O álbum que Jimmy Page considerou que "apenas metade" dele ficou legal
Por Bruce William
Postado em 30 de março de 2025
Nem todo artista gosta de tudo que faz. Com o tempo, é natural que até obras queridas pelo público passem a soar diferentes para quem as criou. Jimmy Page, por exemplo, tem orgulho da maior parte do que gravou com o Led Zeppelin, mas admite que nem todos os projetos o deixaram completamente satisfeito.


Nos anos 1990, ele se reuniu com Robert Plant para duas colaborações: o projeto "Unledded", que revisitou clássicos da banda com novos arranjos, e o disco de inéditas "Walking Into Clarksdale", lançado em 1998. Gravado com produção de Steve Albini, o álbum captou uma sonoridade crua, como se a dupla estivesse tocando ao vivo na sala de ensaio. Foi o mais próximo que os fãs chegaram de um novo disco do Led Zeppelin, ou pelo menos da essência criativa de dois de seus membros.
Mas nem tudo saiu como Page imaginava. "Acho que o álbum 'Walking Into Clarksdale', cinquenta por cento dele é realmente, realmente muito bom. Sou supercrítico com o que ouço depois, mas acho que tem coisas excelentes ali... Ele [Plant] está cantando bem, eu estou tocando bem, a banda se encaixou, e tivemos boas ideias", disse o guitarrista em entrevista para a Classic Rock, em fala destacada pela Far Out.

Para muitos fãs, o disco foi um presente inesperado. Ainda que John Paul Jones não tenha participado e John Bonham já não estivesse mais entre nós, a química entre Page e Plant seguia viva, embora o guitarrista não tenha aceitado remontá-la novamente.
Mas, mesmo que, aos olhos de Page, só metade do álbum tenha funcionado, "Walking Into Clarksdale" foi o suficiente para reacender por um breve momento o espírito de uma das maiores bandas de todos os tempos.

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