Jack Bruce: "Bateristas gostam de tocar comigo porque eu os faço soarem bem"
Por André Garcia
Postado em 06 de março de 2023
Muitos dos músicos que brilharam na segunda metade da década de 60 no rock britânico, no começo da década, já tocaram juntos em algum momento — a cena londrina era um ovo. Assim como Ritchie Blackmore e Jimmy Page já tocaram juntos em estúdio um dia, já dividiram o palco Charlie Watts e Jack Bruce.
Em entrevista para a Guitar World, o baixista do Cream foi perguntado sobre essa tal banda, e eu sua resposta ele contou o motivo pelo qual bateristas adoravam tocar com ele.
Guitar World: Em 1962, você entrou para o Blues Incorporated, de Alexis Korner, com Charlie Watts na bateria. Suponho que vocês formaram uma bela sessão rítmica.
Jack Bruce: Ah, sim, foi mesmo. Sempre gostei da forma como o Charlie toca, [só que] ele ainda não tinha encontrado completamente o seu estilo. Ele adora jazz — é quase uma devoção —, e acho que ele é o que você poderia chamar de baterista gentleman. Ele tem uma levada muito boa. Acho que bateristas gostam de tocar comigo porque eu os faço soar bem. Essa é a função do baixista. Lembro de ter ido a um seminário que Billy Cobham estava dando e alguém perguntou qual era o baixista favorito dele. Ele não sabia que eu estava lá, e respondeu "Jack Bruce". Se não me engano, a justificativa que ele deu foi a abordagem rítmica e harmônica que eu escolhia para tocar as coisas de uma certa maneira."
Ainda no ano de 1962 Charlie Watts se juntou aos recém-formados Rolling Stones. No ano seguinte, Jack Bruce entrou para o Graham Bond Organisation, onde tocou com Ginger Baker, com quem em 1966 formaria o Cream, tendo Eric Clapton na guitarra.
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