Dani Filth expõe prints de conversas privadas e se defende de acusações de Zoe e Ashok
Por Gustavo Maiato
Postado em 29 de agosto de 2025
A crise no Cradle of Filth segue se aprofundando. Após a saída da tecladista Zoë Marie Federoff e do guitarrista Marek "Ashok" Šmerda, o casal expôs nas redes sociais um contrato que teria sido imposto pela gerência da banda, chamando-o de "abusivo" e afirmando que o ambiente de trabalho era "tóxico e exploratório".
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O episódio ganhou ainda mais repercussão quando Zoe revelou que a pressão teria contribuído para complicações em uma gravidez durante a turnê, enquanto Ashok criticou duramente a gestão da banda e acusou o empresário Dez Fafara de manipulação.
Diante disso, o vocalista Dani Filth, que na sequência demitiu Marek, decidiu se manifestar. Em suas redes sociais, ele publicou prints de conversas privadas com Ashok, onde rebate algumas das acusações, e em seguida divulgou um longo comunicado, no qual apresenta a sua versão sobre os acontecimentos.
Nos prints, Ashok aparece atacando Dez Fafara e citando até Sharon Osbourne como "a pessoa mais doente da indústria". Em resposta, Dani defendeu a gerência e acusou o casal de prejudicar a convivência durante os primeiros dias da turnê sul-americana com "bebedeira pesada e brigas públicas".
"Dez Fafara – você é uma pessoa doente e maligna, treinada pela pessoa mais doente da indústria musical – Sharon Osbourne – a criminosa que deveria ser açoitada até a morte. Seu karma vai te alcançar. Não fale nunca mais com a minha esposa desse jeito."
"Sério, Ashok. Quando sua esposa precisou de mim e precisava falar sobre sobriedade e precisava entrar no CoF, eu era um cara legal naquela época. Estou falando fatos. Pare de colocar o Dani num canto na turnê, repetidas vezes, enquanto ele está tentando arranjar dinheiro para te pagar."
Logo após expor as conversas, o vocalista compartilhou um textão na íntegra, reproduzido abaixo.
"Declaração de Dani Filth
Saudações a todos,
Acredito que chegou a hora de revelar meu lado da história, agora que tantas acusações foram feitas contra a banda, nossa equipe de gerenciamento e contra mim pessoalmente. Peço desculpas pelo pequeno atraso nesta declaração; foi importante abordar isso de forma racional, após reflexão. O momento também foi complicado, já que a banda está atualmente em turnê pela América do Sul, com dias de viagem exaustivos, longos voos e shows.
Não acredito em troca de acusações ou difamação, mas quero esclarecer os seguintes pontos:
1. Em primeiro lugar, o contrato em questão:
Este não é um contrato que se esperava que fosse assinado como está, mas sim um esboço inicial para servir de base. Vou detalhar isso mais adiante, mas vejo que uma das principais razões de estarmos nessa situação é a má comunicação quanto à natureza do contrato e ao que se esperava das partes que o receberam.
2. Nenhum integrante da banda é proibido de trabalhar com outros grupos ou complementar sua renda. Atualmente, planejamos turnês em cerca de 40% do ano, deixando o restante livre para outros compromissos. Muitos colegas têm outros projetos, como é possível ver nas redes sociais deles. NÃO proibimos nossos músicos de trabalharem com outras bandas; apenas pedimos planejamento adequado, ajustando as agendas com antecedência sempre que possível.
3. Sobre Zoe:
Fico triste em ver que Zoe escolheu fatos para encaixar em uma agenda pessoal, mas estou disposto a compartilhar a história completa, incluindo os acontecimentos dos três primeiros dias da turnê na América do Sul, para mostrar um quadro mais equilibrado e permitir que as pessoas julguem com base no contexto.
Nesses dias iniciais, consumo excessivo de álcool, discussões crescentes e brigas públicas repetidas criaram um ambiente extremamente disruptivo. Presenciei pessoalmente trocas de agressões verbais e físicas entre Zoe e Ashok, culminando em uma cena pública em frente ao hotel, diante de fãs que esperavam autógrafos de última hora em São Paulo. Não foi um incidente isolado, mas parte de um padrão de comportamento abusivo que desgastou toda a equipe.
Entendo que uma turnê é estressante e exaustiva, mas não posso desculpar os efeitos disso sobre todos nós. A decisão de seguir sem eles não foi tomada de forma leviana, mas foi necessária para preservar a saúde da banda e da equipe.
Além disso, ninguém sabia sobre uma possível gravidez de Zoe e, se fosse verdade, por que ela estava bebendo? Ela chegou a pedir ajuda à produção para parar de beber, enviando longas mensagens de texto que comprovam isso.
4. Valorização dos artistas:
É importante para mim que os músicos ao meu redor sintam que suas contribuições são vistas e valorizadas. Acredito que, em grande parte, isso acontece — alguns integrantes estão comigo há mais de 10 anos. Ainda assim, vejo esta situação como oportunidade para melhorar o diálogo dentro da banda, criando um contrato mais elaborado que deixe todos confortáveis e protegidos no futuro.
5. Sobre o gerenciamento:
Dez e Anahstasia, da The Oracle Management, foram maravilhosos. Cuidadosos, compreensivos, abrindo mão de comissões para viabilizar turnês e trabalhando lado a lado com a banda para nos trazer oportunidades incríveis.
Não tendo conseguido se adaptar, Zoe agora tenta difamar e mentir o máximo possível para criar antipatia contra mim e contra nossa equipe. Hoje em dia é fácil acusar sem provas, quando qualquer pessoa se sente crítica de internet. Posso apenas imaginar do que mais ainda serei acusado enquanto ela tenta destruir esta banda e este trabalho.
Dez é honesto e transparente. Ele não recebe nada até que eu autorize o contador a efetuar o pagamento. Ou seja, tudo passa pela contabilidade, que avalia o que pode ou não ser pago. Dez nunca lida com o dinheiro diretamente.
Dez defendeu a saída de Zoe, mas Ashok interveio a favor dela e chegou a atacar a "família real do heavy metal". Não podemos aceitar alguém falando assim sobre a esposa do Ozzy.
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Voltando ao contrato em questão:
Sim, era um contrato ruim, mas a intenção era abrir diálogo com dois membros que já vinham causando problemas nos bastidores. Tudo começou com um e-mail de Zoe pedindo aumento salarial para a banda, o que foi aprovado em poucos dias. Mas sua comunicação foi se tornando cada vez mais rude e até ameaçadora, sem motivo, já que o pedido inicial havia sido atendido.
As tensões só cresceram. Quando o contrato foi enviado, já havíamos recebido as cartas de renúncia de Zoe e Ashok. Por isso, decidimos não gastar orçamento em um contrato personalizado. Em retrospecto, foi um erro, pois isso só piorou a situação. O documento usado era um rascunho antigo, nunca aplicado antes, que não refletia adequadamente a realidade da banda. Não houve intenção maldosa, mas sim precipitação de minha parte ao encaminhá-lo.
Zoe, claro, mostrou apenas o pior. Lamento que o que pensei ser um diálogo tenha sido distorcido e tornado público. Agora estamos trabalhando internamente para elaborar um contrato que realmente contemple todos.
E sim, infelizmente, uma banda é também um negócio. Quando alguém bebe em excesso, causa brigas, não compõe, ameaça processar o grupo pelo uso de sua imagem, algo precisa ser feito.
Quanto às finanças, além dos salários, os músicos recebem adiantamentos de editora (nos quais a gestão abriu mão da comissão e eu ainda coloquei dinheiro do meu próprio bolso), royalties, bônus de turnê, patrocínios, alimentação e hospedagem.
Nos primeiros três dias da turnê, Zoe e Ashok brigaram constantemente. Houve cenas nos bastidores, no hotel e até no aeroporto. Exausta e alegando problemas de alcoolismo do marido, Zoe decidiu voltar para o Arizona. Ashok permaneceu por cortesia, mas logo depois também saiu, após conversas pessoais que não cabem a mim comentar.
Sobre acusações de gordofobia:
Isso nunca aconteceu. Dez apenas disse a uma ex-integrante: "Cuide da saúde, temos turnês e gravações chegando". Algo normal para um manager.
Quanto a Sarah Jezebel Deva, ela nunca esteve na banda. Mas quando foi à internet falar mal de mim, Dez interveio — e é isso que espero de um bom empresário: que defenda o artista.
As turnês são caras e difíceis. Já fui praticamente alcoólatra em fases da minha carreira, e por isso reconheço os padrões erráticos que vi. É também por isso que estou sóbrio há quase três anos.
Enfim, poderia me estender por muito mais tempo, mas quis apenas esclarecer alguns pontos e encerrar esse assunto.
Agradeço a todas as bandas, fãs e músicos que demonstraram apoio. Vocês são muito importantes!
Seguimos em frente. Nos vemos na estrada!"


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