Chris Cornell: por que morte dele era "completamente evitável", segundo filha
Por Igor Miranda
Postado em 13 de outubro de 2020
A morte de Chris Cornell, que cometeu suicídio em 2017, era "completamente evitável", de acordo com a filha do vocalista, Toni. A jovem, que também é cantora, falou sobre o assunto em uma carta aberta ao site Stop Stigma, que consiste em uma campanha sobre o vício.
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Toni Cornell afirma que vidas seguirão sendo perdidas, sem necessidade, até que as pessoas entendam que o vício é uma doença, e não uma falha moral. Ela também aponta que é importante ter educação relacionada a esse assunto, para que os mesmos erros não sejam cometidos por tanta gente.
"Meu pai nunca esperava que a vida fosse perfeita. Ele veio de uma família onde tanto o pai quanto a mãe tinham transtorno de uso de álcool e era submetido frequentemente a um ambiente abusivo. Aos 14 anos, começou a usar várias drogas, incluindo PCP, que causava transtorno do pânico. Ele não revelou isso aos pais e sofreu disso sozinho por 2 anos, sem ajuda", disse, inicialmente.
Antes de ter problemas, Chris Cornell achava que a vida era ótima e cheia de possibilidades - o que mudou com a situação. "Ele aprendeu com os erros e compartilhou lições conosco. Ele mostrou como superou sua própria ansiedade, mas também mostrou que o álcool o levou às drogas. Ele explicou como isso o levou à depressão e a usar outras drogas, pois tirava o medo ligado a isso. Ele nos ensinou sobre a importância de entender o vício e é importante ser educado sobre isso", afirmou Toni.
A jovem destacou que o vício é "como uma alergia", pois tem predisposição genética. Além disso, ela comentou que a ansiedade afeta "todo mundo em algum momento, de alguma forma".
"Por isso é tão triste que ele tenha perdido a vida, em um momento trágico, onde as drogas alteraram a realidade dele. Esse momento não define quem foi meu pai. Essa tragédia não deve ser distorcida para se encaixar na versão de outras pessoas. Especulação é irresponsável e rouba a meu pai ou a quem ele foi, além de manchar as memórias de quem realmente o conhecia. Pior, isso perpetua uma mentira perigosa que pode ferir outras pessoas", disse.
Por fim, Toni Cornell declara: "A morte do meu pai era completamente evitável. Precisamos parar com o estigma que não nos permite enxergar que o vício é uma doença e um transtorno mental, não uma falha moral. Entender da primeira forma salva vidas; da última, mata. Sinto falta do meu pai em todos os segundos da minha vida e sei que ele não gostaria que sua morte fosse em vão".
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), associação civil sem fins lucrativos, oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, gratuitamente, 24 horas por dia. Qualquer pessoa que queira e precise conversar, pode entrar em contato com o CVV, de forma sigilosa, pelo telefone 188, além de e-mail, chat e Skype, disponíveis no site www.cvv.org.br.
Morte de Chris Cornell
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