Gusttavo Lima: Ele "zerou" a internet... e o que temos para aprender?
Por Douglas Martineli
Fonte: Heaview
Postado em 03 de abril de 2020
Do Oiapoque ao Chuí, dificilmente encontraremos um brasileiro que não sabe das recomendações de isolamento devido à pandemia do COVID-19. Em algumas cidades ou estados, hoje (29), já dá início à terceira semana de quarentena. Nesse período, já é comum nos depararmos com publicações em redes sociais relatando o tédio da nova rotina monótona a que nos fora imposto para minimizar o contágio, tanto que já psicólogos e terapeutas atendendo ou dando recomendações de como se adaptar à essa nova rotina e manter a saúde mental em dia.
Diante deste cenário entediante, o entretenimento ganha um universo de oportunidade de conquistar essa audiência cativa.
Hoje, se analisarmos friamente, aonde esse público busca refúgio: redes sociais.
As redes sociais são amplamente usadas no mundo e no Brasil. No mundo corporativo, já existe um consenso da importância das mídias sociais para os negócios, afinal, já são mais de 140.000.000 de usuários no Facebook (92% das pessoas que tem acesso à internet já tem uma conta na rede social), 80.000.000 no Instagram e o Youtube como a principal plataforma de consumo de vídeo, entre tantas outras. E umas formas de ganhar destaque em meio à tantos números é criando conteúdo, de qualidade e com frequência. Afinal, quem não é visto, não é lembrado.
E aonde eu quero chegar?
Ciente desses dois cenários, o músico sertanejo Gusttavo Lima "zerou" a internet neste sábado (28). Da sala da sua casa, o músico fez uma live no Youtube com 5 horas de duração para seus fãs confinados, que gerou mais de 10 milhões de visualizações, sendo 750 mil acessos simultâneos durante a transmissão. Foram 100 músicas tocadas. Bateu o recorde que antes era de Beyoncé. A ação arrecadou mais de 50 toneladas de alimentos e insumos hospitalares, além R$ 110 mil em dinheiro. Ele também anunciou a doação de 10 mil frascos de álcool em gel. Em outros tempos, a funkeira Anitta usou uma estratégia denominada "Xeque-mate" para alavancar sua presença (e carreira) nas redes sociais, lançando um clipe por mês com a participação de algum músico diferente.
Ao contrário do que acontece no rock/heavy metal, músicos de outros estilos já entenderam todo esse potencial da internet e o famoso ditado do Bill Gates: "Conteúdo é rei". Se olharmos para o nosso cenário, o que as bandas estão oferecendo para a sua audiência nesse período? Será que estão pensando em estratégias para se aproximar ainda mais dos seus fãs ou estão como eles, entediados, esperando a quarentena acabar? Será que o case citado acima estimula as bandas de rock a seguirem o mesmo caminho ou a colocar desculpas em custos, nos fãs, nos outros integrantes, etc., etc., etc.?
Mais uma vez temos uma prova do porquê o rock perdeu espaço na mídia de massa: Falta inovação, relacionamento, pensar longe, planejamento, execução.
Será que devemos repensar como a cena do rock/heavy metal brasileiro enxerga o mercado de entretenimento e o quanto essa visão pode ser produtiva para bandas e fãs? Fica aí um ponto de reflexão, para não só falarmos "brasileiro gosta de música ruim".
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



O primeiro tecladista estrela do rock nacional: "A Gloria Pires ficou encantada"
Axl Rose ouviu pedido de faixa "esquecida" no show de Floripa e contou história no microfone
A melhor música dos Beatles, segundo o Ultimate Classic Rock
A banda desconhecida que influenciou o metal moderno e só lançou dois discos
O álbum "esquecido" do Iron Maiden nascido de um período sombrio de Steve Harris
Documentário de Paul McCartney, "Man on the Run" estreia no streaming em breve
Nicko McBrain revela se vai tocar bateria no próximo álbum do Iron Maiden
Organização confirma data do Monsters of Rock Brasil 2026
Regis Tadeu explica por que não vai ao show do AC/DC no Brasil: "Eu estou fora"
Slash quebra silêncio sobre surto de Axl Rose em Buenos Aires e defende baterista
Bryan Adams fará shows no Brasil em março de 2026; confira datas, locais e preços
Os tipos de canções do Guns N' Roses que Axl afirma terem sido as "mais difíceis" de compor
A reação de Ozzy Osbourne ao cover de "War Pigs" gravado pelo Judas Priest, segundo Rob Halford
Regis Tadeu toma partido na briga entre Iron Maiden e Lobão: "Cafona para muitos"
Arnaldo explica por que saía do palco quando Titãs tocava hit de "Cabeça Dinossauro"
O melhor álbum de thrash metal de cada ano desde 1983, segundo a Loudwire
Engenheiros do Hawaii e as tretas com Titãs, Lulu Santos, Lobão e outros


Paulo Ricardo viu Freddie Mercury puto da vida e depois conheceu o Erasmo Carlos
WatchMojo: os 10 guitarristas mais subestimados de todos os tempos
Atores e música: As bandas de Russell Crowe, Keanu Reeves e Bruce Willis
Dave Mustaine: a história por trás de "The Four Horsemen"
Como uma gravação pirata acabou gerando o disco mais vendido do rock nacional
Veja como fica seu nome com o formato do logo do Metallica



