O clássico do rock que Geddy Lee "fracassou miseravelmente" tentando tocar
Por Bruce William
Postado em 01 de novembro de 2025
Geddy Lee sempre tratou o baixo como protagonista. Desde cedo, foi atrás de timbre brilhante, ataque forte e linhas que ocupassem espaço que muitos deixavam para a guitarra. Não tinha por que esconder o instrumento na mixagem, pois desde cedo a meta era fazê-lo falar alto.
No fim dos anos 60, ele começou a tirar de ouvido linhas de outros baixistas. Coisas diretas entravam mais rápido, como "(Oh) Pretty Woman", do Roy Orbison. Mas, em algum momento, apareceu a muralha intransponível: "Todos nós tentamos [no começo] tocar 'My Generation' e fracassamos miseravelmente, mas você faz a sua versão porcaria disso... Eu diria que [as músicas do Who] eram mais difíceis de fazer do que, digamos, um cover de 'Road Runner', do Junior Walker and the Allstars, onde você consegue transformar aquilo em um tipo de linha de baixo de rock sem muita dificuldade. Mas, sim, o Who era muito mais difícil.".

O alvo da "reclamação" era John Entwistle. Em "My Generation" (1965), o solo de baixo no meio da faixa virou referência por um detalhe simples de entender e difícil de executar: é um fraseado típico de guitarra de rock - com pentatônica na mão - mas tocado com os dedos, em velocidade, com acento seco. Para quem vinha de repertório mais comportado, parecia impossível.
A partir dali, ressalta a Far Out, Geddy passou a encarar o baixo como voz dianteira quando necessário. O diálogo com a bateria virou regra, o timbre ganhou agudos, e a mão direita passou a "morder" as cordas para atravessar qualquer parede de som. Aquela tentativa frustrada com "My Generation" virou lição prática: se o instrumento aguenta conduzir, não precisa pedir licença.
Entwistle ficou como um guia de orientação para toda uma geração. Nas gravações iniciais do The Who dá para ouvir a semente do estilo que depois marcaria Lemmy, Chris Squire e o próprio Geddy Lee. Não era exatamente a questão de virtuosismo de exibição, e sim sobre como colocar o baixo à frente sem perder o pulso.
O relato de Geddy sobre "fracassar miseravelmente" é a lembrança de um começo em que a técnica ainda não alcançava a ideia - um hiato que ele tratou de fechar no estúdio e no palco com o Rush.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Inferno Metal Festival anuncia as primeiras 26 bandas da edição de 2026
Os 5 melhores álbuns do rock nacional, segundo jornalista André Barcinski
Os dois maiores bateristas de todos os tempos para Lars Ulrich, do Metallica
A banda de thrash fora do "Big Four" que é a preferida de James Hetfield, vocalista do Metallica
Guns N' Roses é anunciado como headliner do Monsters of Rock 2026
Os 16 vocalistas mais icônicos da história do rock, segundo o The Metalverse
A música favorita de todos os tempos de Brian Johnson, vocalista do AC/DC
O músico que Neil Young disse ter mudado a história; "ele jogou um coquetel molotov no rock"
A canção do Queen que Brian May achou que era piada até ouvir "estou falando sério"
A banda que deixou o Rage Against The Machine no chinelo tocando depois deles em festival
As 10 melhores músicas do Slayer, segundo o Heavy Consequence
A única música do Led Zeppelin que Geddy Lee conseguia tocar: "Padrão repetitivo"
O guitarrista do panteão do rock que Lou Reed dizia ser "profundamente sem talento"
Paulo Ricardo comenta o que é ter muita grana e admite: "Não estou nesse patamar"
Valores dos ingressos para último show do Megadeth no Brasil são divulgados; confira


O clássico do rock que Geddy Lee "fracassou miseravelmente" tentando tocar
Geddy Lee admite que volta do Rush foi "uma decisão difícil"
O álbum do Rush que Geddy Lee disse ser "impossível de gostar"
"Ela não era fã do Rush": Geddy Lee fala sobre o desafio da nova baterista da banda
A opinião de Slash sobre o anúncio da volta do Rush em 2026
A melhor música que o Rush lançou nos anos 80, segundo a Classic Rock
O baterista com mesmo impacto que Jimi Hendrix para guitarristas, segundo Mike Portnoy


