The Who: "seja consciente de onde está se metendo nas redes sociais"
Por Brunelson T.
Fonte: Rock in The Head
Postado em 05 de fevereiro de 2019
O vocalista da banda THE WHO, Roger Daltrey, falou sobre deixar a sua família quando era jovem em uma entrevista para o site The Big Issue.
Seguem alguns trechos:
"Eu tinha 20 anos quando me tornei pai. Quando eu deixei a minha família, foi com a intenção que poderia fazer melhor para todos. Deixei Jackie (minha 1ª esposa), meu filho, Simon, minha mãe, meu pai e minhas irmãs".
"Eu olhava para a van da banda com a flecha pintada (clássico logo do THE WHO) e aquilo estava me atraindo, sabe? E como sabemos, deu certo, não é? Eu não fui um ser humano perfeito, mas espero ter aprendido com os erros que cometi".
"A escola terminou para mim aos 15 anos. Fui enviado para uma agência de empregos para menores de idade, onde consegui um trabalho como assistente de eletricista em um canteiro de obras, mas nunca vi um fio elétrico sequer, sabe? Eu pensei na hora: 'Vão se foder, isso é sobre encanamento de água!"
"Aos 16 anos, trabalhava em uma fábrica de chapas de metal. Chamar de fábrica é um pouco de exagero, era mais parecido com um galpão de amianto com 20 unidades de computadores antigos - que eram tão grandes quanto do tamanho de tanques de guerra".
"Foram alguns dos meus dias mais felizes, sabia? O canto entre os funcionários, o riso e a camaradagem entre nós, eram muito divertidos, apesar de ter sido um trabalho difícil".
"Aqueles anos de adolescência estavam cheios de angústia, energia, testosterona e cheios de paranoia. Eu estava intimidado devido a escola, então, o meu 'sensor de alerta' estava sempre ligado - se eu me sentisse ameaçado, aprendi a dar o primeiro golpe. Talvez, eu fosse um idiota bem agressivo, mas eu não acho que era um valentão clássico da escola".
"O futuro que eu imaginava para mim, não era outra coisa a não ser se tornar vocalista do rock. Era o meu impulso e minha visão, e quando tinha 11 anos, vi Elvis Presley pela 1ª vez, mas foi Lonnie Donegan quem realmente me chamou a atenção".
"Uma das razões pelas quais eu saí da escola, é que eu não queria saber nada além de música. Toda noite eu estava ensaiando com a banda e estávamos apenas começando a conseguir um dinheiro em alguns clubes".
"Nós éramos de uma geração de construtores que cresceram sem nada. Tudo foi destruído pela guerra e quando você não tem nada, você constrói algo, certo? Eu fiz a minha 1ª guitarra elétrica, uma cópia de uma Fender e estávamos também 'construindo' uma banda".
"John Entwistle entrou no baixo e nós éramos todos personagens diferentes no grupo, mas John era um baixista genial. Pete Townshend (guitarrista) era de uma classe completamente diferente".
"Através da sua escrita e intelecto, Pete tinha a habilidade de escrever músicas com um calibre diferente para qualquer outra pessoa. Eu felizmente desisti da guitarra, que era completamente um trabalho incompatível para mim, comparado em ser um trabalhador de chapa de metais".
"As minhas mãos viviam cortadas depois de descarregar 10 toneladas de aço..."
"Quando Keith Moon se juntou (baterista), foi a chave para o começo, tipo um motor a jato. Mesmo assim, nossa energia era diferente de qualquer outra banda".
"O principal conselho que dou aos jovens de hoje em dia, é ficar consciente de onde você está se metendo nas redes sociais. Porque a vida em geral não se baseia em telas de computador, sabe? Mas as coisas estão melhorando..."
"Senão, estamos nos encaminhando para a catástrofe com o vício que está ocorrendo na geração mais jovem. Por que? Pois mesmo estando em contato com as redes sociais, a sua vida vai desaparecer se você não for cuidadoso. Você está sendo controlado e isso é terrível".
"Porém, jovens músicos hoje em dia são muito mais bem treinados do que nunca, mas isso não quer dizer muita coisa, poque ocasionalmente você vê algumas faíscas saindo de um artista ou banda nova - apesar de ser raro..."
Confira a performance do THE WHO com a clássica canção "Pinball Wizard", em 1969.
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