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Músicas cover que são melhores do que as originais - 1ª parte

Por Paulo Haroldo
Postado em 09 de novembro de 2024

Ok, existem milhares de versões de músicas por aí e dezenas de listas desse tipo na internet. Então o que diferencia ESTA lista das demais? Não muito, exceto que é uma lista pessoal, de músicas que eu gosto. Espero que também gostem e, quem sabe, descubram algum cover que nem imaginavam que era cover, ou descubram um cover que não conheciam. Claro que 20 músicas é pouco, mas é só a 1ª parte. Em breve, a 2ª será disponibilizada.

Melhores e Maiores - Mais Listas

Rocco DiPoppa @ www.unsplash.com
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A base da lista é o Spotify, eventual faixa não disponível naquela plataforma pode ser encontrada no YouTube. Formato => Música: cover / original.

1. Stray Cat Blues: Johnny Winter / Rolling Stones

Se a versão original dos Stones já não era ruim (melhor ainda a do álbum ao vivo Sticky Fingers, de 1971) a de Johnny Winter sobe vários patamares com sua guitarra explosiva.

2. Don’t Let It Bring You Down: Annie Lennox / Neil Young

É uma covardia querer comparar a voz de Annie Lennox (ex-Eurythmics) com a do Neil Young, mas este é o super compositor que fez essa balada linda. A cover de Annie também supera a simplicidade da versão original no arranjo.

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3. Where Have All The Good Times Gone: Van Halen / The Kinks

Clássico de Ray Davies recriado por bastante gente, mas ninguém supera a versão do Van Halen. É a força do Van Halen contra a gravação meio tosca que dominava o rock dos anos 60. Isso não quer dizer que a versão dos Kinks não tenha o seu valor.

4. Signed, Sealed, Delivered (I’m Yours): Peter Frampton / Stevie Wonder

A usina criativa de Stevie Wonder fornece material para muita gente. Neste caso, a guitarra de Peter Frampton dá mais ritmo à música, deixando-a melhor do que a original.

5. New York State of Mind: Leslie West / Billy Joel

Muitos consideram essa como a melhor música de Billy Joel, e a comparação é um tanto difícil, pelo fato da versão de Leslie West ser instrumental. Todavia, é uma versão mais roqueira, com a guitarra sempre pesada e genial do ex-líder do Mountain.

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6. Jelly Jelly: Allman Brothers / Billy Eckstine

Embora a versão orquestrada de Earl Hines, que compôs a música em 1929, tivesse um tom de blues, foi na versão de Billy Eckstine, também orquestrada, passou a ser notada e tida como referência para outros artistas. Allman Brothers deu o contorno típico do blues moderno a esse clássico, que também merece uma menção honrosa na versão ao vivo da banda de Southern rock Wet Willie.

7. Connection: Montrose / Rolling Stones

Canção quase esquecida na versão original da dupla Jagger/Richards, foi turbinada por Ronnie Montrose, graças ao belíssimo arranjo e ao vocal de Sammy Hagar, virando uma balada bem melhor do que o rock chinfrim do álbum Between the Buttons (1967).

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8. Shapes of Things: Jeff Beck / The Yardbirds

Lançada como um single em 1966, tinha o próprio Jeff Beck na guitarra dos Yardbirds, sucedendo a Eric Clapton. Beck saiu da banda, deixando Jimmy Page como único guitarrista, e em 1968 lançou seu estupendo primeiro disco solo, cuja faixa de abertura é sua maravilhosa versão de Shapes of Things, que ainda tem ótimo vocal de Rod Stewart.

9. She’s a Woman: Jeff Beck / The Beatles

Mais uma releitura de Jeff Beck que deixa a versão original no chinelo. Em uma mescla inspiradíssima de reggae com jazz fusion, Beck desfila toda a sua maestria nessa versão instrumental da composição de Paul McCartney, que foi lançada como lado B do clássico I Feel Fine em 1964.
10. The Wind Cries Mary: Popa Chubby / Jimi Hendrix
Esta balada clássica de Jimi Hendrix conseguiu o que parecia impossível: ficar ainda melhor na guitarra blues-rock do novaiorquino Popa Chubby. Merece destaque o solo de guitarra longo e cheio de nuances, absolutamente melodioso.

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11. The Train Kept A-Rollin’: Aerosmith / The Yardbirds

Composta pelo americano Tim Bradshaw no longínquo ano de 1951, ganhou algum destaque na versão de Johnny Burnette (1956), mas só em 1965 ficou popularizada, graças ao Yardbirds e seu brilhante guitarrista de então, Jeff Beck. Por outro lado, o Aerosmith modernizou a música, com um toque de mestre: chamou o guitarrista Steve Hunter para os solos de guitarra.

12. Planet Caravan: Pantera / Black Sabbath

Versões bastante similares desta balada suave do Sabbath, mas com sonoridade mais agradável na interpretação do Pantera, que ganhou da original por muito pouco.

13. If I Were a Carpenter: Robert Plant / Tim Hardin

Balada folk composta e cantada originalmente pelo americano Tim Hardin, recebeu muitas versões ao longo do tempo, com destaque para a de Robert Plant em seu álbum Fate of Nations, de 1993. Difícil bater o vocal de Plant, embora o jeito pessoal de Hardin também valorize a música. Hardin morreu de overdose de heroína em 1980, depois de perder tudo devido ao vício.

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14. Girl, You’ll Be a Woman Soon: Urge Overkill / Neil Diamond

Ótimo cover da banda de Minnesota, lançado como um EP em 1993, e que integrou a trilha sonora do clássico filme Pulp Fiction, de Quentin Tarantino. Mas não se enganem, a versão original de Neil Diamond, seu compositor, não fica distante, merecendo audição de quem não a conhece.

15. Sign Your Name: Sheryl Crow / Sananda Maitreya (Terence Trent D’Arby)

Saindo do rock para o pop, temos Sheryl Crow aprimorando o que já era muito bom, uma das melhores composições do outrora Terence Trent D’Arby. Arranjo mais ritmado para o vocal sempre gostoso de Crow, sobre uma guitarra que conduz a melodia com perfeição.

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16. Rusty Cage: Johnny Cash / Soundgarden

Surpreendentemente, a composição de Chris Cornell ganhou uma versão marcante na voz inconfundível do "Man in Black", que fazia shows de graça nas prisões americanas. É outra das covers que parecem outra música.

17. Tainted Love: Soft Cell / Gloria Jones

Música pop composta pelo americano Ed Cobb, teve sua primeira gravação na voz de Gloria Jones mas só ficou bem conhecida quando a dupla de synth-pop Soft Cell a relançou, em 1984, ganhando as paradas mundiais. De fato, a versão da dupla britânica dá de 10 a 0 na gravação de Gloria Jones.

18. Cum on Feel the Noize: Quiet Riot / Slade

Versões extremamente parecidas, inclusive no vocal gritadinho. Se o Slade marca seu ponto por ser o criador da canção, que chegou ao topo das paradas britânicas em 1973, o Quiet Riot empata o jogo por tê-la revivido 10 anos depois, com milhões de cópias vendidas. Vale mencionar, a título de curiosidade, que o Oasis costuma tocar uma versão sofrível deste clássico em seus shows.

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19. Turn the Page: Metallica / Bob Seger and the Silver Bullet Band

Esse clássico de Bob Seger foi contemplado com uma versão no ótimo álbum de covers Garage, Inc., do Metallica. Nessa nova roupagem, ganhou mais peso, mas sem perder sua característica de balada on the road. Originalmente é uma faixa do álbum de estúdio Back in ’72, de Bob Seger, não disponível no Spotify. Todavia, a versão acessível na plataforma, ao vivo, cumpre bem seu papel.

20. I Fought the Law: The Clash / The Crickets

Embora tenha sido gravada inicialmente pelos Crickets, e composta por seu guitarrista Sonny Curtis, I Fought the Law fez sucesso como um single do grupo The Bobby Fuller Four, em 1964. Na era punk, em 1977, também fez sucesso com o Clash, em versão que se tornou um clássico do rock.

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Sobre Paulo Haroldo

Ex-comerciante, casado com o rock e com a mulher mais linda do mundo. Preferências musicais: Hard Rock (principalmente anos 70), Blues, Heavy Metal sem podreira, Progressivo (não confundir com ProgMetal), e todo bom rock/pop feito sem samplers, computadores e outros artifícios eletrônicos que só servem para mascarar falsos músicos.
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