Quarup: misturando psicodelia com MPB e ainda, de graça!
Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 07 de maio de 2018
Um pé nos anos 1970, um mundo de possibilidades nas mãos. Produzido em um intervalo de quase dois anos, o homônimo registro de estreia da banda paulistana Quarup é um trabalho em que décadas de referências, diferentes gêneros musicais e sentimentos se cruzam de forma a revelar um disco marcado em essência pela transformação.
Livre dos exageros e fórmulas prontas de quem busca apoio no trabalho de Novos Baianos, Caetano Veloso, Os Mutantes e outros gigantes da música brasileira, sobrevive no material produzido pelo quinteto uma obra marcada pela leveza dos arranjos e versos que refletem com naturalidade o cotidiano de qualquer jovem adulto.
Entre sussurros apaixonados (Pedra Rara), personagens (Lila) e versos tecidos de forma subjetiva (Foi Isto um Homem), a banda formado por Guta Batalha (Vocais), Ione Aguiar (guitarras, violões e vocais), Beni Teixeira (piano, teclados e vocais), Marcelo Maia (baixo e vocais) e Lucas Cassoli (bateria, percussões e vocais) faz de cada uma das 13 faixas do disco um curioso experimento.
A psicodelia empoeirada de O Mensageiro, ambientações etéreas no interior de Estrela da Manhã — música que conta com a participação da cantora Ná Ozzetti —, o axé-pop de Quero Ir Pra a Bahia com Você, facilmente a canção mais pegajosa do disco. Mesmo a curtinha, Nino, com pouco mais de um minuto de duração, revela ao público uma sequência de pequenos detalhes e sobreposições instrumentais.
Na poesia do álbum, um delicado labirinto de experiências. Versos nostálgicos em Uma Amizade que Veio do Mar — "Doce criança, quando eu te perdi o tempo era um menino" —, o romantismo explícito de Lila — "Lila, cansei de desatino / Eu quero o teu destino amarrado juntinho do meu" —, significados ocultos ao fundo de O Mensageiro — "Os ecos mais secretos / Tão discretos e hesitantes / Dos sibilos escondidos em você".
Misto de passado e presente, o trabalho que conta com masterização assinada por Arthur Joly mostra o esforço do quinteto em provar de diferentes sonoridades e influências ao longo da obra. Um constante ziguezaguear de experiências, como se cada composição lançada pela banda fosse a passagem para um ambiente completamente novo.
De graça, no Bandcamp:
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