Ex-empresário revela como o Guns N' Roses dividia o dinheiro no começo
Por André Garcia
Postado em 10 de setembro de 2022
Em meados dos anos 80, o hard rock havia sido tomado pelo que ficou conhecido aqui no Brasil como farofa: muito laquê, muitos sintetizadores, muita maquiagem, caras e bocas, mas pouco rock. Foi com a ascensão meteórica do Guns N' Roses que a coisa começou a mudar, com o resgate de elementos do hardão setentista, de bandas como Led Zeppelin e Aerosmith.
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No começo da década seguinte, a banda se tornou uma das maiores do planeta. Mais que isso, se tornou uma empresa, uma marca — e o vocalista Axl Rose era seu proprietário. Em seus primórdios, por outro lado, a coisa era mais igualitária, embora a maior parte já fosse destinada ao frontman.
Doug Goldstein, ex-empresário da banda, trabalhou com ela por 17 anos. Conforme publicado pela Rock and Roll Garage, em 2019 ele deu uma entrevista para a GN'R Central revelando como o dinheiro era dividido lá no começo.
"O dinheiro de direitos autorais eram divididos em 20% [para] Duff, Slash e Izzy, 25% para Axl, e 15% para Steven. Aquilo era um favor para Steven. Quer dizer, isso é o que Axl dizia o tempo todo. Eu não estava por perto quando eles compunham, mas ele falava, tipo: 'Aí, eles estão me pressionando para dividir em partes iguais. Steven nunca escreveu nada!' Então ele considerava aquilo um favor para o Steven."
Steven Adler foi demitido em 1990 e, segundo o ex-empresário, seu retorno era uma possibilidade que ele enterrou ao processar a banda: "Eu acredito que se ele não tivesse processado todo mundo, [seu retorno à banda] teria sido uma possibilidade. Depois que aquilo foi jogado no ventilador [já era]... É incrível quando você tem que botar a mão no bolso para se defender na justiça, é uma grana preta. Eu pessoalmente paguei $500.000. Fizemos um acordo no corredor do tribunal, não esperamos o retorno do juri."
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