Slayer: Em 1986, uma chuva de sangue e de ódio
Resenha - Reign In Blood - Slayer
Por Mateus Ribeiro
Postado em 25 de abril de 2019
Nota: 10 ![]()
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Poucos discos na história da música são tão representativos e emblemáticos quanto "Reign In Blood", clássico maior do Slayer, e um dos discos fundamentais na criação e desenvolvimentos de gêneros mais extremos do metal.
Lançado em 1986, o terceiro disco da banda norte americana é uma das coisas mais chocantes que o mundo da música já presenciou, e ajudou o Slayer a mudar de patamar.
Todos os elementos que caracterizam o thrash metal se fazem presentes no álbum: o peso, a velocidade, as letras repugnantes, e muito ódio pelo mundo e seus habitantes. Poucas vezes a raça humana presenciou um registro fonográfico dotado de tamanha violência. Desde os primeiros acordes de "Angel Of Death" até o final apocalíptico de "Raining Blood", o ouvinte tem a impressão de que chegou ao inferno (e dificilmente conseguirá sair).
Os guitarristas Kerry King e Jeff Hanneman mostram em "Reign In Blood" porque formaram a dupla mais infernal que uma banda de heavy metal já teve. Riffs cortantes, rápidos, além de solos insanos deixam claro o entrosamento da dupla. Tom Araya canta (e berra) como nunca, além de comandar muito bem seu baixo. Por fim, Dave Lombardo bate sem dó em sua bateria, em uma das performances mais lembradas por bateristas do mundo inteiro até os dias de hoje.
"Reign In Blood" é um caso raro de disco perfeito, e nenhuma faixa do álbum fica devendo. Foi deste álbum que saíram os dois maiores clássicos da banda, "Angel Of Death" (que fala sobre o carrasco nazista Josef Mengele) e "Raining Blood". Em seus pouco mais de 29 minutos, Reign In blood prende a atenção do ouvinte, não só apenas com esses dois clássicos absolutos, mas com outras porradas do calibre de "Epideminc", "Jesus Saves", a polêmica "Altar Of Sacrifice", "Necrophobic" e "Postmortem".
Sem exagero algum, o disco é o manual de instruções para quem quiser conhecer o thrash metal, ou montar uma banda de metal extremo. Mesmo após 33 anos do seu lançamento, continua sendo uma das poucas unanimidades musicais que se tem notícia.
Caso o mundo vá acabar um dia, e o evento precisasse de uma trilha sonora, possivelmente "Reign In Blood" estaria no topo da lista de sugestões. Portanto, se você cometeu a blasfêmia de nunca ter ouvido essa obra prima, corra enquanto há tempo!
Faixas:
01 - "Angel Of Death"
02 - "Piece By Piece"
03 - "Necrophobic"
04 - "Altar Of Sacrifice
05 - "Jesus Saves"
06 - "Criminally Insane"
07 - "Reborn"
08 - "Epidemic"
09 - "Postmortem"
10 - "Raining Blood"
Formação:
Tom Araya - baixo/vocal
Kerry King - guitarra
Jeff Hanneman - guitara
Dave Lombardo - bateria
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