O motivo óbvio que levou John Frusciante a preferir o Red Hot a Frank Zappa
Por Bruce William
Postado em 16 de junho de 2025
Antes de virar parte essencial do som dos Red Hot Chili Peppers, John Frusciante teve a chance de ouro de tocar com um de seus maiores ídolos: Frank Zappa. Em 1987, aos 17 anos, o prodígio da guitarra, que já reproduzia de ouvido todos os solos de Zappa, conseguiu uma audição para entrar na banda do mestre. Mas preferiu cair fora sem pensar duas vezes.
Em 2004, Frusciante explicou por que desistiu: "Ele estava muito mal-humorado, ignorando todo mundo. Eu usava cocaína, gostava disso, e sabia que ele era radicalmente contra. Fiquei pensando: 'Quer ser rockstar, escrever suas músicas, ter garotas, ou ficar numa banda careta, sem droga, sem mulher?' Então pensei: Nah... e fui embora" disse, em fala publicada na Classic Rock.
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Filho de um músico formado na Juilliard (uma das escolas de artes mais prestigiadas do mundo) e neto de italianos que tocavam em restaurantes, Frusciante dizia ouvir desde os quatro anos uma voz na cabeça garantindo que ele seria músico. O punk californiano confirmou essa certeza: ao descobrir o estilo, trocou Kiss e Led Zeppelin por bandas locais cheias de energia e atitude.
Foi justamente essa energia que o atraiu ao som dos Red Hot Chili Peppers, na época, sua banda favorita em Los Angeles. Após a morte do guitarrista Hillel Slovak, o grupo testava músicos novos até que Flea, o baixista, viu Frusciante em ação num ensaio do Thelonious Monster e não teve dúvidas: aquele garoto era a peça que faltava.

No mesmo dia, Frusciante entrou para o Red Hot. Disse "sim" na hora e, naquela noite mesmo, o guitarrista anterior foi dispensado. Assim, um jovem que poderia ter se tornado um discípulo obediente de Zappa preferiu um caminho mais caótico, e se tornou parte vital do som e da história do RHCP.
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