Kirk Hammett usa clássico do Led para explicar porque hoje "todos amam" o "Load" e "Reload"
Por Bruce William
Postado em 27 de março de 2025
Após o sucesso absurdo do disco homônimo de 1991, o Metallica tomou um rumo ainda mais ousado com "Load" (1996) e "Reload" (1997). Mudaram o visual, afinaram as guitarras meio tom abaixo e investiram em um som mais grooveado, com influências de blues e rock clássico. Na época, muitos fãs não perdoaram. Mas, segundo Kirk Hammett, hoje a situação mudou.
"É engraçado porque, quando esses discos saíram, foi um caos. Muita gente meteu o pau", disse o guitarrista em entrevista à Rolling Stone."Era muita mudança. Mudamos o visual, o som, a forma de gravar. Eu mesmo estava ouvindo muito blues e jazz, usando outras guitarras, tocando em Mi bemol."


Segundo Hammett, "Load" e "Reload" eram muito diferentes do que a banda já tinha feito, e esse choque foi demais para os fãs da época. "Hoje em dia, eu encontro fãs que adoram essa fase. Adoram 'Load' e 'Reload'. Mas na época era 'foda-se 'Load', foda-se 'Reload', foda-se o Metallica'", recorda. "Hoje a gente toca 'Fuel' e o público vai à loucura."
Para explicar o fenômeno, Hammett comparou a rejeição inicial desses álbuns à reação que teve na juventude ao "Led Zeppelin III", que é bem mais acústico que os dois discos anteriores da banda. "Quando eu era adolescente, ouvia todos os discos do Zeppelin, menos o III. Porque ele era mais acústico, e eu só queria pancadaria. Mas com o tempo, passei a valorizar como aquele álbum é maravilhoso. Acho que o mesmo aconteceu com 'Load' e 'Reload': depois do choque, muita gente sentou, ouviu de verdade, e percebeu que, no fim das contas, eles não são tão ruins assim."

O guitarrista inclusive considera a possibilidade do Metallica gravar em algum ponto no futuro um álbum como o "Load", o que deixa bem claro que ele realmente tem muita consideração pelo trabalho.
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