RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

Jeff Scott Soto diz que Ellefson e Mustaine são o Joe Perry e o Steven Tyler do Megadeth

A categórica opinião de Prika Amaral sobre o Kreator; "O som deles só melhorou"

Bono explica como Bob Dylan influenciou mudança do U2 em "Rattle and Hum"

Vocalista do The Darkness reforça crítica do irmão a Yungblud e seu tributo a Ozzy Osbourne

David Ellefson chama Dave Mustaine de "trabalhador incansável" e comenta fim do Megadeth

Ian Gillan não tem relação emocional com nenhuma de suas músicas

Led Zeppelin revela tesouro da história do rock: rascunho de "Kashmir"

A canção punk que Frank Zappa adorava, e que talvez não seja tão punk assim

A recomendação médica após câncer que por trocadilho Bruce Dickinson achou ser piada

O ex-Ozzy que tocou mas não conseguiu ficar no Black Sabbath; "Poderia ter ficado feliz"

Ouça o cover de David Ellefson, ex-Megadeth, para "Anesthesia (Pulling Teeth)", do Metallica

A impressão que Ozzy Osbourne teve de Cliff Burton ao conhecer o baixista do Metallica

David Gilmour indica que Pink Floyd pode se reunir... em formato de hologramas

Dee Snider explica ausência de baixista em reunião do Twisted Sister

Ozzy Osbourne faz primeira aparição póstuma assustando crianças


Stamp

Big Big Train: Folklore já é um dos grandes álbuns prog do ano

Resenha - Folklore - Big Big Train

Por
Postado em 20 de junho de 2016

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Durante a maior parte de sua já longa carreira o Big Big Train tem sido independente, exceto por um par de anos nos 90’s, quando assinou com a Giant Electric Pea. Também tem sido banda de estúdio; apresentações ao vivo começaram ano passado, em Londres, saudadas pela diminuta comunidade prog.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Fundada no início dos anos 90 por fãs do Genesis, Van Der Graaf Generator e da Neo Prog IQ, o Big Big Train sempre esteve na fronteira entre o Prog e o Neo. A familiaridade com o venerável grupo de Peter Gabriel/Phil Collins não pode ser olvidada. A voz de David Longdon às vezes lembra a dos 2 colegas mais famosos e o baterista é Nick D’Virgilio, um dos substitutos das baquetas vagas pela defecção de Collins e que tocou no desastroso Calling All Stations (1997). Não usemos isso contra o batera e nem a similaridade vocal contra Longdon, que está cantando melhor do que jamais, mas os fatos explicam bastante porque alguns momentos do nono álbum – Folklore, lançado dia 27 de maio – soam como We Can´t Dance (1991) poderia ter sido, caso Banks/Collins/Rutherford estivessem com tempo para fazer boa música e não consumidos com intermináveis turnês e contagem de dinheiro. Ouça a faixa-título e Wassail e me digam se não tem jeitão de Genesis early 90’s.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

A beleza do BBT é que a influência genesiana e de outros clássicos progressivos, como Jethro Tull e Renaissance, é ressignificada para criar sonoridade que é da banda, mas claramente pertence a uma tradição subgenérica, a saber, a do rock progressivo de mat(r)iz britânica. Ouça a faixa-título novamente e me digam se não tem teclado fase Banks início dos 70’s e música celta, coexistindo com a vibe noventista.

A influência celta deve justificar o folclórico título do álbum. Em Winkie, a pastoralidade é rapidamente substituída por dança de aquecimento pra batalha entre celtas e saxões. Dá vontade de pintar a cara de azul, calçar os sapatos vermelhos da Kate Bush (ouça a faixa-título de seu álbum de 93 e me digam...) e lutar pela Escócia! As canções, porém, nunca são lineares; o mutável clima em Winkie reflete a história do pombo-correio que tem a missão de transportar mensagem que pode salvar soldados ilhados. Quase 8 minutos e meio de extravagância prog e isso nem é o melhor do álbum. Winkieeeeeeeeeeeeeeee!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

London Plane, Along The Ridgeway e Salisbury Giant intercalam aquela melancolia prog tão pastoral britânica de começo dos anos 70 com momentos mais vibrantes – mas não pesados – prenhes de Mellotron, Moog e flautas e de vez em quando uma piscada para o Yes e o Tull. Como Longdon canta! E ainda nem falei sobre os picos de excelência de Folklore.

O primeiro vem com os mais de 7 minutos de The Transit Of Venus Across The Sun. Quer mais prog do que paralelizar um relacionamento com um fenômeno astronômico? Se você digitar o título da canção no Google, encontrará todas as informações e até vídeos sobre o trânsito venusiano. A canção abre como hino religioso, vira melodia do Genesis fase 12-string guitar e vocal muito Peter Gabriel e segue se movendo numa melodia memorável com harmonias vocais de arrepiar e o orgasmo quando todos esses elementos se unem.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

A catarse everéstica fica por conta da dúzia de minutos e meio de Brooklands, épico progressivo que quando se acha que vai acabar, muda o andamento e nova avalanche instrumental soterra o ouvinte numa canção espertamente construída por uma guitarra que não sola quilometricamente sozinha, mas à Steve Hackett costura por baixo unindo e conduzindo tudo.

Brooklands é a penúltima faixa de Folklore, que não acaba com essa apoteose, embora pareça duro de crer. Telling The Bees ajuda a baixar o surto de euforia (assim que você despressionar a tecla repeat) com um pequeno milagre início dos 70’s, que logra misturar country com soul e ainda Tony Banks. Tipo, The Cowboy Junkies encontra Gladys Knight & The Pipes e Tony Banks.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

O Big Big Train finalmente conseguiu achar o equilíbrio entre progressivo e neo prog, entre suas influências explícitas e seu talento próprio, entre técnica e emoção. O resultado é um álbum que já pode constar dentre os melhores do ano no subgênero.

Assistir vídeo no YouTube

Tracklist

1. Folklore (7:33)
2. London Plane (10:13)
3. Along the Ridgeway (6:12)
4. Salisbury Giant (3:37)
5. The Transit of Venus Across the Sun (7:20)
6. Wassail (6:57)
7. Winkie (8:25)
8. Brooklands (12:44)
9. Telling the Bees (6:02)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps




publicidadeRogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Roberto Rillo Bíscaro

Roberto Rillo Bíscaro é professor universitário e edita o Blog do Albino Incoerente desde 2009.
Mais matérias de Roberto Rillo Bíscaro.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS