Hazy Hamlet: Executando Heavy Metal em sua forma mais pura
Resenha - Full Trottle - Hazy Hamlet
Por Fabio Reis
Postado em 20 de novembro de 2015
Temos na atualidade uma nova tendência mundial, que é a de resgatar a sonoridade mais tradicional do Heavy Metal. Muitas bandas aderiram a este novo conceito nos últimos anos e em diversos lugares do mundo, temos visto surgir grupos que tem a sua musicalidade toda calcada naquela feita nos saudosos anos 80. O Brasil apesar de ser reconhecidamente um dos maiores celeiros de bandas do mundo, acabou não aderindo de forma massiva a esta tendência, porém revelou um dos nomes pioneiros desta nova safra em se tratando de executar o estilo em sua forma mais pura, o Hazy Hamlet.
Formada em 1999 na cidade de Maringá, Paraná, o grupo percorreu um longo caminho até debutar de forma muito promissora com o excelente "Forging Metal" (2009). Após o lançamento, houve alguns problemas de saúde com o vocalista Arthur Migotto, que foi acometido por uma forte disfonia, forçando a banda a paralisar seus trabalhos até o total restabelecimento do músico. Isto ocorreu em 2013, quando voltam com força total e eis que surge no mesmo ano, o mais novo álbum, "Full Trottle".
Um disco muito forte, que assim como seu antecessor, é possuidor de composições repletas de refrões grandiosos, temas épicos e detentor de grande parte dos clichês existentes no gênero. A banda consegue executar uma sonoridade já bastante explorada, porém de uma forma honesta, competente e com muita classe. Diversas influências são percebidas na música do grupo, as mais notórias são de grupos como Grave Digger, Manowar e Running Wild, porém muitas referências a NWOBHM também são notadas.
Faixas como "Full Throttle", "Symphony Of Steel", "Odin's Ride", "Red Baron" e a espetacular "Thorium" (a melhor do álbum), são destaques latentes de um trabalho muito conciso. Os vocais de Arthur Migotto, apesar de não possuir muitas variações, é bem consistente e se encaixa muito bem na proposta do grupo. O entrosamento dos músicos merece ser ressaltado, pois Cadu Madera (bateria) e Fabio Nakahara (baixo) são os pilares de sustentação perfeitos para que os ótimos riffs, linhas e solos certeiros do guitarrista Júlio Bertin sejam os pontos mais altos do disco.
A arte da capa é belíssima e foi desenhada pelo ilustrador carioca Celso Mathias, que também é o responsável pelas capas de Fire Strike e Azul Limão. Nela temos novamente o mítico Deus da mitologia nórdica, Odin, desta vez pilotando uma Sleipnir transformada em motocicleta e passando por um cenário pós apocalíptico de total devastação.
Álbum recomendado aos amantes de um Heavy Metal tradicional competente e influenciado pelos grandes nomes do estilo. Se não temos quase nada de originalidade, há uma quantidade bem generosa de qualidade, boas canções e a certeza de um belíssimo retorno. Vale a torcida para que a banda continue lançando bons discos como este e provando que não é preciso inovar ou usar de experimentações desnecessárias para agradar.
Integrantes:
Arthur Migotto (Vocal)
Júlio Bertin (Guitarra)
Fabio Nakahara (Baixo)
Cadu Madera (Bateria)
Faixas:
1 - Full Throttle
2 - Symphony Of Steel
3 - A Havoc Quest
4 - Vendetta
5 - Jaws Of Fenris
6 - Odin's Ride
7 - Thorium
8 - Red Baron
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