RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

O álbum perdido que o Metallica enterrou e seus integrantes nunca mais querem ouvir

Regis Tadeu elege o álbum mais subestimado do Pink Floyd; "Ninguém quase fala sobre esse disco"

Como foi a difícil infância de Dave Mustaine, segundo suas próprias palavras

Para Ihsahn, do Emperor, streaming e redes sociais desvalorizaram o artista

Qual foi o melhor ano da história do heavy metal? Slash responde; "Ano gigantesco"

A opinião do cantor Paulo Ricardo sobre o saudoso maestro Andre Matos

O ídolo do rock dos anos 90 com quem Eric Clapton se identificava; "muito talentoso"

O pouco conhecido artista que foi o Manuel Bandeira do rock nacional, segundo radialista

A dica sobre Led Zeppelin que Alceu Valença deu para um "menino que tinha banda de rock"

Banda finlandesa restringe fotógrafos em show no Brasil para "manter aura underground"

Os álbuns do Blue Öyster Cult e Uriah Heep que influenciaram o novo do Ghost

O álbum dos Beatles onde George conseguiu superar Paul e se igualar a John

Foo Fighters consegue autorização para fumar, beber e falar palavrão na Indonésia

A banda punk que fez tudo certo em uma única música, concluiu Bob Dylan

"O Triptykon é o Celtic Frost com outro nome", diz Tom Gabriel Fischer


Stamp

Pink Floyd: The Wall, em toda sua dimensão crítica

Por Ricardo Bellucci
Postado em 14 de setembro de 2020

A Inglaterra da era vitoriana administrava um grande e vasto império. Em seu apogeu, o império britânico possuía o espantoso número de 440.000.000 de súditos da coroa. Para administrar um império tão vasto e com essa imensa população era necessária uma máquina estatal ampla, repleta de burocratas. Estes burocratas eram os encarregados, da administração direta do império. Logo, a formação dessa classe dirigente deveria ser rigorosa, e deveria também, zelar para que esses burocratas atendessem aos interesses da coroa e não os seus próprios particulares. Para tanto, era necessário erigir um sistema educacional capaz de dar conta dessa missão. Os burocratas de plantão deveriam dominar a cultura clássica, a matemática, falar diversos idiomas, ter noções sólidas de direito e, acima de tudo, deveriam ser formados para obedecer, de forma inconteste, as ordens emanadas de Londres.

Pink Floyd - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Como resultado, foi criado um sistema educacional imensamente repressor, baseado em uma pedagogia de memorização, inibidora da criatividade e da individualidade. O atual modelo vigente em muitas escolas no mundo é herdeiro direto desse sistema de ensino, marcado pela cultura vitoriana e pela revolução industrial inglesa. Podemos observar em uma escola alguns elementos muito semelhantes aos existentes nas indústrias e nos órgãos da burocracia estatal: os alunos são distribuídos em fileiras, como se a sala de aula fosse uma linha de produção, o sinal que marca a troca das aulas mais lembra uma sirene de fábrica, o diretor mais parece um sisudo gerente cuja missão principal é a de manter tudo em ordem, vigiando tudo e todos dentro da escola.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Várias gerações ao redor do mundo foram formadas dentro desse modelo de ensino, altamente repressor, cuja missão precípua era a de disciplinar mentes e almas, preparadas para obedecer. A criatividade e o senso crítico eram deixados de lado,

Esse sistema de ensino praticamente ficou inerte em termos de mudanças durante décadas a fio, praticamente sendo alterado ultimamente. Aí é que a nossa história começa, digamos assim.

Várias gerações de músicos britânicos foram formados dentro desse sistema de ensino. E muitos deles se rebelara. Bruce Dickinson, Roger Waters, Keith Richards são exemplos marcantes disso. Em sua autobiografia, Bruce Dickinson narra sua juventude e o impacto que o sistema de ensino teve em sua vida, negativamente falando. Richards também.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Roger Waters, no entanto, é o músico onde a revolta com a cultura e a educação vitoriana seja algo mais evidente. Dono de um estilo mordaz e ácido, como letrista, a obra The Wall é o apogeu da crítica de Waters a sociedade inglesa. E não falo apenas do LP duplo, mas também do filme dirigido por Alan Parker. No filme o personagem principal, Pink, tem a sua individualidade lentamente desfigurada pela fama, tornando-se prisioneiro do sistema. Sua vida pessoal conturbada por um relacionamento amoroso infeliz, por uma relação de submissão a sua mãe super protetora e por valores sociais profundamente castradores e opressores são o caldo para a transformação que assistimos no personagem ao longo da trama. Eis aí a genialidade da obra. Em termos estéticos a película está perfeitamente alinhada com a mordacidade de Waters. Além disso, as melodias geniais de David Gilmour, se entrelaçam com as letras, formando um cenário sombrio e denso. Para muitos The Wall é um filme depressivo. Não vejo por esse lado. Para entender a crítica mordaz feita à sociedade inglesa é necessário, antes de tudo, compreender o contexto sociológico e histórico na qual a obra está inserida. Essa é a questão, eis o ponto. O Rock foi, em muitos momentos, um meio do artista expressar o seu pensamento crítico, o seu inconformismo com a sociedade e o mundo. A apreciação de uma obra como The Wall deve ser vista a partir do fato de a mesma ser uma produção cultural socialmente engajada, uma leitura da história e da sociedade da época. Somente assim o ouvinte ou o espectador poderá ter, em sua completude, a visão perfeita da obra.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Longa vida ao rock!

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeMarcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Ricardo Bellucci

Pedagogo, curador educacional, pesquisador, historiador amador, economista por acaso e sobretudo um vocalista frustrado. Um construtor de Utopias.
Mais matérias de Ricardo Bellucci.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS