Os testes e termo de confidencialidade assinado por Eloy antes de entrar no Slipknot
Por Emanuel Seagal
Postado em 11 de maio de 2024
Após meses de especulação e uma verdadeira dança das cadeiras entre bateristas do Sepultura, Slipknot e Suicidal Tendencies, foi finalmente confirmado que o brasileiro Eloy Casagrande é o novo baterista do Slipknot. O músico passou por diversas bandas brasileiras, ganhando notoriedade no Gloria e na banda solo do Andre Matos antes de assumir as baquetas do Sepultura, substituindo Jean Dolabella em 2011.
No dia 8 de dezembro de 2023 o Sepultura fez uma coletiva de imprensa onde anunciou sua turnê de despedida, porém no dia 27 de fevereiro de 2024, dias antes do início da turnê, foi anunciado que Eloy Casagrande estava fora da banda e seria substituído por Greyson Nekrutman (ex-Suicidal Tendencies). A notícia pegou muita gente de surpresa, e deu início às especulações de que o novo projeto de Eloy seria o Slipknot.
Agora, em entrevista com com Tomás Novaes na Revista Veja, Eloy contou que o convite partiu do empresário da banda ainda em dezembro, e que de cara foi preciso assinar um documento de confidencialidade. O músico fez uma audição, gravando vídeos ainda no Brasil, e aproveitou sua ida aos Estados Unidos com seu projeto Casagrande & Hanysz para ensaiar com a banda, e o que era para ser apenas cinco dias logo viraram dez. "Acho que isso também fazia parte dessa audição, eles jogavam ideias novas para mim, para ver como era a minha composição. Eles queriam me testar em todos os sentidos", afirmou.
"Foi tudo meio que no escuro. A primeira coisa que eles enviaram foi um documento de confidencialidade, pelo qual eu não poderia comentar isso com ninguém. Fui aprendendo o repertório, me preparando, e, faltando quatro dias para a viagem, eles mandaram uma lista de 32 músicas que seria importante eu saber. Muitas das que eu estava aprendendo não estavam nessa lista, então comecei a correr atrás das partituras. Quando cheguei lá (nos Estados Unidos), eles me passaram um setlist no primeiro dia, que tinha algumas músicas que eu também não sabia, mas a gente saiu tocando. No primeiro dia, eu estava com um nervosismo absurdo, porque a banda estava completa, e é bem impactante ver os caras ali na sua frente. Uma banda que eu escuto desde a adolescência, e acompanhava na televisão. No primeiro dia eu fui péssimo, não gostei da minha performance, mas a partir do segundo dia eu fui melhorando. A cada dia eles passavam um setlist diferente, pela manhã, então eu tinha algumas horas para aprender uma música ou outra que faltava. De forma geral, foi muito tranquilo. Eu tive o apoio de todos", acrescentou.
Bem, e o Sepultura? "O grande lance, da razão de eu ter aceitado fazer a audição, foi o final do Sepultura. A banda iria acabar, e eu não queria parar de tocar bateria aos 33 anos de idade. Rolou um papo com o Slipknot, perguntei sobre a agenda deles, se daria para conciliar as duas bandas, mas eles falaram que não, não teria como, eu seria exclusivo. Então foi uma decisão minha, pelo término do Sepultura. Foi complicado, eu comuniquei eles quando tinha fechado o acordo, no dia 5 ou 6 de fevereiro. Logo nesse dia eu convoquei uma reunião e expliquei a situação. Foi isso, uma decisão individual", explicou.
Além de Eloy Casagrande, o Slipknot agora é composto por Corey Taylor, Shawn "Clown" Crahan, Mick Thomson, Sid Wilson, Alessandro Venturella, Jim Root, Michael Pfaff e o novo integrante, ainda não anunciado oficialmente, que entrou no lugar de Craig Jones, e conforme especulações se trata de Jeff Karnowski, que toca baixo no Dirty Little Rabbits, banda paralela do percussionista M. Shawn "Clown" Crahan.
Leia a entrevista completa de Eloy Casagrande com a Veja São Paulo acessando este link.
Eloy Casagrande no Slipknot
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