O empresário que Raul Seixas sacaneou em letra e que depois o ajudou no fim de sua vida
Por Gustavo Maiato
Postado em 15 de janeiro de 2024
A música "Conversa Pra Boi Dormir" foi escrita por Raul Seixas para o álbum "Abre-te Sésamo", lançado em 1980. No seu conteúdo, o cantor baiano faz uma série de críticas ao Brasil, dizendo que não vê progresso no seu país de origem: "Há quanto tempo que o Brasil não ganha? / Isso é conversa para boi dormir! / Espero em Deus, porque ele é brasileiro / Pra trazer o progresso que eu não vejo aqui".
Raul Seixas - Mais Novidades
Mais para frente, Raul Seixas dá uma sacaneada em André Midani, executivo da Warner e que está nesse bolo de críticas que o músico faz: "André Sidane só faz confusão / Sonhei com ele e mijei no colchão! / Não tenho saco pra ouvir artista / Comendo alpiste na mesma estação".
Em entrevista ao Alta Fidelidade, André Barcinski, jornalista especialista em música, comentou o caso curioso, já que Midani foi justamente quem apostou em Raul no final da vida do cantor, quando lhe ofereceu a possibilidade de lançar um disco mesmo quando todos viraram as costas.
"Por sorte, a Warner era chefiada pelo André Midani, que tinha trabalhado com o Raul na Philips. Ele foi de uma gentileza também, porque o Raul tinha sacaneado ele numa letra de música e escrito ‘André Sidani’. É bom lembrar que o contrato era do Marcelo. Ele poderia ter lançado o disco sozinho. Era um risco lançar com o Raul. Ele tinha fama de não ir nos shows, mas eles dois fizeram 50 shows. Foi um final de vida muito bonito do Raul".
Raul Seixas, Marcelo Nova e o álbum "A Panela do Diabo"
Barcinski fala sobre Marcelo Nova, do Camisa de Vênus, que lançou com Raul o disco "A Panela do Diabo", último de sua carreira, em 1989. "A Panela do Diabo" é o décimo quinto álbum de estúdio de Raulzito. Lançado em 19 de agosto de 1989 pela gravadora WEA, o álbum foi resultado de uma crescente parceria entre Raul e Marcelo, destacada por duas bem-sucedidas turnês conjuntas.
O disco recebeu elogios da crítica e alcançou mais de 150 mil cópias vendidas em seu ano de lançamento, conquistando um merecido disco de ouro para os artistas. O sucesso do álbum não apenas reacendeu a carreira de Raul, mas também aproximou o artista das novas gerações, solidificando sua posição como uma figura mítica após sua morte.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
Steve Morse admite ter ficado magoado com o Deep Purple
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
Download Festival anuncia mais de 90 atrações para edição 2026
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
76 brasileiros estão registrados com o nome Ozzy
Valores dos ingressos para último show do Megadeth no Brasil são divulgados; confira
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
O melhor disco do Anthrax, segundo a Metal Hammer; "Um marco cultural"
A música do Kiss que Paul Stanley sempre vai lamentar; "não tem substância alguma"
A melhor música que Bruce Dickinson já escreveu, segundo o próprio
Como político Arthur do Val aprendeu a tocar "Rebirth", do Angra, segundo o próprio

A versão original em inglês de "Maluco Beleza", segundo parceiro de Raul Seixas
Opus 666 - o disco internacional de Raul Seixas que foi gestado, mas não nasceu
O motivo que levou Jerry Adriani a se recusar a gravar clássico de Raul Seixas
O dia que Zé Ramalho detonou Paulo Coelho após escritor o proibir de gravar Raul Seixas
Como foram os complicados últimos meses de vida de Raul Seixas, segundo Rick Ferreira


