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Pink Floyd: The Wall, em toda sua dimensão crítica

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Postado em 14 de setembro de 2020

A Inglaterra da era vitoriana administrava um grande e vasto império. Em seu apogeu, o império britânico possuía o espantoso número de 440.000.000 de súditos da coroa. Para administrar um império tão vasto e com essa imensa população era necessária uma máquina estatal ampla, repleta de burocratas. Estes burocratas eram os encarregados, da administração direta do império. Logo, a formação dessa classe dirigente deveria ser rigorosa, e deveria também, zelar para que esses burocratas atendessem aos interesses da coroa e não os seus próprios particulares. Para tanto, era necessário erigir um sistema educacional capaz de dar conta dessa missão. Os burocratas de plantão deveriam dominar a cultura clássica, a matemática, falar diversos idiomas, ter noções sólidas de direito e, acima de tudo, deveriam ser formados para obedecer, de forma inconteste, as ordens emanadas de Londres.

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Como resultado, foi criado um sistema educacional imensamente repressor, baseado em uma pedagogia de memorização, inibidora da criatividade e da individualidade. O atual modelo vigente em muitas escolas no mundo é herdeiro direto desse sistema de ensino, marcado pela cultura vitoriana e pela revolução industrial inglesa. Podemos observar em uma escola alguns elementos muito semelhantes aos existentes nas indústrias e nos órgãos da burocracia estatal: os alunos são distribuídos em fileiras, como se a sala de aula fosse uma linha de produção, o sinal que marca a troca das aulas mais lembra uma sirene de fábrica, o diretor mais parece um sisudo gerente cuja missão principal é a de manter tudo em ordem, vigiando tudo e todos dentro da escola.

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Várias gerações ao redor do mundo foram formadas dentro desse modelo de ensino, altamente repressor, cuja missão precípua era a de disciplinar mentes e almas, preparadas para obedecer. A criatividade e o senso crítico eram deixados de lado,

Esse sistema de ensino praticamente ficou inerte em termos de mudanças durante décadas a fio, praticamente sendo alterado ultimamente. Aí é que a nossa história começa, digamos assim.

Várias gerações de músicos britânicos foram formados dentro desse sistema de ensino. E muitos deles se rebelara. Bruce Dickinson, Roger Waters, Keith Richards são exemplos marcantes disso. Em sua autobiografia, Bruce Dickinson narra sua juventude e o impacto que o sistema de ensino teve em sua vida, negativamente falando. Richards também.

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Roger Waters, no entanto, é o músico onde a revolta com a cultura e a educação vitoriana seja algo mais evidente. Dono de um estilo mordaz e ácido, como letrista, a obra The Wall é o apogeu da crítica de Waters a sociedade inglesa. E não falo apenas do LP duplo, mas também do filme dirigido por Alan Parker. No filme o personagem principal, Pink, tem a sua individualidade lentamente desfigurada pela fama, tornando-se prisioneiro do sistema. Sua vida pessoal conturbada por um relacionamento amoroso infeliz, por uma relação de submissão a sua mãe super protetora e por valores sociais profundamente castradores e opressores são o caldo para a transformação que assistimos no personagem ao longo da trama. Eis aí a genialidade da obra. Em termos estéticos a película está perfeitamente alinhada com a mordacidade de Waters. Além disso, as melodias geniais de David Gilmour, se entrelaçam com as letras, formando um cenário sombrio e denso. Para muitos The Wall é um filme depressivo. Não vejo por esse lado. Para entender a crítica mordaz feita à sociedade inglesa é necessário, antes de tudo, compreender o contexto sociológico e histórico na qual a obra está inserida. Essa é a questão, eis o ponto. O Rock foi, em muitos momentos, um meio do artista expressar o seu pensamento crítico, o seu inconformismo com a sociedade e o mundo. A apreciação de uma obra como The Wall deve ser vista a partir do fato de a mesma ser uma produção cultural socialmente engajada, uma leitura da história e da sociedade da época. Somente assim o ouvinte ou o espectador poderá ter, em sua completude, a visão perfeita da obra.

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Sobre Ricardo Bellucci

Curador, Pesquisador e Escritor nas horas vagas. Acima de tudo um construtor de Utópicas.
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