Eddie Van Halen lista e comenta seis álbuns que ele considerava essenciais
Por André Garcia
Postado em 15 de abril de 2022
Como disse o poeta inglês John Donne, "nenhum homem é uma ilha". Por isso, mesmo sendo um dos nomes mais influentes do rock, Eddie Van Halen não surgiu do vácuo. Ele, assim como todo mundo, trilhou sua carreira influenciado por obras e artistas que admirava.
Comprovando isso, conforme publicado pela Rock and Roll Garage, para a revista Guitar Tricks Insider, em 2016, Eddie listou os seis álbuns que considerava essenciais.
"Live at Leeds" (1970), The Who
"Wheels of Fire" (1968), Cream
"Goodbye" (1969), Cream
"So" (1986), Peter Gabriel
"Van Halen" (1978), Van Halen
"Blow by Blow" (1975), Jeff Beck
Live at Leeds
Primeiro álbum ao vivo do The Who, apresentou uma performance matadora da banda em sua fase mais pauleira; sendo assim um dos discos mais influentes no rock pesado e para o surgimento do heavy metal. Em entrevista para a Rolling Stone em 2011, Eddie Van Halen falou sobre o The Who:
"Pete Townshend foi uma influência como guitarrista base. Era apenas poder, intensidade e simplicidade. Sabe, nada ali era complicado. Tipo, se você pega "My Generation" [canta o riff]. Mesmo as coisas mais avançadas em "Who's Next" ainda é bastante baseado em power chords [versão simplificada e mais pesada dos acordes]."
Wheels of Fire e Goodbye
"Wheels of Fire" foi o terceiro álbum do Cream, o único duplo, lançado na época do anúncio de sua separação, em pleno auge; no ano seguinte, quando "Goodbye" foi lançado, a banda não existia mais. Em entrevista para a Guitar World em 1981, Eddie Van Halen falou sobre Eric Clapton e o Cream:
"Eu sabia cada nota que ele [Eric Clapton] tocou. Eu era conhecido por isso pela vizinhança. Eu, Alex e um baixista formamos o Mammoth, e éramos o Cream juvenil."
Em entrevista para a Rolling Stone em 2011, ele disse: "Na verdade, depois do Cream eu cavei um pouco mais fundo e cheguei às paradas do [John Mayall & the] Bluesbreakers. Mas meu lance mesmo era quando ele estava no Cream. O que eu gostava mais era o material deles ao vivo, como 'Wheels on Fire' e 'Goodbye', porque ali você podia realmente ouvir aqueles três caras em seu habitat."
So
Quinto álbum solo do ex-vocalista do Genesis, é considerado o melhor e mais acessível de sua carreira, com hits como "Sledgehammer" e "Don't Give Up" (dueto com Kate Bush). Em entrevista para a Classic Rock em 2022, Wolfgang Van Halen falou sobre a relação de seu falecido pai com esse álbum:
"Esse é um dos meus preferidos, porque era um dos preferidos de todos os tempos do meu pai. Então eu jamais esquecerei dele chegando para mim uma noite com fones de ouvidos gigantes, tipo: 'Wolf, coloca isso!' Aí ele colocou o fone na minha cabeça e botou no talo a primeira música, 'Red Rain'. É muito difícil para mim ouvir agora que ele se foi, mas aquele álbum é de cima a baixo Peter Gabriel em seu melhor."
Van Halen
Seu álbum de estreia é repleto de hits, como "Runnin' with the Devil" e "Ain't Talkin' 'bout Love", além do instrumental "Eruption", que mudou a história da guitarra. Em entrevista para a Guitar World em 2011, Eddie Van Halen falou sobre o disco:
"Tudo que ambicionamos foi trazer a empolgação de volta ao rock 'n' roll. Porque muitos daqueles caras tinham idade para ser nossos pais — eles soavam como tal e agiam como tal, eles pareciam sem energia. Parecia também que eles tinham esquecido o que o rock 'n' roll representava. Nós tínhamos energia de sobra, então fomos lá e tacamos fogo no parquinho."
Blow by Blow
Quinto álbum de Jeff Beck, foi produzido por George Martin, o produtor dos Beatles, consagrando o guitarrista que pela primeira vez pôde explorar todo o seu potencial. Em entrevista para a Rolling Stone em 2011, Eddie Van Halen falou sobre Jeff Beck e "Blow by Blow":
"Eu não era chegado nele [Jeff Beck] até 'Blow by Blow'. Aquelas instrumentações… E 'Wired' tinha coisas interessantes. Acho que a experimentação foi o que eu curti. Como Jeff Beck com certeza não tem igual. Você nunca sabe o que esperar dele. Meu irmão e eu estávamos na França há 20 anos e Jeff Beck estava tocando lá, fazendo um lance rockabilly! E agente ficou, tipo: 'Que diabos é isso?' Então você nunca sabe o que esperar dele."
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