Arrowhead: Entre a diversidade e o rústico
Resenha - Desert Cult Ritual - Arrowhead
Por Ricardo Cunha
Postado em 01 de julho de 2019
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Banda formada em meados de 2008 em Sidney/Autrália. Como tantas bandas e talvez para simplificar as falas, que no cotidiano de uma banda de rock devem se repetir exaustivamente, os caras definem seu som como "Stoner Rock". Mas ouvindo bem, ver-se que há mais em sua música do que apenas chapadêz. Em 2016, ainda como um trio (hoje, quarteto) a banda era formada por Brett Pearl (Guitar/Vocals), Matt Cramp (Drums) e Arron Fletcher (Bass Guitar).
Notoriamente influenciada pelas bandas setentistas, os caras têm um pé no presente e outro no passado. E isto parece os situar exatamente onde querem estar. Não importa se o som é apenas o basicão, a vibração de sua música é muito bem recebida e percebida pelo ouvinte. Desert Cult Ritual é apenas o segundo álbum do grupo, mas pelo que têm feito, mostram que além dos pés em algum lugar no tempo, eles mantêm a cabeça no futuro. Se você procurar similares à banda, certamente vai encontrar em nomes como Kadavar, Orchid, Greenleaf e um pouco daquilo que o Black Sabbath fez no "Vol. 4 ", o que revela bom gosto. Além do mais, eu particularmente acredito que as influências são a mola mestra do processo criacional. A ação criativa tem muito mais poesia quando deriva de algo inspirador. Das influências também decorre que, na maior parte do disco, o som simples e ao ponto, mesmo quando preenchido de mais de uma camada. De toda forma, entre a diversidade e o rústico, há um meio termo e parece ser esse o ponto que a banda quer atingir. Os destaques vão para as músicas Hell Fire, cujo riff de abertura remete a Hole In The Sky (BS) e tem uma levada muito cativante; Maneater Blues que, como diz o nome, é um blues pesadão com guitarras estridentes e vocais quase gritados e Weed Lord, uma canção que te permite relaxar antes de ser sacudido com peso e melodia.
"Desert Cult Ritual" foi produzido pela própria banda e, pela simplicidade da obra, percebe-se que foi levada a cabo com modestos recursos, mas conseguiram manter um espírito harmonioso e o trabalho acaba agradando bastante. A banda tem muita estrada pela frente, mas com um pouco mais de investimento e um "cara" para ajustar os botões na mesa de som, é o que precisam pra dar um grande salto qualitativo.
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Robert Plant tem show anunciado no Brasil para 2026
Hellfest terá 183 bandas em 4 dias de shows na edição de 2026 do festival
Duff McKagan elege as músicas do Guns N' Roses que mais gosta de tocar ao vivo
O guitarrista que, segundo Slash, "ninguém mais chegou perto de igualar"
O disco que une David Gilmour e Steve Vai na admiração pela genialidade de seu autor
Richie Faulkner recusou 16 tentativas de contato do Judas Priest
Rob Halford fala sobre a importância de estar há quase quatro décadas sóbrio
Angra posta mensagem enigmática no Instagram; "Foi bom enquanto durou"
Para alguns, ver o AC/DC é um sonho. E sonhos não têm preço
O álbum que rachou o Deep Purple: "O Jon gostou da ideia, mas o Ritchie não"
Odeia Van Halen? Guitarrista recusou convite de David Lee Roth e Sammy Hagar
A sincera opinião de Bon Jovi sobre a turnê de reunião do Oasis
O músico que Jimmy Page disse que mudou o mundo; "gênio visionário"
Dee Snider não sabe se está sendo "corajoso ou estúpido" ao reunir o Twisted Sister
O "vacilo" que levou Nicko McBrain a achar que fosse passar no RH do Iron Maiden
Ian Anderson revela a única coisa que Tony Iommi fez quando entrou para o Jethro Tull
Ninguém é perfeito: os filhos "bastardos" de pais famosos
A banda que ajudava Renato Russo a sair da tristeza: "Era sobre encontrar propósito"

A banda americana que Edgard Scandurra saiu no meio do show pois achou som muito ruim
Mamonas Assassinas: músicos já sabiam que iam morrer?
Motörhead: em 1995, Lemmy comenta versão do Sepultura
O profundo significado de "tomar banho de chapéu" na letra de "Sociedade Alternativa"
A única banda de Rock brasileira que supera o Ira!, de acordo com Nasi



