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Resenha - Into Night's Requiem Infernal - November's Doom

Por Marcio Machado
Postado em 10 de novembro de 2019

Devido ao Youtube e suas sugestões me presto em escrever sobre uma banda que eu nunca ouvi falar e de um estilo que pouco me agrada, o tal Doom Metal e toda sua aura "malvadinha". Pois bem, a bola da vez é o Novermber’s Doom, que surgiu como uma indicação do site e banda que tem um bom prestígio na cena e seus lançamentos causam alvoroço entre os fãs do estilo. Como a curiosidade por uma capa foi grande, eis a me pegar ouvindo o disco.

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"Into Night’s Requiem Infernal" é o alvo aqui, o sétimo disco de estúdio da banda e bora lá se aventurar nesse inferninho que as letras querem nos transportar.

A faixa título é quem abre o trabalho. ""Into Night’s Requiem Infernal" tem boas levadas em seus versos, guitarras cavalgadas dão o tom e há bons momentos da bateria no refrão da canção.

"A Eulogy for the Living Lost" dá seguimento e começa bem interessante, lembrando de longe algo do Nevermore em seu instrumental, inclusive uma passagem vocal no verso também se assemelha muito à algo da galera de Seattle. Mas o atrativo da faixa fica nesse pequeno paralelo, pois o vai e vem que parece interminável continua numa mesmice apática.

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A faixa seguinte me trouxe boas recordações, ao me remeter ao Opeth na fase mais pesada. A construção é bem próxima e faz "Empathy’s Greed" ser uma das que são audíveis do começo ao fim. Sua boa exploração de atmosfera e dobras de guitarras são muito boas. As passagens de vocais limpos também é um tanto agradável.

"The Fifth Day of March" é um momento mais calmo, há boas melodias na composição e a banda parece acertar quando trabalha esse lado mais brando. A música é bem serena, tem um ar soturno, muito mais carregado do que as faixas pesadas do começo. Conseguem fazer mais com menos e é um resultado bastante agradável.

"Lazarus Regret" volta a agitação. A levada é cadenciada e tem bons versos. O refrão é urrado e embalado por uma bateria bem executada que apesar de não trazer nada mirabolante, dita um tom muito bom. O que se segue na ponte é um bom andamento de guitarra, mas que se prolonga além do que devia e aquela repetição se faz presente mais uma vez, mas ainda assim, é uma boa faixa também, principalmente por ser mais direta.

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"I Hurt Those I Adore" traz de volta aquela papagaiada arrastada que parece interminável. Há boas sacadas na guitarra que cria bons momentos, e o vocal alternado também tem seus méritos. Mas tudo é demorado, parece nunca chegar ao ponto que devia e fica nesse vai e vem mais uma vez e acaba sem realmente alcançar o que devia. A passagem mais climática em sua metade é o ponto de destaque dos minutos todos.

"The Harlot’s Lie" começa agitada e com boas viradas das guitarras. O groove surge ali mais cadenciado e sacadas muito boas da bateria que desenham a linha da música. E encerrando o disco, "When Desperation Fills the Void" é um verdadeiro sonífero da melhor qualidade que o estilo pode produzir. Todos os clichês do gênero estão lá, o ar pseudo macabro, o andamento quase parando, a voz que alterna entre suave e grotesca e a longa e extrema duração.

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A bem da verdade, haja paciência para ouvir algo do tipo. O disco é arrastado, longo, músicas que parecem se repetir a todo momento sem sair do lugar e nunca acabam. Valem ali uma boa produção a cargo do baixista Chris Wisco, a mixagem, os grunhidos de Paul Kuhr que hora são bem colocados e há boas sacadas aqui e ali, mas nada que irá fazer um não fã reverter a situação. Principalmente no meu caso, vou ali ouvir meus Grunge.

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Sobre Marcio Machado

Estudante de história, apaixonado por cinema e o bom rock, fã de Korn, Dream Theater e Alice in Chains. Metido a escritor e crítico.
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