o DT, pois sei que terei outras boas idéias na hora de gravar com a banda. Se tenho a chance de usar o que criei num projeto naquele momento, faço isso. Além disso, não é tudo que serve para o DT. Tem coisas mais jazzísticas que se encaixam melhor em outros lugares. Os projetos dão a chance de me expressar musicalmente de formas diferentes — alega Rudess, que, para praticar, dedilha sonatas de Beethoven no teclado.
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Quinteto gosta de tocar "covers" em shows seguidos
No caso do DT, declarações de amor à música não soam hipócritas. Quando a banda faz mais de um show na mesma cidade, tem o costume de, num deles, tocar discos alheios dos quais gosta.
Assim, o quinteto já apresentou ao vivo todas as músicas de "Master Of Puppets", do Metallica, de "The Number Of The Beast", do Iron Maiden, e, mais recentemente, de "The Dark Side Of The ,Moon", do Pink Floyd. Porém, num show no domingo, na Argentina, quando todos esperavam ouvir o disco do Pink Floyd, o DT tocou um dos seus de cabo a rabo, "Metropolis Part 2: Scenes From A Memory".
— No Rio, não tocaremos covers, porque será apenas um show. Ele abrangerá toda a carreira do DT, desde "When Dream And Day Unite" (primeiro disco da banda, de 1989). O público não ficará decepcionado. Temos feito shows de quase três horas de duração. Sei que éramos bastante aguardados na América do Sul. Na última vez que o DT esteve aqui, eu nem era da banda. Mas já toquei no Brasil com Rod Morgenstein (baterista com quem tem um projeto paralelo) e sei que os fãs sul-americanos são muito entusiásticos. Na Itália e na França, também são assim — compara.
Para o tecladista, o mais recente álbum do Dream Theater, "Octavarium", lançado este ano, é um retorno às origens.
— No anterior, "Train Of Thought", decidimos dar nossa contribuição ao heavy metal. "Octavarium" é mais eclético. Nele, nós nos divertimos mais, ficamos mais soltos e fizemos algo com a cara da banda, pois todos gostamos de tocar muitos estilos diferentes, não só heavy metal. Ainda não começamos a pensar no próximo álbum, mas deveremos continuar nessa linha — prevê.
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