Morre Ozzy Osbourne: relembre a trajetória do maior nome do metal de todos os tempos
Por Gustavo Maiato
Postado em 22 de julho de 2025
Nesta terça-feira, 22 de julho de 2025, o mundo do rock perdeu uma de suas figuras mais emblemáticas. Ozzy Osbourne, eterno vocalista do Black Sabbath e símbolo máximo do heavy metal, faleceu aos 76 anos. Ele sofria de do mal de Parkinson. O cantor britânico se despediu dos palcos no último dia 5, com um show em sua cidade natal, assistido presencialmente por milhares de fãs e transmitido ao redor do mundo.
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A confirmação da morte veio através de um comunicado emocionado da família, que destacou que Ozzy "morreu cercado de amor". Sharon, Jack, Kelly, Aimee e Louis pediram respeito à privacidade neste momento de luto, encerrando uma trajetória que moldou gerações de headbangers e desafiou convenções do mainstream musical.
Relembre a trajetória de Ozzy Osbourne
Nascido em Birmingham, Inglaterra, em 1948, John Michael Osbourne teve uma juventude marcada por empregos inusitados e pequenos delitos que o levaram à prisão. Mas foi com a fundação do Black Sabbath, ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, que sua vida tomou um rumo definitivo. O álbum homônimo de estreia, lançado em 1970, é considerado o marco inaugural do heavy metal, estabelecendo um som sombrio e visceral que influenciaria toda a música pesada dali em diante.

Mesmo após sua saída do Black Sabbath, em 1979, Ozzy manteve-se no centro das atenções. À frente da banda Blizzard of Ozz, lançou sucessos como "Crazy Train" e "Mr. Crowley", enquanto cultivava sua imagem teatral e controversa. Um dos episódios mais lembrados de sua carreira aconteceu quando mordeu a cabeça de um morcego lançado ao palco – gesto que ele acreditava ser apenas uma encenação com um brinquedo.
A persona demoníaca, no entanto, era uma construção cênica, como o próprio Ozzy explicou em entrevistas. Quando se apresentou no primeiro Rock in Rio, em 1985, rechaçou insinuações de satanismo: "Minha imagem não tem nada a ver com violência, é coisa teatral, como o carnaval", disse, misturando provocação e sinceridade em igual medida.

Entre processos por incitação ao suicídio, batalhas contra o alcoolismo e diagnósticos equivocados de esclerose, Ozzy Osbourne nunca deixou de surpreender. Seu álbum "No More Tears" (1991) apresentou uma faceta mais introspectiva, com músicas como "Road To Nowhere", e lhe rendeu um Grammy. A suposta aposentadoria anunciada em 1992 virou piada com a turnê seguinte, batizada de "Retirement Sucks".
Na década de 2000, sua popularidade foi renovada com o reality show "The Osbournes", exibido entre 2002 e 2005, onde ele mostrou ao mundo um lado doméstico e, por vezes, hilário de sua rotina familiar. Em paralelo, manteve viva a tradição do Ozzfest, festival criado com Sharon Osbourne, que revelou inúmeras bandas ao longo dos anos.

Mesmo com idas e vindas, Ozzy retornou ao Black Sabbath para turnês e gravações, mantendo uma conexão permanente com os fãs. Em sua última passagem pelo Brasil, em 2018, ele declarou ao jornal O Globo: "Não estou me aposentando. Só quero ficar mais em casa, ver meus netos". Em sua despedida oficial dos palcos, neste mês de julho, deixou um legado impossível de apagar da história do rock.

Morte de Ozzy Osbourne
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