Metallica: em 1999, o álbum com Orquestra Sinfônica
Resenha - S&M - Metallica
Por Mateus Ribeiro
Postado em 31 de março de 2019
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Em abril de 1999, o Metallica realizou dois shows em conjunto com a Orquestra Sinfônica de São Francisco. Esses dois shows acabaram sendo lançados como um álbum duplo, intitulado "S&M". O disco, lançado em novembro do mesmo ano, se tornou um sucesso mundial.
É claro que todo o mundo estava curioso para saber o que nasceria da junção de uma Orquestra Sinfônica com uma das bandas que um dia já foi expoente de um dos estilos mais extremos do Metal, o Thrash. O resultado dessa união é um trabalho que ultrapassa gerações, e aparentemente, será sempre atual.
As músicas escolhidas se encaixaram perfeitamente nos arranjos criados e executados pela Orquestra. É claro que o talento de todos os músicos envolvidos foi de grande importância, porém, a escolha das músicas foi acertada. O único disco que ficou de fora foi "Kill ´Em All", o registro mais cru da banda. De resto, talvez, "Fade To Black", "The Unforgiven" e "Welcome Home (Sanitarium)" poderiam fazer parte do álbum.
De qualquer forma, sobram clássicos no disco. A instrumental "The Call Of Ktulu" se mostrou uma bela introdução, sucedida pela primeira porrada: "Master Of Puppets", que ganhou contornos mais épicos ainda. A próxima sequência do disco é matadora: "Of Wolf And Man" com todo seu clima pesado e a aterrorizante "The Thing That Should Not Be".
As duas faixas seguintes são do então último álbum de estúdio lançados pela banda, "ReLoad": "Fuel" e "The Memory Remains". As versões ao vivo ficaram mais audíveis e encorpadas que as de estúdio, aliás. Após o público cantar o final de "The Memory Remains", aparece a primeira das duas músicas inéditas do álbum: "No Leaf Clover", música com uma atmosfera tensa, e algumas partes bem pesadas.
A primeira parte do disco se encerra com três ótimas versões para músicas do contestado "Load": "Hero Of The Day", "Devil´s Dance" e "Bleeding Me".
A segunda metade já inicia com um dos maiores sucessos do Metallica, e a música que talvez melhor se encaixe na proposta: "Nothing Else Matters". A grande "Until It Sleeps" que parecia não poder melhorar, ficou sensacional, da mesma forma que "For Whom The Bell Tolls".
A outra música inédita a aparecer é "Minus Human", que lembra bem as composições da fase "Load" e "ReLoad". Nada de muito empolgante, mas nenhum horror também.
O melhor do disco ficou para o seu final. "Wherever I May Roam" e a pesada "The Outlaw Torn" ficaram ótimas, e parecem que foram criadas especialmente para ganhar a versão orquestrada.
A clássica "Sad But True" ficou parecendo trilha de filme de suspense. Pesada, sombria, e empolgante. O maior momento do disco, porém, fica com "One". Desde o início épico, com as bombas e tiros, até o seu caótico final, a canção, que já era emocionante, ficou absolutamente perfeita com o acréscimo da Orquestra.
Por fim, "Enter Sandman" e "Battery" encerram com muita competência um disco pesado, inovador e ousado. Afinal, depois de lançar dois discos polêmicos, o Metallica precisaria de muita coragem para embarcar em um projeto tão grande e arriscado. Mas, quando se fala de Metallica, desafios nunca foram recusados, ao mesmo tempo que sempre sobraram coragem e autenticidade para seus membros.
Depois de duas décadas, "S&M" continua sendo uma ótima volta por cima. Pena que quatro anos depois, a banda jogaria tudo para o alto com seu pior lançamento, o terrível "St. Anger". Mas isso é conversa pra outra hora. Por enquanto, aperte o play e divirta se com S&M!
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Download Festival anuncia mais de 90 atrações para edição 2026
A banda com quem Ronnie James Dio jamais tocaria de novo; "não fazia mais sentido pra mim"
Show do AC/DC no Brasil não terá Pista Premium; confira possíveis preços
O disco do Metallica que para James Hetfield ainda não foi compreendido; "vai chegar a hora"
A música do Kiss que Paul Stanley sempre vai lamentar; "não tem substância alguma"
A única música do Pink Floyd com os cinco integrantes da formação clássica
O solo que Jimmy Page chamou de "nota 12", pois era "mais que perfeito"
Os álbuns esquecidos dos anos 90 que soam melhores agora
O clássico do metal que é presença constante nos shows de três bandas diferentes
Steve Morse admite ter ficado magoado com o Deep Purple
A música lançada há 25 anos que previu nossa relação doentia com a tecnologia
Greyson Nekrutman mostra seu talento em medley de "Chaos A.D.", clássico do Sepultura
Tuomas Holopainen explica o real (e sombrio) significado de "Nemo", clássico do Nightwish
Ritchie Blackmore faz rara aparição pública e rasga elogios a Bryan Adams
Wolfgang descarta gravar álbum com ex-membros do Van Halen

Dois fãs tumultuam show do Metallica e vão em cana enquanto a banda continua tocando
O artista que serviu de ponte entre o punk e o heavy metal, segundo Kirk Hammett
As 40 músicas que marcaram a vida do redator Mateus Ribeiro
As duas bandas que atrapalharam o sucesso do Iron Maiden nos anos oitenta
Dave Mustaine diz que som da guitarra do Metallica mudou o mundo
A banda de thrash fora do "Big Four" que é a preferida de James Hetfield, vocalista do Metallica
Os dois maiores bateristas de todos os tempos para Lars Ulrich, do Metallica
Mustaine acha que versão do Megadeth para "Ride the Lightning" ficou tão boa quanto a original
Charlie Brown Jr.: uma experiência triste e depressiva


