A canção festiva do Kiss que conta uma história triste e trágica
Por Bruce William
Postado em 23 de abril de 2025
Poucas bandas sabem transformar um show em espetáculo como o Kiss. Com maquiagem, pirotecnia e guitarras em chamas, o grupo fez história ao levar o rock para o mundo dos efeitos especiais. Desde os anos 1970, um dos momentos mais aguardados pelos fãs é a abertura dos shows, que invariavelmente começa com a frase: "You wanted the best, you got the best, the hottest band in the world: Kiss!" Em seguida, os primeiros acordes de "Detroit Rock City" tomam conta do palco.
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A faixa, lançada em 1976 no álbum "Destroyer", é hoje um dos maiores clássicos da banda. Poderia ser apenas mais uma música sobre curtir a vida e o espírito do rock, mas carrega uma história mais sombria do que o ritmo animado sugere. Escrita por Paul Stanley, a letra é inspirada em um fato real: a morte de um fã que, ao se dirigir para um show do Kiss, foi atropelado e morreu antes de chegar ao local.
Stanley contou que a ideia inicial era fazer uma homenagem à cena musical de Detroit, cidade conhecida por seu público caloroso. Mas o produtor Bob Ezrin sugeriu algo mais profundo, que não soasse apenas como mais um convite à festa. Foi então que Stanley decidiu contar a história de alguém que sai animado para um show e nunca chega lá. "Achei estranho que alguém pudesse morrer justamente indo para um lugar onde tudo é celebração da vida," comentou ele mais tarde, em fala resgatada pela Far Out.
A letra retrata o trajeto do fã, seu entusiasmo com a apresentação e, enfim, o acidente. Mesmo com essa temática trágica, a música manteve o peso e a urgência do hard rock do Kiss. O contraste entre som e conteúdo acabou dando mais força à composição, uma festa com gosto de alerta.
Por mais que "Detroit Rock City" não seja uma balada sentimental, ela cumpre um papel simbólico. Mostra que, por trás da imagem extravagante e performática, o Kiss também sabia olhar para a fragilidade da vida. E ao transformar esse episódio em música, Paul Stanley homenageou um fã da única maneira que a banda sabia fazer: com som alto, riffs marcantes e um palco em chamas.
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