A canção onde o Foo Fighters "surrupiou" um trecho de clássico do Rush
Por Bruce William
Postado em 13 de setembro de 2025
O saudoso Taylor Hawkins nunca escondeu sua devoção ao Rush. Ainda adolescente, na Califórnia dos anos 1980, ele via a banda como um porto seguro musical, mesmo quando admitir isso não era exatamente popular. "Rush e The Police eram as minhas duas bandas favoritas na época, mas eu meio que tinha que esconder meus álbuns do Rush", contou.
Seu disco preferido do trio canadense foi "Permanent Waves" (1980), obra que representou uma transição marcante para a banda. Hawkins recordava como "The Spirit of Radio" mudou a percepção do público: "Foi um grande sucesso nas rádios e eu adoro que seja desavergonhadamente uma ótima música pop. Quantas bandas conseguem fazer algo tão estranho e interessante e ainda assim torná-lo totalmente compreensível para um não músico?"


Para o baterista, músicas como "Natural Science" mostravam que o Rush mantinha viva sua veia progressiva. Mas foi justamente "The Spirit of Radio" que deixou uma marca profunda em seu estilo, a ponto de atravessar décadas e se infiltrar no repertório do Foo Fighters. Em entrevista à Modern Drummer em 2011, Hawkins revelou que a batida do refrão de "Rope", faixa de "Wasting Light" (2011), veio diretamente de Neil Peart: "O groove do refrão em 'Rope' é um paradiddle, tirado diretamente de 'The Spirit of Radio'. Quando fizemos a demo, todos acharam que era ideia minha. Mas tenho que pedir desculpas ao Neil Peart - foi ideia do Dave [Grohl], não minha!"

Hawkins explicou ainda que sua "formação rudimentar" como baterista não veio de métodos tradicionais, mas de tocar junto com discos. Entre seus "manuais" estavam "Exit... Stage Left" do Rush e "Zenyatta Mondatta" do Police, além da energia de Queen e Roger Taylor.
A admissão bem-humorada de que "furtou" um padrão de Neil Peart mostra não apenas a humildade de Hawkins, mas também a naturalidade com que suas influências se misturavam ao longo da carreira. No fim das contas, foi essa mescla - entre o peso moderno do Foo Fighters e a herança progressiva do Rush - que ajudou a moldar sua identidade como baterista.

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